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BIA POINT VIEW:

Minha mulher.

Essas palavras ecoam em minha mente pelo resto do dia. Não são muitas, mas dizem o que eu sou para ele. Definitivamente foram as melhores que ele poderia dizer. Mesmo que sejam apenas duas, são as que me definem perfeitamente. É assim que ele me ve.

— Ah, quase que eu me esqueço. — Kgeyama diz entusiasmado, nos fazendo parar em frente ao ginásio. — O Hinata tá gostando da Yachi. — Ele como se fosse um grande segredo entre sussurros, como se fosse uma confidencia.

— É pra mim fingir surpresa? — Digo em meio aos risos.

— Como você sabia? — Ele pisca confuso. —Ele já tinha te contado? — A euforia começa a deixá-lo, sua expressão é pura curiosidade, parecendo meio perdido. Esse é o tipo de coisa que só ele demoraria para perceber.

— Você é lerdinho, né? — Digo levantando uma sombrancelha com sarcasmo, ele solta um falso bico de irritação e começamos a ri juntos, sentindo o clima leve do momento.

— Mas como você soube?

— Eu sempre soube, é só ver o jeito que ele olha pra ela. — Digo com simplicidade, observando o rosto dele enquanto sua expressão confusa muda ainda mais. — E Yachi também gosta dele.

— O que!? — Exclama com os olhos arregalados, como se fosse uma confissão. Tapo a sua boca com a minha mão, quase mplorando para ele ficar quieto, seu grito atrai o olhar de alguns alunos quer estavam em volta.

— Sh... — Levanto o dedo pedindo para ele ficar quieto, o mesmo olha para a minha mão em seus lábios. Ele me observa por um segundo antes de me pegar desprevenida. O mesmo a pega e depositando um beijo suave no dorso de minha mão, enquanto seus olhos encontram os meus.

Esse garoto... Me fascina.

Revirou os olhos e solto um sorriso que ele retribui de forma discreta

— Você vai lá em casa mais tarde? — Pergunto de forma casual enquanto entrelaço nossas mãos e as fico balançando de um lado para o outro.

— É claro. — Seu corpo começa a se inclinar levemente em direção ao meu, e quando percebo, estou fazendo o mesmo, como se fossemos atraídos um pelo outro por uma forma silenciosa. Nossos olhares se cruzam por um segundo mas logo se quebram quando seus olhos encontram meus lábios, fecho os olhos com a esperança de levar um beijo seu. Mas sinto o toque suave em minha bochecha.

— Tem gente olhando, princesa. — Ele sussurra em meu ouvido, com um tom provocador mas também carinhosa. Adoro seus sussuros, são limpos, sem malícia nem pretensões, apenas a mesma paixão que compartilhamos um pelo outro. Sinto minhas bochechas esquentarem, ele está certo, tem algumas pessoas em volta. E eu havia me esquecido que ele não gosta de contato físico em público. Mas como foi ele quem começou, eu apenas continuei.

[...]

O treino em si até que foi bom, para as outras garotas, não para mim. O treinador não me permitiu fazer levantamento durante os treinos, disse que é como se fosse uma política da escola. Mas não é por causa disso que eu ficaria sem treinar. Pedi para ele arrastar o banco encostado na parede para mim, pego uma bola e começo a joga-la na parede em diferentes ângulos e velocidades. Também consegui treinar meus cortes, as recepções foram um pouco complicadas e complexas por estar sentada no banco.

Na hora em que as garotas iam jogar entre si, fiquei as observando atentamente, estudando cada movimento. Uma coisa que eu não fazia antes, por conta da euforia dentro da quadra mesmo que em treinos pequenos. Minha presença ali parece estar incomodando o treinador. Não exatamente incomodando, ele sabe que eu quero estar em quadra, mesmo que isso signifique outra lesão.

O Olhar Do Oceano Sobre Mim -Kageyama TobioOnde histórias criam vida. Descubra agora