Capítulo 11: Revelações e conflitos

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Amélia e Dylan respiraram fundo, prontos para compartilhar tudo o que haviam vivenciado nas profundezas das sombras. “As criaturas que vimos… elas são manifestações do nosso sofrimento e medo. Elas se alimentam de nossas inseguranças,” Amélia começou, sua voz era trêmula mas firme. “Não é só sobre nós. É sobre todos nós.”

Os olhos de Marco, Clara e Lucas se arregalaram em choque. “Como assim?” Marco perguntou, a confusão era evidente em seu rosto. “O que vocês querem dizer com isso?”

Dylan se virou para os amigos, a determinação estava crescendo dentro dele. “Vocês se sentiram impotentes diante da situação, mas não é culpa de vocês. As sombras podem ser traiçoeiras. Mais nós precisamos nos unir agora mais do que nunca.”

A tensão no ar se transformou em um misto de alívio e culpa. “Sinto muito por não termos percebido o que vocês estavam passando,” Lucas disse, com a voz carregada.“Nós não sabíamos o que fazer.”

“Não precisamos de desculpas, mas de apoio,” Amélia respondeu. “E precisamos ser honestos sobre quem somos. Eu sou uma médium, e sempre senti as energias ao meu redor. Isso foi o que me levou a Dylan.”

Os amigos ficaram em silêncio, processando a revelação. “Vocês realmente têm habilidades especiais?” Clara perguntou, a incredulidade em seus olhos.

“Sim,” Dylan confirmou. “E nós precisamos encarar nossos próprios segredos também. Temos que ser transparentes se quisermos enfrentar o que está por vir.”

A tensão diminuiu um pouco enquanto Amélia e Dylan compartilhavam suas histórias. O grupo se sentia mais conectado, mas a atmosfera ainda estava carregada de incerteza.

Então, de repente, o espelho na parede começou a brilhar intensamente, a superfície estava distorcendo-se como se algo estivesse prestes a sair. Aquela figura grotesca das sombras, emergiu do portal, sua presença era imponente preenchendo a sala.

“Vocês acham que podem escapar de mim?” a criatura rosnou, sua voz ressoando com um eco aterrador. Antes que pudessem reagir, a criatura se lançou na direção de Lucas, atingindo-o violentamente. Um grito de dor escapou de seus lábios enquanto ele caía, ferido gravemente no ombro e na perna.

“Lucas!” Clara gritou, desesperada, enquanto tentava correr até ele. Mas antes que pudesse alcançá-lo, a criatura se virou e, com um movimento rápido, mordeu o braço dela, fazendo-a gritar de dor.

“Precisamos sair daqui!” Marco exclamou.

Amélia, Dylan e Marco tentavam desesperadamente escapar da casa, mas algo os prendia. A porta estava trancada por uma força invisível, como se a própria casa estivesse viva, manipulando seu entorno.

“Precisamos sair agora!” Amélia exclamou, mas seus esforços eram em vão.

Dylan sugeriu que eles tentassem canalizar seus poderes juntos para quebrar a conexão com a criatura. No entanto, quando começaram a concentrar sua energia, a casa se transformou em um labirinto, com corredores que mudavam e portas que apareciam e desapareciam.

“A criatura está usando isso contra nós!” Dylan gritou, sentindo a pressão da escuridão ao redor deles.

Amélia percebeu que seus medos estavam sendo amplificados. “Não podemos desistir! Vamos enfrentar isso juntos!” declarou.

Mesmo assim, ao tentarem usar seus poderes contra a criatura, foram atacados novamente. A energia deles se dissipou diante da força da escuridão, que se alimentava de suas inseguranças. A luta estava longe de terminar, e a sensação de aprisionamento na casa apenas aumentava.

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