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(Imagem da Floresta de Mirkwood)

Notas da Autora: Primeiramente quero estabelecer uma coisa, na história a maturidade dos elfos é algo subjetivo e pessoal que muda de um para o outro, a protagonista dessa história já era consideravelmente madura aos 300 anos, então deixei isso em mente para não se assustarem com qualquer diferença de idade entre ela e o Legolas ok? Ela não é mais criança e nem adolescente na cultura élfica, então fiquem tranquilos😅😂.

Notas da Autora: Primeiramente quero estabelecer uma coisa, na história a maturidade dos elfos é algo subjetivo e pessoal que muda de um para o outro, a protagonista dessa história já era consideravelmente madura aos 300 anos, então deixei isso em...

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1269 Palavras

A pequena meia-elfa de cabelos negros e olhos verde-escuro (herança de seu pai) foi levada ao reino de Tranduil e foi educada pessoalmente pelo rei e seus servos pessoais, que se apegaram rapidamente à pequena bebê resgatada, mesmo com sua descendência humana. O palácio de Thranduil foi o cenário de toda a trajetória de crescimento de Elenwen. Por muito tempo, ela não conheceu nada além daquelas paredes e muros, vivendo sob a constante proteção do rei, cujo sentimento paternal por ela parecia se intensificar a cada ano. Mesmo com sua aura fria, Thranduil nutria um carinho profundo por ela, e Elenwen se sentia grata por isso.

Mirkwood sempre despertou um fascínio especial em Elenwen. Sabia que outrora a floresta fora um cenário de beleza inigualável, mas agora era apenas uma sombra do que já foi, consumida por alguma influência maligna, que descobririam alguns anos depois que se tratava de Sauron, servo de Morgoth. No entanto, havia algo na aura soturna da floresta que trazia admiração à jovem, a qual enxergava beleza na vida que persistia e sobrevivia. As árvores, os rios e os animais pareciam ter uma força que os tornava mais poderosos do que qualquer ser de outra floresta.

Desde pequena, Elenwen sempre foi curiosa, capturando a atenção de todos ao seu redor. Um dos objetos de sua admiração era o príncipe Legolas, que, apesar de ser alguns séculos mais velho do que ela (um espaço de tempo insignificante para a cultura élfica, conforme ela insistia em destacar), possuía um espírito jovem e aventureiro. Desde que atingira sua maturidade nos costumes élficos, Legolas se tornara responsável por tratar dos assuntos externos do reino, tanto nas questões diplomáticas quanto nas conflituosas, o que o mantinha longe de Mirkwood por longos períodos.

Elenwen recorda com carinho dos poucos momentos que compartilharam durante sua infância, em como ele sempre a tratou com gentileza e a incentivou a buscar aventuras. Legolas foi seu primeiro mentor no arco e flecha, ensinando-a a arte quando ela ainda tinha apenas 100 anos. Se recorda quando em uma situação ele a ajudou a escapar de um castigo que o rei havia lhe dado, pois ela estava com uma "postura inadequada" ao tentar discutir táticas de guerra com um elfo que ela não sabia bem quem era, o qual, "estava absurdamente errado" conforme a sua lógica. Legolas sempre lhe dava um descanso das aulas de etiqueta e cultura élfica que o rei insistia que ela tivesse, o que ela agradecia imensamente.

As memórias mais vivas que Elenwen tinha de Legolas ocorreram na adolescência, quando começou a notar como seus olhos expressavam diversas emoções em um único vislumbre. O sorriso dele tornava-se cada vez mais melodioso aos seus ouvidos, e o seu aroma trazia uma calma que a envolvia de forma inexplicável. Com o passar do tempo, os sentimentos que nutria por Legolas evoluíram, tornando-se mais profundos e complexos. Ela não sabe exatamente como isso aconteceu, só que simplesmente um dia começou a desejar tocar e acariciar os cabelos dele, o que normalmente não pensava e a partir dai começou a reprimir todas as ideias indecorosas que surgiam em seus pensamentos.

Suas aventuras de adolescência começaram a torná-la uma elfa mais corajosa e obstinada. Ela conseguiu o milagre de ter a permissão do rei para realizar um treinamento de luta e manipulação de armas, queria estar mais forte, sentir-se mais capaz e conseguir fazer mais pela segurança do reino do que conseguia fazer na sacada de seus aposentos. O rei concordou com a ideia, pois sabia que seria melhor que ela fosse capaz se defender em meio a algum perigo, por mais que evitasse que isso acontecesse a qualquer custo.

