Capítulo 13: A verdade oculta

2 2 0
                                    

O impostor avançou com uma velocidade inumana. Seus movimentos eram rápidos e precisos, como se cada passo tivesse sido calculado para acabar com Amélia e Marco em um instante. Dylan reagiu primeiro, empurrando Amélia para trás. “Corre!” ele gritou, enquanto se colocava entre ela e a criatura disfarçada.

O sorriso cruel no rosto da falsa Clara se alargou, seus olhos agora completamente negros. “Vocês não têm para onde fugir. Tudo o que amam pertence à escuridão.”

Marco, ainda tremendo, segurava uma cadeira como arma improvisada, mas seus dedos tremiam tanto que ele quase a soltou. “Isso não é real... isso não pode estar acontecendo...” ele murmurava, o medo o estava consumindo.

Amélia agarrou o braço dele com firmeza, tentando trazer sua mente de volta ao presente. “Precisamos ficar juntos! Não vamos sobreviver separados.”

A falsa Clara avançou novamente, seus movimentos eram muito rápidos e fluidos, mas Dylan, usando seus reflexos, conseguiu desviá-la por um momento. “Precisamos encontrar o espelho!” ele gritou. “Se ela veio do espelho, é lá que podemos prendê-la!”

Amélia olhou para os cantos escuros da casa. O espelho estava no mesmo lugar, mas parecia coberto por uma névoa espessa e distorcida, como se a própria escuridão estivesse tentando selá-lo. “Temos que atrair ela até lá!”

“Mas e a verdadeira Clara? Ela pode estar do outro lado...” Marco questionou, sua voz carregada de desespero.

Dylan respirou fundo. “É nossa única chance. Se deixarmos essa coisa solta, ela vai acabar com todos nós.”

Amélia assentiu, seus olhos brilhando de determinação. “Então vamos.”

A falsa Clara os observava, claramente entendendo o plano. Ela soltou um riso agudo e malévolo. “Vocês realmente acham que vão vencer?”

Sem perder tempo, Amélia e Dylan correram na direção do espelho, forçando a criatura a persegui-los. Marco, embora hesitante, seguiu logo atrás, tentando não perder o ritmo.

A criatura avançava atrás deles, cada passo ecoando como um trovão na casa. Quando finalmente chegaram ao espelho, Amélia e Dylan se posicionaram. Eles sabiam que só teriam uma chance.

“Agora!” Amélia gritou.

Dylan e Amélia lançaram uma onda de energia conjunta, empurrando a falsa Clara contra o espelho. A criatura rugiu em fúria, tentando resistir, mas a força combinada dos dois era avassaladora. O espelho começou a brilhar intensamente, sugando-a para dentro com violência.

A casa tremeu, como se a própria estrutura estivesse se desfazendo. Marco observava, paralisado, enquanto a criatura tentava se segurar na borda do espelho, suas garras arranhando desesperadamente o vidro.

“Não!” ela gritou com uma voz distorcida, cheia de ódio. “Isso não acaba aqui!”

Com um último rugido, a falsa Clara foi sugada para dentro do espelho. A superfície brilhou por um instante e depois se apagou, mergulhando o ambiente em um silêncio perturbador.

Amélia e Dylan respiravam com dificuldade, com suas mãos tremendo de exaustão. Marco ainda estava imóvel, como se seu cérebro não conseguisse processar o que acabara de acontecer.

Amélia se virou para o espelho, tocando a superfície fria e opaca. “Clara...” sussurrou, com um nó na garganta.

Dylan se aproximou, colocando a mão no ombro dela. “Vamos trazê-la de volta. Não vamos deixar ela lá.”

De repente, uma rachadura apareceu no espelho, como uma cicatriz sinistra. Marco deu um passo para trás, assustado. “Isso não é um bom sinal...”

Amélia olhou para Dylan, a determinação voltando aos seus olhos. “Precisamos descobrir como abrir o espelho de novo. E rápido.”

Antes que pudessem reagir, a casa estremeceu mais uma vez. As paredes pareciam se fechar ao redor deles, como se o lugar estivesse se rebelando contra sua presença. O ar ficou pesado, quase impossível de respirar.

E então, uma voz ecoou das profundezas do espelho, fraca e distante, mas inconfundível. Era Clara. “Me ajudem...”

Amélia fechou os punhos com força. Não havia mais tempo para hesitação. Agora, eles precisavam não apenas sobreviver — mas resgatar Clara antes que a escuridão a consumisse completamente.

Sussuros na noite Onde histórias criam vida. Descubra agora