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Eu sabia que aquele momento seria único

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Eu sabia que aquele momento seria único. Quando o palco se iluminou, senti a tensão no ar, a expectativa. Meu coração batia forte, mas ao mesmo tempo, havia uma calma dentro de mim. A música estava pronta, e eu estava preparada para entregá-la de corpo e alma. Eu havia escrito aquelas letras para elas, minhas irmãs, minha família. Cada palavra, cada acorde, tinha um pedaço de mim, um pedaço da nossa história.

A primeira nota soou e o palco se encheu com a batida suave da música que eu compus especialmente para as minhas irmãs. “Mockingbird”. Era a nossa canção, nossa conexão em cada verso. Ao cantar, deixei minha voz fluir, e a emoção que eu sentia tornou-se mais forte, tomando conta de mim. Pensava nas risadas que compartilhamos, nas brigas que tivemos e, principalmente, no quanto eu as amava. Cada uma de nós tinha uma história diferente, mas todas elas se entrelaçavam ali, naquela música.

"Hush, little baby, don't you cry,
Everything's gonna be alright."
(Silêncio, pequena, não chore,
Tudo vai ficar bem.)

Enquanto a letra fluía, eu sentia meu corpo se soltar, e, à medida que a melodia me envolvia, eu pensava na minha mãe. Kris. A mulher que me deu a vida, que me criou, que me manteve firme mesmo nas horas mais difíceis. Como eu tinha sorte de tê-la ao meu lado. Como poderia ser grata a ela por me ensinar a ser quem eu sou.

Eu olhei para o telão, e lá estava. Minha tatuagem. A grande homenagem. Eu tinha o nome das minhas irmãs e sobrinhos cobertos nas minhas costas, em tinta preta, feita em letras grandes. Eu tirei a camisa, deixei que todos vissem. A dor daquela tatuagem, a permanência daquela marca, era o menor preço a pagar por esse amor que eu sentia. A dor, para mim, era um lembrete constante do quanto a família era importante.

"And if you cry, I'll be right here,
And if you smile, I'll be near."
(E se você chorar, estarei bem aqui,
E se você sorrir, estarei perto.)

Os vídeos começaram a passar no telão. Meu rosto jovem, cheio de vida, aparecia ali, segurando meu primeiro sobrinho. Eu estava com Kendall, correndo pelos jardins da nossa casa, rindo sem parar. Aqueles eram os momentos que me faziam sentir a essência da felicidade. Aquela época onde tudo parecia mais simples, mais verdadeiro. Quando tudo o que eu precisava fazer era amar e ser amada.

Eu vi a mim mesma, mais nova, dormindo no colo de minha mãe, já adulta, ainda buscando seu conforto. Eu chorei. Não pude evitar. Não quando vi minhas irmãs no telão, todas elas se emocionando também. Kendall, com os olhos marejados, Kylie, Kim, Kourtney, e até Khloé, todas com lágrimas escorrendo pelo rosto. Minha mãe estava ali, emocionada, mas com aquele sorriso orgulhoso. Eu sabia que ela tinha orgulho de mim, mesmo quando eu me via perdida em escolhas erradas.

Eu não consegui segurar o choro. As lágrimas caíam enquanto eu cantava, minha voz embargada, mas a música continuava. No fundo, eu sabia que aquela era a minha forma de mostrar o quanto elas significavam para mim. O quanto a minha família era o alicerce da minha vida. Eu só queria que elas soubessem o quanto eu as amava.

ℝ𝕀𝕋𝕄𝕆𝕊 𝔼 𝕊𝔼𝔻𝕌ℂ𝔸𝕆 | ˢᵃᵇʳᶦⁿᵃ ᶜᵃʳᵖᵉⁿᵗᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora