Cutucando á Fera

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Hoje está tudo um tédio, só falta eu dormir nessa aula, tem grupos fazendo apresentações e meu olhos pesam de sono.
Já que o Henry viajou, me deixou com um motorista de confiança pra me deixar e levar, estou me sentindo até sufocada.
Mesmo que o mesmo tenha me comprando dois carros, eu ainda não posso usar, porque preciso tirar uma carta de condução.
Bocejo mais uma vez lutando contra o sono.

-Psiu!
Lolita-O que acha de escaparmos dessa aula?
Diz sussurrando

Ammy-Como assim? Você sabe que tenho um cão de guarda, o cara vai estar me esperando assim que o sinal bater.

Lolita-Mas e se eu te deixar antes do sinal bater?

Dou um sorriso travesso.

Parece uma boate, espera uma boate e ao mesmo tempo uma lanchonete, só que dentro está escuro, como se não estivesse de dia fora.
Me sinto eléctrica, gostando da sensação.
Vou á pista de dança, e mexo meu corpo conforme á música, não me importo em passar vexame, porque estou pouco me fodendo pra todo mundo, parece que aquela bebida está fazendo efeito em mim, minha cabeça está girando e minhas vistas estão turvas.
Acho que só estou de pé pelo facto de ter comido, eu encontrei um hambúrguer nessa boate ou lanchonete sei lá, se o Henry soubesse que comi besteira ia me matar, parece que ele gosta de ter controle de tudo sobre mim , até á minha alimentação.

Já faz uns três dias que á Lolita me leva pra lá, e todas às vezes conseguimos chegar antes do sinal bater e claro eu adoro cada refeição que tem lá, que já nem consigo almoçar.

Hoje é mais um dos dias que estou aqui, dessa vez acho que bebi demais, não consigo parar de rir e parece que á Lolita também, porque está rindo que nem uma doida pra mim, e mexendo seu corpo ao som da música, eu estou meio desongaçada mas estou bem.
Fecho meus olhos me deixando levar pela sensação de euforia, até que sinto algo molhado tocando meus lábios, oh são os lábios da Lolita, em transe é assim que estou, tento me afastar, mas parece que meu braço tem chumbo neles, até que ela se afasta e sorri sapeca, á olho séria, bem acho que estou vendo coisas porque aquele cara lá na ponta parece o Henry furioso vindo na minha direcção.
Oh o Henry furioso, tento me beliscar pra ver se acordo, mas á sua miragem ainda está lá, cambaleando pra trás tento fugir dele, mas caio de bunda no chão, ainda bem que vesti uma calça.

Ele me segura forte, e me carrega no seu colo, sinto seu cheiro delicioso e esses braços fortes me carregando, porra meu corpo reage, mas quando olho seu rosto, ele me dá um olhar mortal, não está lá aquele olhar indecifrável mas sim um Henry bem puto.

- A Lola, ela...
Falo preocupada porque ela está bebâda e sozinha.

Henry- Quieta!

No carro paira um silêncio meio tenebroso, seus dedos pressionam o volante, vislumbrando suas lindas veias.
E eu ainda estou processando o que aconteceu, á Lolita é lésbica?
Ela realmente me beijou?Levo meus dedos aos meus lábios tocando de leve e em seguida ouço um rosnado do Henry, viro de lado e ele saí do carro, só pra me tirar do carro com brutalidade.
O homem está uma fera, anda de um lado pra outro banguçando seu lindo cabelo.

-Amor, ela é só uma amiga, ela só estava bebâda e...

-Calada!
Diz atirando um vaso á parede.
E me mantenho quieta.

-Uma amiga que está louca pra te chupar?Hã?Me diz porra.
E às lágrimas insistem em cair dos meus olhos, isso que dá em ser sensível.

Henry -Ah não, não vai chorar, eu nem fiz nada, ainda!.
Diz me dando medo.

-Quando eu desci daquele jato á primeira coisa que queria fazer é ver você, e então eu vou até á sua faculdade e o que eu descubro, que á minha cadelinha vem matando aulas á dias e que você nem estava na faculdade, faz dias que não almoça em casa.
E quando te encontro, é com á porra de uma língua enfiada na sua boca.

Ammy- Eu sei, mas ela é só uma mulher, não justifica eu sei, mas não é como se fosse á porra de um homem com a língua enfiada na minha garganta.
Digo gritando.

Henry -Não importa o gênero, porque ela tocou no que é meu porra.(Diz gritando)
-Venha!

Eu o sigo até ao quarto.

- Tira á roupa e vá ao banheiro.
Ok acho melhor seguir às instruções se não quiser cutucar mas á fera.
Sigo até ao banheiro, o esperando.
O mesmo volta como uma garrafa de Whisky e me encara sobre o espelho.

Vira meu rosto com força, apertando meu maxiliar e coloca seu nariz perto da boca, como se estivesse inspirando o cheiro.

-Você bebeu, mas uma merda na sua lista. Beba isso e cospe.
( Diz me passando á garrafa de whisky)

Dou um gole e cuspo.

-Novamente.
Repito o processo e o mesmo arranca á garrafa da minha mão.

-Ajoelha!
O encaro confusa.

-Agora.
E assim faço.
-Levanta á cabeça.
Despeja o líquido sobre meu rosto, e tento me virar.

Henry -Fica quieta! Agora quero que lave sua boca com essa bebida, quero que tire cada vestígio dela sobre você ou prefira que eu faça isso?

Passo minha mão sobre á minha boca, esfregando ali enquanto o mesmo continua despejando o líquido sobre mim.

- Esfrega com mais força.
O olho torto.
O mesmo se agacha com uma escova nos dedos e esfrega á escova fortemente sobre meus lábios, e isso dói pra caralho, segura meu rosto fortemente sem me deixar se mexer, á escova causa um atrito doloroso sobre meus lábios, mas ele parece não se importar.
Quando termina meus lábios estão em carne viva e sensíveis.
Sinto sua respiração no meu rosto e me beija, mas seu beijo é agressivo e bruto, como se quisesse me punir, gemo de dor por sua brutalidade e me pune mordendo meus lábios.

Henry -Você é minha!
Diz mais pra si mesmo, perdido no seu mundo sádico e com os lábios sobre os meus.

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