Solstício de Dezembro.

Que uma coisa fique certa, amor...

Aviso: não tenho prática escrevendo cenas quentes. Não esperem muito dessa bobeira. (Ah, perdão pelo capítulo enorme)

🌿

Nero: O que é que você tá fazendo com esse idiota?

Nero: Giovanna, esse homem te odeia.

Nero: Já viu o jeito que ele fala das suas filhas? Isso não é normal não. Não pode ser! Tá maluca, é? Passando fome de homem?

Giovanna Antonelli: Você é um baita de um abusado. Eu vou bloquear esse número se você continuar se enfiando no meu casamento. Some.

Nero: Me escuta. Conversa comigo direito.

Nero: Não é possível que esse foi O MELHOR homem que você encontrou. Desacredito de uma merda dessas.

Giovanna Antonelli: Você é inacreditável. Inacreditável! Alexandre, EU NÃO QUERO SABER DE VOCÊ!

Giovanna Antonelli: Você devia era estar comendo sua nova ninfeta, seu cachorro. A pobre coitada da sua mulher nem imagina o quão mau-caráter você é! Meus pêsames à ela.

Nero: Eu quero conversar com você. Por favor, me dá uma chance. Tá achando que eu vou deixar passar essa noite?!

Nero: Giovanna, se encontra comigo. Por favor.

Eu passei tanto tempo encarando aquela mensagem que a tela do meu celular apagou, e minha visão perdeu o foco de tudo. Me desliguei por alguns segundos, inteiramente incrédula por tamanho desaforo.

A autoestima dos homens merece ser encapsulada, rotulada e vendida. O Alexandre, que nem me conhece mais, se vê no direito de presumir coisas sobre o meu casamento E AINDA teve coragem suficiente pra me chamar pra sair?!?! OI?!

Esse homem é UM DIABO!

Giovanna Antonelli: Doente. Você deve estar doente da cabeça se acha que EU vou SAIR DAQUI pra ir tirar satisfação com quem não me deve NEM BOM DIA!

Giovanna Antonelli: CRETINO.

A birra durou pouco depois disso.

A cada minuto que eu passava acordada, meu telefone vibrava com uma nova notificação. Ele me encheu de mensagens, de ligações, de pedidos e exigências, como se ele coubesse em qualquer um desses lugares.

O Alexandre sempre teve dificuldade em entender que em certos espaços não havia espaço pra ele, nem tudo é sobre ele. Nesse momento, na fase da vida que me encontro, não há brechas para que ele entre e faça todo o estrago que ele tem capacidade de fazer. Muito porque não vou permitir e também, claro, porque não há lugar pra ele. Simples.

Mas vai botar isso na cabeça desse homem. Às vezes é preciso lutar com as armas mais fortes que se tem, e a minha artilharia pesada é o famoso cara na cara. Então o jeito, caro leitor, foi ceder. Como ando fazendo com todo o resto nessa minha vidinha medíocre.

— É só uma cerveja com a Maristela, Vinícius. Ela disse que tá exausta e quer relaxar um pouco, vai me apresentar pra outras amigas dela também... vê se colabora, tá?