𝐴𝑝𝑟𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑎𝑚𝑎𝑟 - 𝐾𝐴𝑇𝑆𝑈𝐾𝐼 𝑋 𝑂𝐶 𝐹𝐸𝑀. 𝑋 𝐼𝑍𝑈𝐾𝑈

17: 𝚃𝚛𝚒𝚋𝚞𝚗𝚊𝚕

[ BELIEL POV'S ]
Han Jun

Assim que Hannya encerrou a ligação, deixei o celular na mesa e rodei em minha cadeira giratória, olhando o movimento da cidade pela enorme janela de vidro.

Ouvi três batidas na porta, chamando minha atenção.

( Han Jun ): Entre. — me girei novamente em minha cadeira, ficando de frente para a porta.

( ? ): Com licença, senhor Grey.

( Han Jun ): O que deseja, Miguel?

Miguel é meu secretário pessoal, sendo também meu melhor amigo. Corrigindo, era melhor amigo do verdadeiro Han Jun, então tenho que fingir ser próximo dele.

( Miguel ): A senhorita Collins chegou.

( Han Jun ): Mande-a entrar.

( Miguel ): Sim, senhor. — se curvou e saiu.

Apesar de sermos "melhores amigos", na empresa agimos como profissionais.

( Han Jun ): Que saco. — bati os dedos impacientemente na mesa.

Não é nem oito horas da manhã e vou ter que ver aquela fubanga com a cara toda rebocada, beijar aquela boca horrorosa e fedendo de tanto mau hálito.

Respirei fundo e joguei a cabeça para trás com os olhos fechados.

A porta foi aberta e logo pude ouvir o som de seu salto alto. Suspirei e a encarei com meu melhor sorriso falso.

( Han Jun ): Oi, meu amor.

( Lucy ): Bom dia, querido.

A loira andou até mim. Me virei para o lado, ficando de frente para ela, que sentou no meu colo e me deu um beijo.

Afastei nossos rostos e depositei um beijo em seu pescoço nu.

( Lucy ): Você conversou com aquela garota, né?

( Han Jun ): Sim.

( Lucy ): E fez o que eu pedi?

( Han Jun ): Claro. A ameacei e mandei ela e os heróis manterem distância de nós. — menti.

( Lucy ): Bom garoto. — me deu um selinho.

Acaba pelo amor de Lúcifer.

( Lucy ): Eu estava pensando... Vamos ter um filho?

( Han Jun ): Oi? — sorri desacreditado.

( Lucy ): Vamos nos casar, então por que não ter um filho?

Mentirosa igual um demônio, ela tem mesmo que ir para o inferno.

( Han Jun ): Claro, vamos fazer um filho. — sorri maliciosamente.

( Lucy ): Sério?

( Han Jun ): Claro. Mas vamos tentar depois do seu julgamento, que aí não vamos ter que nos preocupar com isso.

( Lucy ): Você não sabe o quanto te amo! — encheu meu rosto de beijinhos, e eu sorri sarcasticamente.

Interesseira até demais. Bem, não é como se eu fosse fazer esse filho, já que depois do julgamento ela vai morrer.

Estou ansioso para isso.

[ . . . ]

Logo chegou a hora do tribunal. Já faz um tempo que começou, então já está chegando ao final do julgamento.

( Advogado ): Por isso chamo a última testemunha, Han Jun Grey.

Me levanto de onde estou e me direciono para a cadeira da testemunha.