Analu Ferraz irmã do jogador Bruno Henrique volta da Itália após 4 anos e com ela trás o seu grande amor, seu filho Dom. Gerson está tentando seguir o seu casamento com a mãe da sua filha, mas tudo irá mudar após a volta da mulher a qual o seu o cor...
Acabei de chegar da casa do Bruno. E olha quem chegou também... minha prima Rafaella, direto de BH, pro aniversário do Dom, que vai rolar terça-feira.
A gente sempre foi bem próxima, mas, vou te contar... sempre tive uma sensação estranha, tipo que ela tem uma invejinha de mim, sabe? Na época de escola, ela me copiava em tudo. Mas, sei lá, pode ser paranoia minha. Vai saber.
— Nalu, pra onde cê vai me arrastar hoje, hein? — Rafaella entrou no quarto do Dom enquanto eu tentava enfiar a calça do pijama nele.
— Festa do Arrasca. Vai logo pro banho, que a maquiadora tá quase chegando — falei sem nem olhar, focada no Dom, que tava todo agitado pulando na cama.
Depois que consegui vencer a luta com o pijama, dei uma penteada no cabelo dele, passei aquele perfume que eu amo, sério, é meu cheiro favorito, cheirinho de neném. Dá vontade de esmagar!
— Mamain, vamox jantar pizza? — ele perguntou, e eu não resisti àquela carinha.
— Só hoje, tá? Mas promete que vai se comportar com a Tia Bianca? — perguntei, botando ele no chão. Ele fez um "sim" tão rápido que quase caiu.
Ah, e sobre a Tia Bianca... finalmente contratei uma babá pro Dom. Ela parece ótima, super simpática, e todo mundo falou bem dela.
22:39 da noite...
Terminando de me arrumar. Só falta o hidratante, perfume, e pronto. Bora pra festa.
Alguns minutos depois...
— Rafaella, vamo logo! A gente já tá muito atrasada! — gritei descendo as escadas.
Ajeitei a bolsa, peguei as chaves e já fui saindo, pra ganhar tempo. Mas, claro, ela não tava pronta.
— Cê tá maravilhosa! — Rafaella falou naquele tom que... sabe, aquele tom meio "forçado"? Pois é. Só sorri e continuei.
Joguei o endereço da festa no GPS e vambora.
Duas horas depois...
O povo já tá começando a ficar bêbado, mas eu tô tranquila. Vou pegar leve, até porque tô dirigindo, né?
— Nalu, teu ex tá solteiro? Porque, olha... ele tá um gato! — Rafaella soltou do nada, e eu já sabia que ela tava falando do Gerson. Meu rosto fechou na hora.
— Ué, tenta a sorte. Ele é solteiro! — respondi meio no automático. Não queria nem entrar nessa conversa, pra ser sincera.
Deixei ela lá e fui atrás da Karol e da Gi. Hoje eu só quero dançar e esquecer desse papo.
— Até que enfim! Achei vocês! — falei quando vi as duas descendo até o chão com Anitta tocando.
— Deu um perdido na Rafaella? — Gi comentou rindo, e eu só concordei com a cabeça.
— Hoje eu só quero rebolar a raba, então vamo nessa! — puxei as duas pra pista.
Dei mais uma olhadinha de leve no Gerson. E, adivinha? Lá tava ele, trocando ideia com Rafaella e o Bruno. Senti o ciúme subir, e sério... nem sabia que ainda sentia isso por ele. Anos depois e, olha só... ainda mexe.
— Preciso beber — falei, puxando a Gi comigo.
— Cê tá dirigindo, lembra? — ela me lembrou, e eu só concordei. Mas, mais tarde, vou dar um jeito de beber. Ninguém manda em mim, oras.
Voltamos pra perto da Karol.
— Não olha agora, mas tua prima tá dançando com o Gerson — Karol disse com aquele ar de quem sabe o que tá acontecendo. E claro que eu olhei. Na hora.
Os dois lá, tentando dançar. Não que estivessem arrasando, mas né, o que importa é a intenção.
— Vou dar uma volta — falei. E elas nem questionaram, já sabem como eu sou.
Mas antes de conseguir escapar, o Marcello me puxou.
— Vai fugir de mim sem dançar? — ele perguntou com aquele sorrisinho dele.
— Tá bom, vai... só uma — falei rindo. E a gente começou a dançar e jogar papo fora.
Alguns minutos depois, deixei o Marcello e fui pegar uma bebida.
— Esse drink é pra você, especial — Gabriel apareceu do nada, me entregando um drink. Eu só sorri, porque ele é muito gente boa.
— Você mora no meu coração — brinquei, batendo no peito dele.
— Vai me evitar a festa toda? — ouvi a voz do Gerson atrás de mim, e meu coração até pulou.
— Não quis atrapalhar você e minha prima, sabe como é — falei, toda sarcástica. Ele riu.
— Eu tava só sendo educado — Gerson disse, todo tranquilo, e eu dei de ombros.
— Não precisa ser educado com ela, fica de boa — soltei, direta. Ele levantou as mãos, rindo.
— Falou, tá falado — Gerson me puxou pra um abraço, e eu dei um tapinha no braço dele, rindo também.
— Lembra o que eu te falei de manhã na casa do Bruno? Nada de abraços públicos — sorri, e ele concordou.
Ficamos ali, só nos olhando, até que Rafaella apareceu de novo.
— O aniversariante é um gato, hein? — ela soltou do nada. Fiquei só de cara.
— Gato e muito bem casado com a Camila — respondi, já cansada desse papo.
E, como se a noite não pudesse ficar mais surreal, Gre apareceu. E com um cara. Ah, que ótimo.
— Boa noite! — ela falou, toda simpática.
— Boa noite — respondi com o melhor sorriso falso que eu tinha guardado.
— Cê tá linda, Analu! — Gre disse, e saiu com o cara que ela tava acompanhada. E eu? Fiquei tipo, O que tá rolando aqui?
— Era a Gre mesmo? — Gerson começou a rir, e eu ri junto.
Logo começou a tocar "Grelo", e eu saí correndo pra dançar com as meninas. Essa música é viciante.
— Lavei meu rosto com as águas sagradas da pia, eu já tô pronta pra matar meu leão do dia! — cantei junto com a Karol e a Gi, abraçadas.
A galera tava toda olhando. Mas quem se importa? Deixa eles olharem. Hoje é dia de aproveitar.
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