GOD Vol.1 - Quando Deus tem amor

11 - O segredo dela

— Você pode... você pode me ouvir?

Eu podia sentir a umidade... da toalha que minhas amigas encharcaram para limpar meu rosto e meus olhos. A voz de Miriam, que continuava chamando, me fez sorrir, embora eu ainda não tivesse aberto totalmente os olhos. A sensação familiar de acordar e ouvir a voz dela primeiro foi tão maravilhosa.

— Eu posso ouvir você.

— Fiquei tão chocada! — Quando todos perceberam que eu estava viva, todos suspiraram de alívio. — Então, você realmente não teve tempo de se maquiar? Estou limpando seu rosto com essa toalha molhada há tanto tempo, e não há nem um traço de maquiagem em você!

— Eu nunca usei nenhuma. Parece pesado no meu rosto, então não gosto.

— É realmente possível que alguém tenha uma aparência tão boa sem maquiagem? Em que a natureza baseou sua decisão para criar alguém que parece tão diferente de todos os outros? Eu fiz algo para deixar a natureza com raiva? — A Oa continuou a olhar para a toalha molhada em suas mãos, enrolando-a em volta do ombro em frustração, diferente de Miriam, que se moveu para se sentar em um canto da sala, ajoelhando-se e cutucando o chão com o dedo. Eu só a notei, então a chamei.

— O que você está fazendo aí?

— Estou me punindo encarando a parede. Eu machuquei você.

— Quando Mi se tornou uma mentirosa? — Jubjang sussurrou para outra amiga. Eu me levantei para sentar, ri um pouco e balancei a cabeça em desacordo.

— Não, ela é fofa.

— Então, você não está mais brava, hein? — Oa disse, rindo baixinho. — Eu posso sentir a aura brilhante irritante irradiando de você. Mi, você deveria se levantar! Você pode parecer fofa na frente de Got, mas isso nos dá vontade de vomitar!

— Se você não aguenta, volte.

— Eu não vou voltar. Eu quero jogar! Eu comprei cartas e não vou desperdiçar! Got... diga para aquela baixinha vir sentar aqui. Está ficando escuro e eu vou para casa tarde. — Quando minhas amigas insistiram assim, acenei para chamar Miriam carinhosamente para impedi-la de se sentir culpada.

— Venha sentar aqui comigo.

— Não! Eu machuquei você.

— Você sentada ali não vai fazer minha dor ir embora. Venha me ajudar. Só para o caso de eu precisar de ajuda, será mais fácil se você estiver por perto.

A garota de rosto doce fez uma cara de concordância antes de se levantar e caminhar obedientemente. Minhas amigas ajudaram a mover a mesa de centro para que pudéssemos sentar em círculo e me convidaram para sentar no chão com elas.

— Ok, finalmente um bom momento. Mi realmente estragou tudo... Got, você está bem? Você não está se sentindo tonta ou machucada em lugar nenhum, certo? Como está seu braço? Ainda dói? — Como eu ainda tinha um pano pendurado no meu braço, todas pareciam preocupados, ninguém sabia que eu não sentia mais meu braço.

— Meu braço está bem.

— Como você pode dizer que está bem? Você foi jogado no chão! Você até desmaiou! — Miriam, que estava sentada à minha direita, virou-se para acariciar o braço machucado. — Devemos verificar no hospital? Pode estar quebrado ou fraturado. Ugh, eu não deveria ter jogado você daquele jeito.

— Estou realmente bem. Você está se preocupando demais.

— Mas você parece tão frágil.

— Mi, você está realmente exagerando com sua preocupação com Got! Ouvir vocês duas conversando é tão constrangedor. Que tipo de amigas se chamam como se fossem um casal? — Oa, que estava nos observando conversar por um tempo, levantou a mão para coçar a cabeça. — Por que vocês têm que falar tão docemente uma com a outra? Quando vocês vão se aproxima?