À medida que crescia, Elenwen sentia uma sombra se alastrar sobre Mirkwood. A Floresta das Trevas enfrentava uma grande influência desse mal, e ela conseguia perceber os efeitos em seu espírito, como uma sensação de que algo estava prestes a acontecer. Mesmo aos 200 anos, ainda era considerada jovem para os padrões élficos, mas já havia adquirido habilidades extraordinárias e um profundo conhecimento nas artes medicinais. Descobriu que sua conexão com a natureza transcendia o emocional, permitindo-lhe sentir a energia de cada elemento que fluía em seu ser. Assim, começou a manipular os elementos da floresta de forma singela e quase imperceptível.

Com o passar dos anos, sentiu um aumento de seus poderes. Agora suas manipulações não se prendiam apenas em mexer algumas poucas folhas com o vento, mas conseguia mover as águas de um rio, acelerar o processo de crescimento de uma árvore, entre outras ações. Legolas notou seus dons de uma forma inusitada, fora tirar uma brincadeira que não a agradou muito e em um instante estava com o diário dela em mãos ameaçando correr e no outro estava no chão com seus pés amarrados por vinhas. Depois disso, ele comunicou seu pai sobre os dons dela, o que inevitavelmente provocou preocupação no governante.

Assim, por uma ordem direta de Thranduil, Elenwen começou a ser ensinada por Nimloth, uma antiga elfa curandeira de grande sabedoria conhecida por toda a Terra Média. Durante suas lições, ela sentiu uma energia dentro de si, como se algo estivesse esperando para ser liberto, mas não sabia ao certo o que era.

Em seu aniversário de 250 anos, Legolas a levou para além dos limites que já tinha cruzado na floresta, mostrando-lhe um rio escondido entre as árvores, cuja água brilhava como se fosse feita de pura prata. Naquele momento, Elenwen sentiu-se revigorada. As árvores pareciam sussurrar segredos a ela, e a luz da lua refletia na água, acentuando a beleza dos olhos de Legolas, que reluziam em um tom azul-claro, que a fascinavam cada vez mais. Ela recebeu permissão do rei para visitar aquela parte da floresta, desde que estivesse acompanhada de Legolas ou de alguém com habilidades de combate equivalentes. Dali em diante, aquele local era o ponto de encontro favorito dos dois, onde podiam conversar sobre qualquer coisa e onde Legolas podia ensiná-la a usar espadas sem a interferência da preocupação do rei.

Um tempo após seu aniversário, Legolas teve que retornar às suas obrigações e Elenwen voltou a se sentir só. Sem ele, não podia mais explorar a floresta e a tristeza começava a aparecer. As memórias das aventuras que compartilharam tornaram-se seu consolo, mas sua solidão só aumentava. Ela percebeu que seus sentimentos por Legolas estavam crescendo, enquanto ele continuava a vê-la como uma irmã ou uma amiga. Com o tempo, a presença de Tauriel, a comandante da guarda real, no palácio se intensificou. Elenwen observava a conexão entre Legolas e Tauriel, o que a deixava enfurecida e insegura. Sabia que Tauriel era mais velha e corajosa, e seus cabelos vermelhos atraíam olhares admirados, algo que ela nunca poderia competir.

Com o passar do tempo, a solidão de Elenwen só aumentava. Sentia uma energia ardente dentro de si, presa entre seus dons medicinais e a sua rotina no castelo. Essa força, de certa forma, também estava sendo afetada pela pressão da crescente sombra maligna que crescia na floresta, ela podia sentir isso. Seus poderes estavam em ascensão, mas a luta interna para controlá-los tornava-se cada vez mais difícil, ao passar dos dias as suas manifestações de poder se tornavam cada vez mais imprevisíveis, mesmo diante de seu treinamento com Nimloth. Pesadelos constantes a atormentavam: visões de destruição e batalhas devastadoras. A sensação de que estava prestes a explodir era palpável, e ela se via à beira de um colapso emocional.

Essa luta interna se tornaria um reflexo não apenas da sua relação com Legolas, mas também da crescente escuridão que ameaçava consumir toda a Terra Média.

Sombra e Luz: O Destino de ElenwenOnde histórias criam vida. Descubra agora