A Saga das Três Irmãs - Capítulo 34

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A carruagem do sol parou no céu enquanto os pelotões encaravam as irmãs. Após um curto tempo de aflição, o frágil silêncio entre os combatentes se quebrou.

Um espertinho do pelotão à esquerda disparou uma flecha. A ponta seguia direto para a testa de Jorun, mas seu vigor interminável manteve o escudo levantado. Bastou subi-lo só mais um pouquinho e segurar o disparo.

Quase no mesmo instante, uma lança foi arremessada do pelotão à direita, com a trajetória marcada no peito de Ingrid. A caçadora apanhou o dardo com a mão esquerda, rodopiou a haste e jogou-o de volta no agressor. Dessa vez, o sujeito teve sorte, mas saiu da linha com o escudo danificado.

O pelotão do meio não resistiu à ação. Os rapazes levantaram seus escudos e marcharam alguns passos à frente. No entanto, Halthora cortou o ar com sua adaga, de modo que um raio violeta raspasse no chão. Uma grande risca queimada apareceu a meio metro dos guerreiros.

"Voltem para a cidade e deixem-nos entrar! Se tentarem nos ferir, vão se tornar esqueletos."

"Vocês três não assustam!" — respondeu Folke — "Podem matar muitos de nós, mas alguns vão alcançá-las e derrubá-las. De um jeito ou de outro, voltaremos felizes para casa, ainda que seja para a casa dos nossos ancestrais."

Jorun o observou mexer a arma enquanto falava. Assim que terminou, ela se deu conta de algo estranho.

"Wow! O que está fazendo com minha lança?"

Dava para ver em Folke o rosto da incerteza, mesmo de onde estavam. Ele olhou para um lado e para o outro, até que um dos guerreiros entendeu. O líder se inclinou para ouvi-lo.

"Senhor, ela está falando da lança que o senhor está usando agora."

"Essa lança não pode ser sua, mulher! Foi um presente do príncipe para o jarl, que me confiou em gratidão aos meus bons serviços prestados."

"O príncipe lhes deu um presente e vocês retribuem aprisionando o rapaz?" — indagou Halthora — "Que tipo de homens são vocês?"

"Nossas casas são inimigas há gerações... Nada que valha a pena explicar a simples camponesas."

"A lança veio do arsenal da Jorun" — garantiu Ingrid — "Estava com um dos guardas de Örebro. Quer que eu a pegue de volta, irmã?"


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"Tenho uma ideia melhor. Escute, homem de amarelo! Nós não viemos aqui para acabar com a sua cidade. Ao contrário, viemos em paz, para unir forças contra o mesmo inimigo. Se nos deixar entrar, posso criar uma bela armadura, assim poderá lutar mais protegido."

"Ah, Jorun, você sempre vê flores em tudo..."

A caçadora olhou com um sorriso espertalhão para as irmãs, mas elas permaneceram sérias. Do outro lado, um dos guerreiros dizia algumas palavras a Folke. O homem de amarelo se inclinou outra vez, mas logo se endireitou na sela, com um sorriso no rosto.

Möjrakitan - A Saga das Três IrmãsOnde histórias criam vida. Descubra agora