GOD Vol.1 - Quando Deus tem amor

12 - O que as namoradas fazem

O jogo que jogamos chegou ao fim, e eu sabia que tinha acabado quando vi Jupjang, a última restante, deitar-se no chão e abraçar Oa completamente bêbada. Nesse ponto, eu não era muito diferente de todas as outras. Eu não conseguia ficar de pé ou andar, incapaz de fazer mais nada ereta neste mundo.

— Acabou?... Eu ainda quero jogar.

— Hoje, eu aprendi os segredos de todos!

Oa, que estava bêbada, gritou e então continuou a mastigar sua própria bochecha sem nenhum sentido. Eu examinei a sala, procurando por Miriam, que tinha sumido por um tempo, e finalmente vi a pequena deitada na frente do banheiro. A última coisa que ouvi foi que ela ia vomitar, e depois disso, não havia sinais de vida.

— Miriam.

Eu rastejei em direção ao banheiro próximo e sacudi Miriam, que estava deitada de bruços. A garotinha se virou e caiu na gargalhada.

— Kao¹ eu descobrirei seu segredo, não importa o que aconteça.

Mesmo bêbada, eu sabia exatamente a quem Miriam estava se referindo. Usar "kao" para se referir a alguém só poderia significar eu. Sorri suavemente, olhando para sua voz arrastada e ceceante com afeição.

— Então, você já descobriu alguma coisa?

— Como eu poderia? Não tinha nem seu nome em um único pedaço de papel... ugh...

— Você quer ir deitar? Eu te levo.

— Durma, durma... Eu quero dormir com você.

Thump, thump...

Coloquei levemente uma mão sobre meu coração, me sentindo um pouco envergonhada. Depois de ler tantos segredos, especialmente aquela nota final, senti como se minha barra de vida estivesse completamente cheia de excitação.

— Eu realmente gosto quando você está bêbada. — Com apenas um braço funcionando, tentei muito ajudar Miriam a se levantar, mas não parecia estar funcionando. No final, desisti, deitei-me ao lado dela e conversei casualmente sobre isso e aquilo.  — Você é muito pesada para eu carregar. Vamos dormir aqui, ok?

— Ainda tentando agir como durona com esse seu braço... sua maravilha de um braço só!

— Muito ousada da sua parte, hein, baixinha?

Miriam e eu caímos na gargalhada com a maneira como nos chamávamos. Normalmente, ela é tímida perto de mim, cautelosa a ponto de ser irritante, mas agora, ela estava ousada, me provocando sobre ter um braço só sem medo de me deixar brava.

— Adoro ouvir você rir — Eu disse, olhando para ela enquanto ela continuava rindo, claramente divertida. — Se você ri tanto quando está bêbada, terei que encontrar uma desculpa para beber com você da próxima vez.

— Você está tentando me deixar bêbada?

— Sim.

— Me deixar bêbada só para me fazer rir?

— Sorria.

— Você é impossível. Se você vai me deixar bêbada, você deveria querer fazer algo mais do que isso. — Miriam se virou e colocou os braços em volta de mim, jogando uma perna sobre mim.

— Mais alguma coisa para fazer?

— Bastante, tipo... abraçar assim. — Ela se inclinou para mais perto e cheirou meu ombro como um gato. — Você cheira tão bem. Você está usando perfume?

Fiquei um pouco tensa, me sentindo um pouco tímida. É assim que ela fica ousada quando está bêbada? Não que eu me importasse, eu só não estava acostumada, mas... eu também não desgostei.