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De onde estou, sentada à beira da piscina, dá pra ver o carro da Kim encostar e, em seguida, o da Kourtney

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De onde estou, sentada à beira da piscina, dá pra ver o carro da Kim encostar e, em seguida, o da Kourtney. É sempre um grande evento quando a família Kardashian-Jenner decide se reunir. Eu trago a ponta do baseado aos lábios, o cheiro inconfundível se mistura com o aroma da água da piscina e do filtro solar que passei pelo corpo. Hoje, só estou de sunga preta, um top bem justo, e meus braços tatuados estão completamente expostos. A gente vive em um mundo onde todos querem me julgar, então que olhem bem pras minhas tatuagens e fiquem à vontade.

— E lá vem o tribunal familiar — murmuro para mim mesma, soprando a fumaça lentamente, quase como se eu quisesse ver quanto tempo vai demorar pra uma delas reclamar.

A primeira a me notar é a Kendall. Ela atravessa o jardim com aquele andar que parece um desfile do Met Gala, e antes mesmo de chegar perto o suficiente, já lança um olhar cortante.

— Kalyah, sério? — ela franze o rosto, balançando a cabeça. — No meio do dia?

Dou um sorriso, deixando o baseado no cinzeiro.

— Relaxa, irmãzinha. Se alguém precisa de um pouco de calma, esse alguém é você.

— Eu sou calma, você que… — ela respira fundo, claramente já pensando em como não vai estragar o clima familiar logo no começo. Mas não consigo resistir.

— E eu sou a mais velha, lembra? — Pisco para ela e rio, porque sei que isso sempre a incomoda. — Cinco minutos é suficiente pra me dar todos os direitos, “irmãzinha”.

— Você e seu ego cabeção! — ela rebate, sorrindo enquanto me dá um empurrãozinho de leve. A provocação dela me faz rir. É uma das poucas pessoas que tem permissão de me tirar pra cabeça grande. Ela sabe que é só zoeira.

De repente, escuto uma voz atrás de mim, bem mais séria e inconfundível.

— Kalyah…! — é a Kim, de óculos escuros, olhando pra mim e depois pro cinzeiro como se fosse uma evidência de crime. — Mãe vai te matar.

Olho pra ela, sem me intimidar, com um sorriso desafiador.

— Por que, Kim? Você acha que sou uma má influência pras crianças? — Brinco, erguendo as sobrancelhas. A verdade é que nunca quis decepcionar ninguém, mas também nunca me encaixei perfeitamente no molde da minha família.

A Kourtney chega logo em seguida, e percebo que ela também me olha de um jeito misto entre desaprovação e divertimento. Ela nunca se importou tanto com meu jeito de ser, só fica de olho no que acha que pode ser ruim pra família.

A Kim se aproxima, e eu vejo seus olhos focando em algo na minha pele.

— Isso é… uma nova tatuagem? — ela pergunta, apontando.

Eu sorrio, orgulhosa, e puxo o braço pra que elas vejam. O nome de cada um dos meus sobrinhos está tatuado ali. Eles são minha família, tanto quanto as minhas irmãs, então resolvi carregar todos comigo. A Kim solta um sorriso surpreso, mas com algo de gratidão. Parece até emocionada, mas não fala nada.

ℝ𝕀𝕋𝕄𝕆𝕊 𝔼 𝕊𝔼𝔻𝕌ℂ𝔸𝕆 | ˢᵃᵇʳᶦⁿᵃ ᶜᵃʳᵖᵉⁿᵗᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora