Pupila Dilatar -João Neves e Margarida Corceiro

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Margarida 🌼 on

Eu não acredito nisto, agora que estava tudo a correr bem.
Andava pelas ruas a chorar, eu amo-o muito.
Aquele rapaz fez-me sentir que só posso viver se ele mesmo viver.
E agora, não vou saber como está, onde...

Andava perdida pelas ruas no Mato.
A ouvir música nos meus AirPods.
Neste momento passava a música "última carta" estou a me identificar com ela.

Eu tenho, tenho saudades
Mas não chegam por isso deixei
Eu sei que não perguntaste
Mas só queria dizer que estou bem

Tu foste atrás da perfeição
Mas acabaste por não encontrar
Embora eu saiba que acabou
Ainda te quero perguntar

Será que ainda me pões em primeiro
Será que ainda pensas em mim
Não sei, mas de que é que adianta
Se esta vai ser a última carta para ti

Eu tenho montes de frases
E todas ficaram por dizer
Só queria dizer que são fases
Mas ia estar a mentir

Tu foste atrás da perfeição
Mas acabaste por não encontrar
Embora eu saiba que acabou
Ainda te quero perguntar

Será que ainda me pões em primeiro
Será que ainda pensas em mim
Não sei, mas de que é que adianta
Se esta vai ser a última carta para ti

Tudo tem um fim
E eu pensei que tu eras a excepção
E esperei por ti
Até me aparecer esta canção

Será que foi verdadeiro
Será que ainda choras por mim
Não sei mas ficou assim branca
Esta página solta que eu sem pensar te escrevi

E as mensagens já falam por si
Esta é a última carta para ti

Na verdade, a Bárbara é minha amiga, muitos ficaram admirados quando ela postou um story comigo.
Onde eu conduzia ao seu lado.

Liguei a kika, precisava dela.

Kika - ligação 📞

-aloo Margarida- respondeu ela quando atendeu, mas não consigo responder, estou a ter uma das minhas crise antigas.

-Margarida está a ter crises de novo-pergunta ela preocupada- diz-me onde estas, como te sentes?

-eu estou meio tonta.. E estou ao pé de ervas.

-envia-me localização rápido

-vou tentar..-digo contaminada de soluços altos e profundos, arranhando a minha garganta.

-de onde saíste para ir parar aí? -oiço um carro a trabalhar, era o dela, a mesma começou a conduzir

- Da casa do.... - não consegui falar o nome dele.

O som ao redor foi se transformando em um zumbido grave, abafado, como se o mundo estivesse se distanciando lentamente.

O coração batia forte, mas a sensação de fraqueza tomava conta de cada músculo, que começava a ceder.

As pernas ficaram pesadas e instáveis. Um calor inesperado subiu pelo corpo, seguido de um frio arrepiante.
A pele ficou úmida e pegajosa, e o ar parecia denso, quase impossível de puxar para dentro.

O chão se aproximou, ou talvez fosse o corpo que descia até ele.
Não dava para ter certeza.
Em um último instante de consciência, o pensamento tentava agarrar-se a algo

Simples e rápido

Apago...

Kika 🍁 on

Estava preocupada com a Margarida, ela me ligou tendo uma das suas crises de ansiedade, a mesma já não as tinha a algum tempo.

A mesma disse antes de desmaiar.
Que tinha saído da casa de alguém.
Preciso de descobrir esse alguém mas que burrinha que sou.
Óbvio que é do neves.
Estou com uma raiva profunda dele

Vou em direção à localização, onde a desmaiada me mandou.

Saio do veículo, e chamo-a, pode ser que já esteja acordada.

Margarida

repito várias e várias vezes não vendo ninguém, nem nenhum som.

Saio desse local corro pro carro e vou em direção à casa do tal.

-neves abre a porra da porta.-grito, quase que me apetece partir-lhe a porta.

-já vai-responde ele dentro de sua moradia