7| The Hidden Game of Subservience

2 1 0
                                    

Na escuridão da noite, o navio estava silencioso, apenas o som das ondas quebrando contra o casco era ouvido. Aurora dormia no canto do pequeno aposento que Dante havia reservado para ela, um sono inquieto. Ela mal havia conseguido fechar os olhos desde que fora levada à força para aquela vida de cativeiro. Mas, nessa noite, algo mais sombrio pairava sobre o navio.

O ranger suave da porta interrompeu seu sono. Um homem com um sorriso sórdido entrou furtivamente no quarto. O brilho da lua que se infiltrava pelas frestas revelava um rosto conhecido – um dos piratas da tripulação de Dante, de olhar lascivo e intenções claramente perversas. Ele aproximou-se dela com uma calma arrepiante, deixando as palavras escorrerem de seus lábios em um sussurro nojento.

"Ah, a doce Aurora," ele murmurou, seus olhos a percorrendo como se fosse um tesouro exposto. "O capitão é um egoísta, sabia? Não divide sua nova 'propriedade' com ninguém. Mas eu acho que podemos fazer algo sobre isso, não acha?"

Aurora acordou num sobressalto, o coração disparado. Ela tentou se afastar, mas estava encurralada contra a parede. Sua respiração era rápida e irregular, o terror estampado em seu rosto.

"Fique longe de mim!" ela sussurrou, a voz trêmula, mas o pirata apenas riu, divertido com seu medo.

"Vamos, preciosa. Eu sei que o capitão já te tocou... então por que não dar um pouco de diversão ao resto da tripulação? Aposto que você sabe como agradar... igual fez com ele." Ele se aproximou, a mão estendida para tocá-la, mas, antes que pudesse sequer completar o movimento, um som metálico cortou o ar.

Em um piscar de olhos, Dante surgiu na porta, seus olhos faiscando de uma fúria assassina. Ele não precisou dizer uma palavra. Com um movimento rápido e preciso, sua espada atravessou o pirata, que mal teve tempo de perceber o que o atingiu. O corpo do homem caiu com um baque pesado, a lâmina de Dante ainda cravada nele, e o peso morto despencou sobre Aurora, o sangue manchando suas roupas enquanto ela lutava para empurrá-lo de cima dela, o horror refletido em seus olhos.

Dante o puxou de cima dela com um movimento brusco, e o corpo caiu ao chão, já sem vida. Ele se abaixou, os olhos encontrando os de Aurora, onde a mistura de medo e desespero era inconfundível.

"Você está bem?" Ele perguntou, a voz controlada, mas fria. Aurora, trêmula e sem palavras, tentou conter o pânico que ainda pulsava em seu peito.

A expressão de Dante endureceu, a mão ainda manchada de sangue. "Esse verme achou que podia encostar em algo que pertence a mim. Deveria ter ensinado melhor a essa tripulação que ninguém... ninguém encosta em você sem minha permissão."

Ela o encarou, surpresa e ainda chocada com o que acabara de acontecer. A ameaça na voz de Dante era clara, mas por trás de suas palavras e do tom sombrio, havia uma proteção possessiva que ela não esperava dele.

"Da próxima vez que algum desses tolos pensar em tocar em você, será uma lição para todos. E você..." Ele passou os dedos por seus cabelos desalinhados, mantendo o olhar fixo nela. "Deveria saber que eu sou o único que dita as regras sobre o que acontece com você. Se quer sobreviver aqui, aceite isso."

Dante deu um último olhar ao corpo sem vida do pirata, antes de se levantar e lançar um olhar sério a Aurora. "Agora, vá se lavar...quero que tire o cheiro desse verme imundo de você"

Dante levantou-se de onde estava ao lado de Aurora, com um olhar frio e calculado voltado para a porta. Ele não precisou gritar. Em poucos instantes, dois de seus homens apareceram, trazendo expressões confusas e cautelosas ao notarem o corpo caído aos pés de Dante.

"Levante esse lixo do chão e joguem ao mar," ele ordenou, sem uma gota de compaixão na voz. "Que apodreça onde nenhum de vocês terá a chance de vê-lo de novo."

Nas Garras do CapitãoOnde histórias criam vida. Descubra agora