Aviso: Os direitos do universo e de alguns personagens são de propriedade das obras de J.R.R. Tolkien. Esta história é uma vertente não cânon do universo, criada por uma fã.
ATUALIZAÇÃO SEMANAL!
Qual a verdadeira linha entre o bem e o mal? E até ond...
A manhã despontava com raios de sol filtrados pelas copas densas da floresta. Elenwen sentia o peso do orvalho nas folhas enquanto se concentrava no centro de uma clareira calma. A floresta estava em silêncio, exceto pelo som suave das folhas movendo-se sob a brisa da manhã. Ela respirava fundo, tentando acalmar a agitação em seu peito. Estava em meio ao seu treinamento, e a presença de Nimloth ao seu lado trazia alguma segurança, mas o poder dentro dela ainda era instável, fugidio.
"Concentre-se, Elenwen," Nimloth sussurrou, os olhos fixos nela. "Não force a energia. Deixe que ela flua por você, como a corrente de um rio."
Elenwen fechou os olhos, tentando sentir a energia ao redor: o poder das árvores, as raízes sob seus pés. Mas, ao tentar controlá-la, uma dor súbita atravessou sua mente como um relâmpago. Ela quase perdeu o equilíbrio, e seus punhos se fecharam em frustração. "Eu... eu não consigo, Nimloth. É como se algo me impedisse de dominar isso".
Nimloth pousou a mão em seu ombro, com um sorriso encorajador. "A jornada não é fácil, Elenwen. A floresta exige paciência. Você encontrará o caminho, eu sei." Ela se afastou posicionando-se no centro da clareira. ""Até agora, você aprendeu apenas a doar sua energia para curar os outros, sem nada em troca. Mas, para manipular seus dons elementais, as coisas não funcionam da mesma forma."
"Devo lhe ensinar o fundamento dessa energia, a natureza é vida e é morte Elenwen. Não é boa e nem má, apenas justa. Assim, para se conectar com isso e fazer com que a floresta confie em você para manipulá-la, você deve devotar a sua atenção completamente a isso." Ela dizia enquanto fazia uma rajada de vento com as mãos guiando as folhas que estavam no solo.
"O que isso quer dizer?" - Elenwen indagou não conseguindo compreender.
"É simples Gwannor (aprendiz)" continuou Nimloth. "A natureza é equilíbrio: para manipulá-la, deve permitir que ela também manipule sua energia. É uma troca." Ela fez um gesto com as mãos e parou de mover as folhas que caíram no chão. "A energia que flui em você, flui aqui também," apontou para toda a extensão do local onde estavam. "Você ira doar energia, mas irá recebê-la também, por isso, concentre-se completamente no que deseja. Sinta as energias entrando e saindo do seu corpo."
Elenwen assentiu, ainda relutante. Ela queria o controle, mas algo em seu coração pesava. Talvez fossem as memórias recentes; talvez a presença de Legolas, sempre por perto e ao mesmo tempo distante. No entanto, isso era importante. Ela tinha que conseguir. Fechando os olhos, visualizou as folhas em frente, imaginando a energia fluindo da terra para si e de si para a terra. Sentiu um leve formigamento nos dedos, e, ao abrir os olhos, viu as folhas se movendo de acordo com seu comando. Um sorriso de alegria brilhou em seu rosto.
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Mais tarde, enquanto patrulhava borda da floresta a cavalo, Legolas estava perdido em pensamentos. A imagem de Elenwen não o deixava, lembranças de risos, caminhadas e a cumplicidade que antes compartilhavam. Sentia-se inquieto desde que presenciou a sombra ameaçando-a. Tentava concentrar-se nas tarefas, mas algo parecia bloquear sua conexão com o mundo ao seu redor.
