QUARTA-FEIRA 13:32 | ARÁBIA SAUDITA 📌
POV: LUANAJá eram 13:32, e a professora estava nos segurando na sala porque quase ninguém prestava atenção nela enquanto explicava a matéria. Muitos estavam conversando, outros em pé, até que ela perdeu a paciência e anunciou que ninguém sairia na hora. Achei que era blefe, mas aparentemente, ela falava sério.
"A gente te espera, mas você tem que chegar umas 13:50 porque o aeroporto é longe", as palavras do meu pai ecoavam na minha cabeça. Eu não ia conseguir chegar a tempo para me despedir dos meus avós. Olhava para o celular a cada minuto. Já era 13:36.
Da escola até minha casa são uns 20 a 25 minutos. Não vai dar tempo. Eu estava inquieta, enquanto a professora parecia estar totalmente tranquila.
- Vai sair uma fileira de cada vez. Começando daqui - Ela falou, abrindo a porta e apontando para a fileira mais distante da minha. Fiquei quase sem ar ao ouvir isso.
A primeira fileira saiu lentamente, como se estivessem andando em câmera lenta. Minha fileira era a última, e parecia que levaria uma eternidade para chegar a minha vez.
Cada segundo que passava parecia se arrastar. Meus avós estavam prestes a partir para o Brasil, e a ideia de não poder me despedir deles era como deixar uma parte de mim para trás.
A professora chamou a segunda fileira, depois a terceira. Faltava só mais uma até a minha.
- Quarta fileira. - disse ela, e eles se levantaram e saíram. Olhei para o celular: 13:41. Droga, não daria tempo.
- Última fileira pode ir. - finalmente ouvi a frase que mais queria. Saí da sala tão rápido que nem me despedi dos meus amigos.
Cheguei em casa às 14:01. Esperava muito que meus avós ainda estivessem lá; caso contrário, choraria um mês inteiro.
Abri a porta e, para minha surpresa, lá estavam meus avós, ainda terminando de arrumar as malas. Suspirei de alívio.
Minha avó me olhou surpresa, mas logo abriu um sorriso enorme.
- Luana! Achamos que você não ia conseguir chegar! - disse ela, vindo me dar um abraço apertado.
- Eu quase não cheguei! - Respondi, aliviada. - A professora prendeu a turma na sala. Achei que não daria tempo.
Meu avô se aproximou e me abraçou também.
- Nunca iríamos sem nos despedir de você, Lu. - Meu avô falou.
Meu pai apareceu na sala, carregando uma das malas, e sorriu.
- Sabia que você ia dar um jeito. - Disse ele. - Achei bom esperar mais um pouco.
Passei alguns minutos preciosos com meus avós, tentando gravar cada palavra e gesto deles. Eles me deram conselhos, prometeram que iríamos nos ver em breve e me lembraram de quanto me amavam. Quando chegou o momento de irem para o aeroporto, tentei segurar as lágrimas.
- Cuide-se, meu amor - minha avó disse, acariciando meu rosto.
- Prometo - Falei, tentando manter a voz firme.
- Lembre-se de que estamos sempre com você, não importa onde. - Meu avô completou.
Assenti, tentando sorrir, e acenei enquanto eles saíam. Fiquei um tempo ali, sozinha, olhando para a rua vazia, até que voltei para o meu quarto. Tomei um banho e acabei adormecendo.
(...)
Acordei às 16:48 e coloquei o travesseiro sobre a cabeça, tentando afastar a saudade que começava a pesar. Ouvi uma batida na porta.
- Entra! - Exclamei, achando que era meu pai.
A porta se abriu, e tirei o travesseiro dos olhos. Para minha surpresa, vi Bianca entrando, seguida por Heloísa, Dinis, Lucas e Cristiano. Franzi o cenho, surpresa, mas rindo.
- Oi... O que vocês estão fazendo aqui? - Perguntei, rindo.
- Viemos ver como você está e te fazer companhia. - Helo respondeu, sorrindo.
- Você estava dormindo? - perguntou Cristiano, rindo da minha cara amassada.
- Acordei há uns 5 minutos. - Respondi, rindo também.
- Seu pai nos deixou subir, acho que nem ele sabia que você estava dormindo. - Disse Lucas. - Se soubéssemos, não teríamos vindo.
- Sem problemas, gente. - Falei, levantando e arrumando a cama.
- Já volto, fiquem à vontade. - Disse, indo ao banheiro para me recompor.
Voltei e encontrei todos espalhados pelo quarto. Bianca notou um quadro ao lado da minha cama.
- Quem é essa? - Perguntou ela, vendo uma foto minha e da minha mãe no chá revelação da Maya.
- É minha mãe! - Falei, sorrindo. - Foi no chá revelação da Maya.
- Ela é muito bonita. - Comentou Bianca.
POV: CRISTIANO
Dinis, Lucas e Helo estavam discutindo sobre as cores. Já Bianca e Luana falavam sobre a foto no quadro.
- É minha mãe! - Luana disse, sorrindo. - Foi no chá revelação da Maya.
- Ela é muito bonita. - Disse Bianca.
- Quem é Maya? - Perguntei, interessado.
- Minha irmã. Ela ainda não nasceu. - Luana respondeu, olhando a foto.
- Vocês duas são bem parecidas. - comentei, sem perceber que estava falando alto.
Ela sorriu.
- Sempre dizem isso. - Ela disse, ainda sorrindo.
- Você tem mais fotos, Lu? - Perguntou Bianca.
- Tem algumas aqui na parede. - Disse Luana. - Mas as melhores estão no álbum. Vou pegar.
Ela trouxe o álbum e começou a mostrar as fotos, explicando cada uma. Havia uma em que ela estava com os pais em um parque, sorrindo. Parecia um dia perfeito de sol.
(...)
Mais tarde, tentávamos convencê-la a sair para o parque.
- Vamos logo, Luana. - Disse pela milésima vez.
- Já disse que não vou, Cristiano. - Resmungou, se enfiando debaixo das cobertas.
- Vai logo, Luana. - Insistiu Bianca.
- Vai ser divertido. - Helo tentou, sendo pacífica.
- Vai, levanta! - Puxei a coberta dela e segurei sua mão, tentando puxa-lá.
- Eu só quero ficar quentinha no meu cobertor. - Ela resmungou, tentando se cobrir de novo. Nao afroxei o aperto de mão.
- O Cristiano vai te dar um chocolate na volta! - Dinis disse, e eu o olhei indignado.
- Então eu vou! - Luana pulou da cama, soltei a mão dela e ela correu para trocar de roupa.
- Vocês devem achar que sou supermercado. - Falei, bufando.
- Mas funcionou! - Lucas riu.
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Só assim para Luana sair de casa KAKAKAKKAEstão gostando? Mudariam algo?
Bjss❤❤
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Amor em Território Inimigo - Cris Jr
FanficCristiano Júnior é o astro do time de futebol da escola, popular e confiante, sempre acostumado a ser o centro das atenções. Luana, por outro lado, é uma aluna dedicada, inteligente e reservada, focada em tirar as melhores notas. Apesar de viverem e...