Me encontro deitado na cama, com Henry afagando meus cachos e sobressaltada me afasto dele.
Pelo seu olhar, vejo que não gostou da minha reacção.
Vejo que estou de pijama e sem rastro de sangue.
Desvio do seu toque quando tenta me tocar.-Eu sei que está pertubada mas entenda que eu te amo e faço tudo por você.
Abraço meus joelhos.
-Você matou o Jeremy, por minha culpa.
Lágrimas deslizam no meu rosto, limpo rapidamente, parecer vulnerável não vai mudar o facto do Jeremy estar morto e a culpa ser minha.
Deus, eu pensei que ele teria piedade de mim , Henry foi implacável e nem hesitou, não se preocupou com os meus sentimentos.-Você não tem culpa de nada, na verdade ele morreu por desejar o que não lhe pertence e não fale o nome dele.
Tiro meu rosto entre as pernas, e encaro sua expressão furiosa.
Ele não tem o direito de ficar furioso, eu quem devo ficar furiosa.-Eu falo o que quiser.
Ele se mantém em silêncio, mas posso ver o desgosto no seu rosto .
- Você não tinha o direito, você não tinha o direito...-Não vou pedir perdão, não seria ciníco até esse ponto .
Ele te sequestrou, te apontou uma arma, usou da sua vantagem para abusar de você e por fim ia te estrupar.-Para!
Você está tentando me manipular.
( Digo gritando e batendo meus punhos na cama)- Não preciso te manipular, você só não quer escutar a verdade.
-Mesmo assim, você não tinha o direito de matar ele , eu daria um jeito, eu...
-Se você for tão ingênua quanto parece ser, juro por Deus que ficará trancada .
Vejo que essa conversa não nos levará a lugar nenhum, saio da cama e vou em direcção á porta.
Me assusto quando encontro uma serviçal e uma mulher um pouco bonita demais para eu admitir.-Me perdoe senhora.
Dou um passo atrás batendo no peitoral de Henry, como sempre me cercando, reviro os olhos.
-Essa é á Dr. Fonseca.
-Minha esposa.
Diz nos apresentando.
-Boa noite senhor, vim o mais rápido que eu pude.
Indignada cruzo meus braços e seus olhos me seguem, um misto de admiração e desdém passa por seus olhos, mas disfarça.
-Por favor, vamos até ao meu escritório.
Diz me segurando e a doutorzinha nos segue, eu poderia mandar ele ir pastar, porém a minha curiosidade fala mais alto.Já no escritório, observo a Doutora abrir sua maleta.
Henry me faz sentar em seu colo.-O que é isso?
Pergunto quando vejo sua maleta, vejo algo super perfurante não é uma seringa , aliás nesse momento daria tudo para que fosse uma, tento sair do colo de Henry, sinto seus braços me mantendo no lugar e pânico toma conta de mim, quando a moça vêm na nossa direcção.-Calma, ela só vai implantar um rastreador no seu corpo, porque minha pequena esposa é uma fujona.
-Não!
( Grito atordoada)-Shhh.( sussurra passado sua mão na minha perna.)
- [ ] Tento me debater mas é inútil porque ele me mantém imóvel.
- [ ] Sem escolha, inclino minha cabeça para trás e lágrimas deslizam de tanta raiva, sinto uma pequena fisgada de dor no meu ombro direito.-Boa menina.
( Sussurra no meu ouvido deslizando sua mão na minha coxa.Alguém bate na porta e Henry dá permissão para entrar, a doutora não para de comer meu marido com os olhos e eu lhe envio um olhar mortal a deixando sem graça.
-Muito obrigado pelo trabalho, ele vai acompanhá-la até o carro.
Diz se referindo ao segurança que está na porta.Ela faz uma reverência e se retiram.
Olho o machucado que está no meu ombro, esse desgraçado só está querendo me testar, me marcando como uma vaca para o abate, mesmo com o ombro dolorido, levo minha mão até o local para averiguar a situação, qual é a probabilidade de arrancar esse negócio com uma cirurgia ou uma faca.-Única pessoa no mundo que pode retirar isso é á Doutora Fonseca, ela tem um método exclusivo.
-Nada é impossível.
Sem aviso prévio me penduro no pescoço dele e como uma cadela enraivecida, arreganho meus dentes e mordo seu pescoço, com a intenção de arrancar um pedaço dele e marcá-lo .
Henry não recua diante do meu ataque ao contrário me segura perto dele como se não quisesse quebrar o contacto, geme rouco e por incrível que pareça sinto um volume se formando embaixo da minha bunda.
Quando me apercebo, afasto meus dentes do seu pescoço e tento me levantar do seu colo .-Não tão cedo.
Sua mão na minha cintura me mantém no lugar e outra ergue o meu queixo, levando meus lábios até os seus e me arrebatando , me beija de forma sensual e quente, beijar nunca foi tão bom, sempre tive nojo de beijar e não tinha nada haver com não saber beijar , longe disso, ninguém nunca me deixou excitada só com um beijo e fez parecer como se eu estivesse flutuando.
Terminamos o beijo com selinhos.-Se você não estivesse tão triste, já estaria socando meu pau nessa bucetinha apertada.
Daqui á dias partiremos para Itália.-Não quero ir.
Eu posso continuar estudando aqui e pode me visitar quando puder.Dá uma risada sonora sem humor.
-Nem fodendo que você estará a milhas de distância de mim.
Vai continuar estudando lá.-Não tem medo que eu me revolte e acabe envenenado seu Whisky um dia ou te acorde com uma faca no pescoço no meio da madrugada?
-O único medo que eu tenho é de perder você.
Desvio meus olhos dos seus por causa da intensidade do seu olhar me dizendo isso .-Quero que Jeremy tenha um velório digno e que eu esteja presente, caso não queira morrer engasgado com seu sangue .
Vejo que a ideia não o agrada nem um pouco, mas ele sabe que deve me dar isso , é meu direito.
-Desde que eu a acompanhe.
-Não.
Você é a porra do assasino dele, seja um homem de princípios, por favor.
Minha voz se fica embargada, Henry dá um beijo no meu nariz enquanto esfrega meus braços tentando me confortar.-Está bem, mas é a última vez que fala ou pensa noutro homem que não seja eu.
Dá próxima, não serei tão piedoso.PS:Sem revisão!
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Sua Propriedade
RomanceEle não me encheu de flores e me prometeu a lua mas me deu segurança,estabilidade e conforto, se tornou meu porto seguro, tomou as minhas dores e aflições mas em troca quis todo meu ser. Ele me tomou como posse, me marcou e me reivindicou como sua. ...