capítulo 60

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Ana 💖

O tempo se passou rapidamente e quando me dei conta o Lucas já tinha completado um ano de idade, eu até pensei em fazer um festa mais não vi necessidade já que ele não iria lembrar de nada. Então eu e o Filipe fizemos um cessão de fotos com ele e compramos um bolo e comemoramos apenas nos três em casa, meu homenzinho está crescendo tão rápido que eu quero aproveitar cada momento com ele e não perder nada.

O Filipe não mudou muito coisa, continua super protetor comigo e com o Lucas, mas depois do aniversário do nosso filho ele me deixa sair de casa pelo menos algumas vezes, mas tenho que avisar antes e sempre é com algum vapor, mas mesmo assim eu estou conseguindo voltar a socializar novamente. Começei a fazer academia a um mês e estou gostando bastante, fiz uma colega lá e isso também tem me motivado.

Então por aqui estamos bem, e realmente é bom senti que está tudo certo, e que agora tenho meu espaço.

Talvez depois de um tempo ele consiga me deixar com  mais com liberdade, hoje ele com o Lucas enquanto eu estou no salão fazendo o cabelo, retoquei a raiz ondulada e cortei as pontas que estava parecendo espetos. Olho a rua vendo as motos subindo pela rua do salão, são cinco e quinze e o vapor que veio comigo de tarde ainda está me esperando, enquanto isso Filipe fica toda hora me Mandando mensagens, eu respondo de vez em quando pra ele não surta. O salao em que estou tem apenas quatro meninas e a cabeleireira, as conversas aqui são descontraídas e eu gostei dela me incluir nas conversas assim não me senti excluída.

Final de ano está chegando e já é possível ver alguns garotos de cabelo totalmente branco. Eles chamam de nevou, até o Filipe fez, eu achei que combinou com ele, e é bom que ajuda ele para quando os fios branco da idade começarem a aparecer.

Olho para o espelho vendo a cabeleireira passar o reparador de pontas. Quando ela terminar eu faço o pagamento e me despeço dela e das meninas.

Dou alguns passos e vejo o vapor levantar do banco de cimento da rua e destravar o carro, e sentamos nos bancos, ele liga o carro e acelera pra minha casa.

O caminho foi tranquilo, apenas alguns barulhos de fogos.

Vejo o grande portão branco com o muro alto com cerâmica. Saio do carro e pego minhas chaves e abro o portão, entro em casa e já consigo escutar o choro do Lucas, caminho até a sala e vejo o Filipe com ele no colo andando de um lugar para outro.

_ O que aconteceu? _ pergunto, quando o Lucas escuta minha voz ele abre os braços para mim.

_ Nada não pô, ele tá fazendo manhã.

Pego ele no colo e vejo seu choro para de repente, Lucas coloca o rosto no meu peito e fica quieto.

_ Demorou pra caralho hein. _ Filipe fala ainda me olhando.

_ Tinha duas garotas na vez e eu ainda tive que esperar uma hora pra o produto fazer efeito, e a prancha demora muito.

Ele me olha por ums segundos e parece concordar.

_ Fez comida?_ pergunto sentindo minha barriga doer com fome.

_ Fiz, tá na cozinha.

_ Coloca pra mim, tô com fome.

_ ficou bonito, o teu cabelo.

Ele fala e vai pra cozinha e eu vou logo atrás, vejo ele esquentar a comida e depois colocar no prato pra mim. O arroz com Strogonoff e batata palha, com suco de maracujá. Filipe cozinha muito bem e eu me aproveito disso sempre que posso.

Sento na mesa e começo a comer enquanto Lucas dorme em meu colo. Ele sempre dorme depois que chora, normal de quase toda criança.

Olho o Filipe mechendo em alguma coisa no meu celular e pergunto:

A L E M Ã OOnde histórias criam vida. Descubra agora