CAPÍTULO

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Alicent era uma Targaryen, filha de nome de Aemond Targaryen. Ela havia sido escolhida e acolhida a dedo por sua mãe com um único propósito: Ser uma guerreira e princesa formidável. Por isso, ela aceitou que aquele Alpha esguio e de presença marcante a treinasse.

— Você precisa manter seu pulso firme — ele grunhiu ofegante, sua respiração pesada e seus olhos focados na maneira em  que Alicent movimentava a lâmina cega.

A Alpha concordou com a cabeça e se posicionou com mais firmeza, movimentando a lâmina da maneira que Daemon demonstrou.

Ela não podia negar que sua mãe escolheu um bom Alpha, apesar do homem ser escravo de sua própria ganância e mostrar certa relutância em seguir certas regras, ele se mostrou um bom estrategista e já frequentou mais guerras do que Alicent e Aemond nas cidades livres.

— Aí — o grunhido que ela soltou foi alto quando um corte leve foi feito pela lâmina de Daemon, ela olhou de maneira fulminante para o homem que sorria presunçoso.

— Fique mais atenta — ele instruiu, se colocando ereto e dando sua espada para um cavaleiro que estava por perto. A garota sentiu suas bochechas queimarem pelas risadinhas que ouviu ao redor, pelo visto, ela e Daemon estavam tão focados em seu treino que não perceberam a pequena multidão que os rodeou para observar o treino.

— Isso não foi justo — a garota disse, sentindo uma vontade de bater o pé e bufar, ela sabia que seus lábios estavam contraídos em um bico insatisfeito — Você usou Dark sister enquanto eu estava com uma lâmina cega!

O cavaleiro de Caraxes ergueu os ombros e lançou um olhar inocente para a garota — Seu inimigo dificilmente vai ser justo com você, talvez na próxima, você entenda que pode fazer mais mortes com uma lâmina cega que com uma afiada.

•••

Rhaena estava furiosa.

Alicent, a que se achava Targaryen, a irritava de uma forma tão intensa que a alpha se sentia ao ponto de estourar com a garota. Quem ela pensava que era ? Só porque montava um dragão, que nem ao menos era ligado a ela, e tinha a atenção de seu pai. Ela poderia ser uma Targaryen?

Esse nem era o pior, Vhagar, a dragão de sua mãe e aquela que era de maior desejo de Rhaena estava ligado a Aemond. O omega que carregava as crianças bastardos de seu pai e sua madrasta. Dizer que Rhaena estava furiosa era pouco, ela estava magoada, ferida e submersa em uma dor alucinante. A única coisa que a satisfazia em tudo era o fato do trono de madeira pertencer a ela, e somente a ela.

— Se continuar assim, ficará com a aparência enrugada antes do tempo. — a voz envelhecida de sua avó foi um lance para tira ela de seus pensamentos, a garota ergueu os olhos para a mulher de aparência forte e sorriu de leve. Se não fosse por ela, Rhaena estaria condenada a viver nas sombras como apenas a esposa de Lucerys e não a Lady de Derivarmaca.

— O pai parece ter encontrado um novo brinquedo — ela disse, vendo o sorriso nos lábios enrugados murchar, Rhaenys acenou com a cabeça e se aproximou, passos firmes e postura rígida — Nem mesmo com Baela ele demonstrou tanto interesse, e olha que ela é a garota de seus olhos.

Não era segredo para ninguém que Baela Targaryen era a imagem e semelhança de seu pai, enquanto Rhaena gritava a força marinha de sua mãe. Por muito tempo, a menina pensou que aquele fosse o problema, o fato dela lembrar seu pai de sua mãe. Mas depois que a Alicent apareceu, parecia que a aparência não significava nada realmente para seu pai. Apenas a ganância por alguém de poder maior.

— Seu pai é um homem peculiar — sua avó disse, seus olhos passando pelo quarto de maneira rápida — ele ama você e sua irmã com a mesma intensidade, ele apenas não sabe lidar com suas personalidades. Um defeito que ele tem desde a infância.

A mesma desculpa, Rhaena sabia que sua avó não via seu pai com bons olhos, mas o amor da infância e as lembras de seu nascimento a prendia ao sentimento de proteção e união.

— Eu cresci com ele, era da mesma forma quando crianças. Ele ver algo novo e brilhante e vai atrás, e quando aquilo se apaga, ele simplesmente perde o interesse.

— Então quando os filhos do omega nascer, ele dera um novo brinquedo para se deleitar. — havia certo veneno em suas palavras, e aquilo não pareceu passar despercebido por sua avó.

— Tome cuidado Rhaena — ela disse, um pouco distante e firme — Quando um dragão fraco aparece em meio a família, ela tem tendência a destruir o que está ao redor.

Rhaena olhou confusa para sua avó, observando a maneira que a mulher ergueu um sorriso cheio de dentes.

— Não vá por esse caminho, você pode acabar se queimando no meio do caminho. Mesmo que seja um dragão.

The promised omega - 𝐡𝐨𝐮𝐬𝐞 𝐎𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora