Já havia anoitecido, Priscilla e eu estávamos na área da piscina cada uma com uma taça de vinho sentadas em espreguiçadeiras.
— Obrigada por estar aqui — falei olhando em seus olhos e acariciando sua mão livre.
— Não poderia ser diferente, você me convidou e eu nem pensei em aceitar, já o fiz de imediato. É a melhor companhia. — Priscilla me trouxe pra perto, me aconchegando em seu peito e deixou um beijo demorado em minha testa.
Como pode alguém que conhecemos em pouco tempo se tornar tão especial e emanar uma conexão que eu jamais saberia explicar?
Priscilla bebe um gole de seu vinho e aproveito pra me desvencilhar de seu aconchego, aproximar um pouco mais e beijá-la. Sua língua invade minha boca sem timidez, sua mão que antes me abraçava adentra em meus cabelos. Eu me sinto tão rendida a essa pegada gostosa que ela tem, que me segura firme e me prende por minutos até o ar nos faltar.
Permanecemos incessantemente assim, carícias, beijos e vinho, até que o frio da noite se intensificasse e nos forçasse a entrar para um banho quente e descanso.
Entrei no meu quarto e Priscilla no dela logo ao lado do meu. Demorei um pouco até decidi uma roupa para dormir e finalmente entrar no banho. Meu corpo flutuava pelo vinho tomado, sem contar outros efeitos... eu só não queria estar nesse quarto sozinha tendo ela bem aqui do lado.
Suspiro profundamente, prendo meu cabelo e entro em baixo do chuveiro quente, eu precisava liberar toda essa tensão de mim. Pós banho meu corpo relaxa um pouco, capturo a toalha e caminho em direção ao meu quarto.
Parece louco como nos comportamos diante de uma paixão, é avassalador, nossa mente só recorre a uma única coisa: àquela pessoa. Cada vez mais tem sido desafiante chegar próximo de Priscilla e não sentir meu corpo arder e não pensar as milhares formas que desejo tê-la.
Play music: Falling for you – The 1975
Na luz baixa do meu quarto, encontro a visão que desperta em mim o dobro que estava sentindo mesmo antes do banho. Não consigo sorrir, nem sair do lugar, apenar um arrepio corta minha espinha e invade o mais íntimo de mim.
Priscilla estava em minha cama, com seu roupão semiaberto, mas o bastante para notar que apenas isso a cobria.
— Você disse pra eu ficar à vontade, agora estou o bastante? — Suas palavras saem traiçoeiras e isso me desperta do transe.
Ando em direção a porta do meu quarto apenas para verificar se estava como eu esperava, trancada! Minha cama pela primeira vez nunca me pareceu tão aconchegante como nesse momento. Me aproximo lentamente, observo seu peito subir e descer numa respiração fora do normal, seu olhar não saia de mim, brilhava e me admirava como sempre.
Com a ponta dos dedos percorro sua pele, na clavícula, entre os seios e a brecha descoberta sobre seu corpo, empurrando seu roupão para os lados cheia de desejo em vê-la por completo.
— Você consegue ser tão imprevisível — foi o que eu disse deslumbrava diante dela nua em minha cama.
— Sou mais previsível do que imagina, Natalie. — Sua mão firme me puxa para perto dela. Ficamos frente a frente — desde sempre minhas atitudes demostravam que você era o que eu queria.
— Eu estou aqui, inteiramente...
Apenas sinto a toalha que me cobria recair sobre a cama e eu ser puxada para sentar sobre suas coxas. Fecho meus olhos e sou incapaz de segurar o gemido baixo que saiu entre meus lábios ao sentir nosso contato quente.
As mãos macias de Priscilla deslizam em minha cintura até meus seios, a ponta de seu dedo polegar rodeia meu mamilo para em seguida me puxar pela nuca e alcançar os meus lábios. Seu sabor era uma mistura de menta e álcool.
Eu já estava perdida, não dominava mais meu próprio corpo. Entre minhas pernas era tão abundante o desejo que molhava suas coxas. Quanto mais eu a abraçava parecia não ser suficiente, que loucura! Fiz jeito de retirar ao todo seu roupão e isso deu brecha para que Priscilla me deitasse sobre a cama e repousasse sobre mim, beijando meu pescoço.
Uma vontade dolorosa me habitava, quase implorando que ela tirasse isso logo de mim e libertasse.
Seus beijos desceram lentos em meu corpo, tomava meus seios vagarosamente, molhado, quente, ardente. Enquanto isso, suas mãos me passeavam, apertava contra minha pele. Eu sabia que desse momento em diante eu seria tudo o que ela quisesse.
Não que fosse uma disputa, mas não dava pra saber quem ofegava mais se era eu ou ela em meio ao beijo entre minhas pernas. Seus olhos compenetravam os meus de forma profunda e foi assim, não tão de repente, que eu senti a sensação mais prazerosa da minha vida, foi como se um peso saísse de meu corpo, eu estava leve, flutuante.
Seus beijos fizeram o mesmo caminho de volta pelo meu corpo, até que me fizesse aconchegar em seus braços, nossos corpos quentes se juntaram, pernas entrelaçadas agora em baixo do cobertor. Nossas respirações foram se acalmando lentamente e com isso o silêncio emanava, o que em algum momento nos fez dormir profundamente àquela noite.
...
Meu quarto estava mais claro do que eu me lembrava estar em minha última memória. Uma sensação nova me habitava, era bom! Eu me sentia mais feliz, como em uma boa dose de terapia. Porém não recordava estar sozinha. Olho em volta, mas não há vestígios de que ela ainda esteja aqui e meu corpo preguiçoso não planeja sair da cama tão rápido assim.
Não precisei de muito tempo para ver Priscilla entrar pela porta do meu quarto com uma bandeja em mãos, presumo ser nosso café.
— Bom dia, minha dondoca. — fala deixando a bandeja de lado e dando um beijo em minha testa e em meus lábios.
— Bom dia ... — respondo fingindo resistência, esse apelido não me parece mais tão ruim como antes, porém não serei tão fácil assim.
— Minha pequena soa melhor, não é? — Aceno me mostrando dengosa. Ela sorri e entra em baixo do cobertor abraçando meu corpo ainda nu.
— Ficarmos assim é arriscado. — Falo
— Não agora, nós estamos sozinhas, seus pais saíram e deixou recado que só chegariam daqui duas horas.
Seu sorriso sugestivo era claro sobre a forma como iriamos aproveitar essas duas horas a sós. Ao olhá-la, admirar cada traço seu, eu notei algo diferente, não nela, mas em mim. Enquanto ela fala, eu fico em uma espécie de hipnose, de fora acho que estou parecendo uma boba, mas em fim não me importo, no fundo eu sabia, eu estava muito mais apaixonada do que antes.
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SOS Acampamento (Natiese)
Fiksi PenggemarFanfic Natiese Natalie é uma patricinha que foi obrigada pelos pais a ir ao acampamento de verão de sua escola. Para ela era a pior coisa que poderia acontecer, só não imaginava que alguém tornaria tudo bem mais interessante.