Sua Propriedade

Encontro

Mais um dia nesse restaurante e atendendo no modo automático, é sempre assim, já nem sei o que é viver e me divirtir só vivo no automático.

Jeremy:Oi boneca.

Me deu um beijo na bochecha bagunçando meus cachos. Jeremy é um colega do trabalho é ajudante do chef. Ele só trabalha porque tem um hobbie em cozinhar, na verdade ele nem precisa porque os pais tem muito dinheiro.

Eu:Oi, seu viado.
O empurrei e terminei de amarrar meu avental, pelos vistos hoje eu teria que ajudar na cozinha e servir às mesas simplesmente porque a princesa Miley decidiu faltar por uma suposta gripe, aposto que foi uma mentira.

Jeremy:Passa lá em casa que eu te mostro quem é o viado!
Disse me fitando maliciosamente.

Eu: Claro e no caminho eu passo a comprar Viagra kkk.

Jeremy:Sua besta!
E desatou a me fazer cócegas.

Eu:Para, seu idiota.

Chefe-Crianças vamos ao trabalho.

Eu, Jeremy: Sim senhor.
Disse sorrindo.

Dirige-me às mesas anotando os pedidos, é um casal de idosos, eu me pergunto como eles conseguiram chegar juntos até agora, será que é por amor ou é mesmo a rotina?
Mas isso não é da minha conta.

Eu: Está bem, o vosso pedido não vai demorar.

E me dirigi á outra mesa.

Eu:Bom dia, me chamo Ammy e estou aqui para vos atender, o que desejam?

Ah com certeza tenho que mostrar um sorriso de Coringa como fui orientada, e a senhora de loiro com uma criança ao lado, começou a dizer que queria:
-Uma omelete....

Anotei o seu pedido até que parei de ouvir e me concentrei no homem que adentrou no restaurante, ele é alto, branco, tem um porte atlético, eu diria que practica natação porque não é muito musculoso nem muito magro mas é elegante, e bonito seria um insulto á sua pessoa porque ele é simplesmente perfeito, exalta autoridade e confiança.
Saí do meu desvaneio com a criança puxando o meu uniforme.

Eu: Desculpa, por repetir.
Anotei o seu pedido e com passos hesitantes me aproximei da mesa do homem de preto, fui assim que eu apelidei kkk, por causa do terno.

Eu:Bom dia senhor, o que vai desejar?
O homem me encarou e eu fiz o mesmo, não quero que pense que sou uma medricas, mas na verdade se eu fosse branca com certeza estaria corada, o encaro com mesma intensidade e posso ver a cor dos seus olhos, são cinzas sem expressão nenhuma e seu maxilar quadrado, sem barba, sinto minhas pernas tremerem, porque me sinto tímida e talvez medo?

Suspiro e com a pouca coragem que me resta, decido perguntar denovo:
-O que o senhor vai pedir?

-Senhor Cavill, é uma hora tê-lo no meu restaurante.
(Levei um susto, parece que não percebi meu chefe vindo)
E porque meu chefe está o chamado de senhor sendo ele mais velho que esse homem, hm. Notando que eu estou aí, meu chefe se vira e diz:

-Pode ir Ammy, eu cuido dele.
Eu consegui fazer minhas pernas se moverem, por um momento pensei que não ia conseguir andar. Mas dei á volta e me dirigi á cozinha.
Tentando não pensar muito no homem de preto, decidi me ocupar com outros afazeres.

Eu não consigo parar de olhar pra ele, mesmo disfarçando a anotar os pedidos, mas na verdade estou prestando atenção em cada movimento seu, por exemplo como os bíceps se mexem a cada vez que ele leva a xícara de café á sua boca, e quando seus lábios tocam a borda da xícara, ah meu Deus estou tendo pensamentos pecaminosos com esse homem e olha que eu sou santa.

Quando me aproximo pra limpar a sua mesa, eu tento fazer parar minhas mãos de tremerem e me manter normal.

Cavill: Então Ammy!

Eu paraliso quando ouço sua voz rouca e me pergunto como ele sabe meu nome, até que me dou conta do crachá em meu uniforme, sou mesmo tola.

Eu miro no seu rosto, tentando encarar suas esferas azuis  e o deixo
prosseguir.

Cavill: Quantos anos você tem?
Eu: O suficiente para tomar conta da minha vida.

Espero que ele tenha percebido minha indirecta e me deixe em paz, tento procurar uma expressão de raiva oh indignação no seu rosto mas ele continua impassível.

Cavill: Será um prazer domar você.

Só percebi que prendia a respiração quando ele se levantou.