⭐️ | Capítulo Doze.

13 3 0
                                    

Gosto do Coronel, mas não quero estragar a amizade que a gente tem.

De toda forma, ele é meu fechamento. O único que eu posso chegar e desabafar que eu sei que não vai estar na tróia comigo.

Imagina se eu perco isso? Pô, ele não vale nada e eu sou recíproca.

Eu gosto do Pelé e confio nele também, mas é diferente... Tem certas coisas que eu não quero falar.

Imagina a merda?!

Nenhum de nós vai ter paz!

Gosto de ter o meu espaço, ir e vir quando sinto vontade. Priorizo muito a liberdade, é tudo o que eu posso oferecer e o que eu menos tenho por conta dessa vida..

Peguei minha bebida e saí de perto do Matheus. Me sentei ao lado do Pelé e fiquei prestando atenção no que eles conversavam.

— O que tá rolando entre tu e o meu marido? – Arqueei a sobrancelha, soltando uma risada.

Eles eram como cão e gato, Pelé ficava igual puta dizendo que era casado com ele. Afastava geral mesmo, uma comédia kkkk

— Ele tá rendendo assunto, acha que eu vou me envolver nessa maluquice entre ele e a Amanda. – Deu os ombros e me encarou. – Tá sabe do que, em?

— Eles terminaram esses dias, pô. Soube não? Ela fez maior escândalo e ele nem tchum, deixou ela falando sozinha. – Lembrei dele dizendo que iria terminar com ela... Ih, quero ter parte nisso não. — Investe, pô. Nem que seja só uma foda.

— Matheus têm síndrome de proprietário, acha que tudo é dele. Isso não vai acabar bem.

— Princesa, tudo vai rolar da forma que tiver. Tu tem vontade? – Fiz careta, assentindo. — Então pronto, amanhã ou depois um dos dois parte, tu vai ficar malzona de não te aproveitado.

Dei os ombros.

Em parte, ele estava certo. Nessa vida a gente não pode perder tempo com "amanhã eu faço", é tudo muito rápido, muito intenso.

É viver o ano em um dia, sem certeza se amanhã vai existir. É isso que motiva nós.

Eu precisava beber ou eu endoidava.

Fiquei bebendo e marolando no que os meninos conversavam até tomar coragem de chegar no Coronel.

{...}  20h45 p.m
Duas hrs após.

— Caso a Emi apareça, pede o Neguinho pra deixar ela em casa ou você leva ela na minha casa. Sabe onde fica a chave reserva, né? – Ele assentiu, eu beijei sua bochecha e fui andando.

Avistei o Coronel trocando ideia com uma das marmitas do morro e revirei os olhos, me aproximando de braços cruzados e cara fechada.

Ele estava de costas, e eu só ouvia ele negando e dizendo para ela esquecer. Sorri vitoriosa, mas mantive minha postura.

— Quero falar com você. – Cheguei falando, fazendo ambos me encararem.

— Ele está falando COMIGO. – Deu ênfase e sua voz irritante me fez revirar os olhos.

— Vaza! – Exclamou o Matheus, se virando completamente para me, fazendo ela sair bufando. — O que tu manda? Rolou algum problema?

Rolou. E vai acontecer uma catástrofe em seguida.

— Eu pensei sobre o que você falou, e... Eu tô afim, só quero impor limites em algumas coisas. – Ele assentiu. — Eu não sou sua, não quero surto seu como se eu fizesse parte das suas propriedades, entendeu?

Ele ouviu calado e passou a mão no rosto, fiquei esperando uma resposta. Nada.

— Jae, mas eu não quero tu de assunto com outros. – Arqueei as sobrancelhas, olhando com deboche. — É pegar ou largar.
.
— Não é negociação. Mas eu não vou ficar de assunto na sua frente, por trás.. – Dei os ombros.

— Eu sei, pô. É isso mesmo. – Sorriu de lado.

E que sorriso. Todo branquinho, alinhado. Que delícia!

Ele se aproximou, colocando as mãos na minha cintura e apertando, me aproximando dele.

— Tá cheirosa pra caralho, preta. – Se aproximou do meu pescoço depositando alguns beijos, me fazendo arrepiar.

— Hm, querendo me provocar já? – Ele me olhou em tom de deboche.

— E tá funcionando, mandada. Toda derretida já. – Dei uma risada, tentando me afastar.

Estrela. ⭐️ [Morro]Onde histórias criam vida. Descubra agora