Rhaenyra estava presa em um sonho, essa seria a única explicação aceitável para ela estar vendo a figura potente e de aroma único à sua frente. Aemond Targaryen, seu meio-irmão que até alguns minutos atrás era considerado morto, a olhava com um sorriso largo e um olhar inexpressivo.
— Aemond — ela não reconheceu a voz que ecoou do fundo de sua garganta, era tensa e repleta de um desejo absoluto.
Desejo e sede por marcar o omega não era o que ela esperava em seu reencontro, aquele era seu irmãozinho, filho amado de Alicent e seu pai. Rhaenyra se sentia enojada, e por mais que ela tentasse abafar o aroma intenso de possessividade que emanava dela, ela não conseguiu. E quando ela ergueu seu olhar para Daemon, ela viu que a mesma guerra entre fera e homem estava acontecendo em seu tio, e talvez fosse mais intensa do que a dela.
— Irmã — sua voz era como água em um deserto, e tudo o que Rhaenyra almejava era se deliciar daquele líquido divino. — Estou muito contente por estarmos unidos novamente.
Ela engoliu em seco, pelos deuses, Rhaenyra Targaryen engoliu em seco e não sabia encontrar sua própria voz para responder a delícia em sua frente. Oh, o sangue Targaryen estava peneirado em seu irmão; seus cabelos platinados preços em uma coroa robusta de tranças, a pele pálida, os lábios avermelhados e os olhos índole, tudo gritava o sangue do dragão e isso era o que mais acordava o Alpha na Princesa.
— Sobrinho — a voz de Daemon estava rouca e os cabelos na nuca de Rhaenyra se arrepiaram, ela conhecia aquela voz, era o índice do desejo e o que seu tio estava planejando fazer. — Por todos esses anos, você estava vivo.
Oh, não era aquilo que ela esperava, ela esperava que seu tio o atacasse e o fizesse se submeter. E talvez fosse aquilo que ela quisesse fazer.
— Será que poderíamos caminhar pelo jardim? Acredito que precisamos conversar em particular.
A garota Alicent não pareceu gostar muito da ideia, mas mesmo assim, balançou a cabeça e se afastou do omega. Aemond sorriu de leve, seu vestido de tecido leve rodou quando ele deu as costas e desceu pelas escadas, passando pela multidão que ainda dançava ao redor.
Daemon não perdeu tempo em seguir o omega, andando em passos um pouco apressados para que Rhaenyra pudesse o acompanhar. A Alpha se despediu das três figuras, não perdendo o balançar sutil do quadril largo de Aemond e engolindo a saliva que havia se acumulado em sua boca.
•••
Foi um erro, eles não deveriam ter seguido Aemond até o jardim. Não havia ninguém por perto e o lugar era completamente escuro, sendo iluminado apenas pela luz da lua e das estrelas. A Alpha temia que não pudesse aguentar por muito tempo seu instinto e acabasse atacando o próprio irmão.
Daemon parecia está tão ou mais enlouquecido que ela, sua respiração estava pesada e seus olhos haviam escurecido. Uma parte dela deveria pensar que seu tio nunca a olhou daquele jeito, mas ela seria hipócrita se não estivesse almejando Aemond com mais intensidade que almejava Daemon. Ela queria os dois para si, como seus maridos e Reis.
— Por que ficou tanto tempo fora ? — ela murmurou, sua voz ainda distante e seus olhos desfocados pelo desejo, Aemond havia os levado para o interior do jardim, longe de olhares curiosos. — Por que não voltou ?
— Você sabe o quando tivemos que ouvir os ataques de sua mãe ? As acusações sem fim. — Daemon rosnou, apesar do desejo evidente, havia uma fúria silenciosa. Rhaenyra não se surpreendeu, seu marido guardava grande raiva de Alicent pelas acusações e os rumores que ela espalhou. — Por deuses, uma guerra desnecessária se desencadeou por seu capricho.
Aemond finalmente ergueu os olhos em sua direção, ele os olhava com uma sabedoria que apenas um Senhor de idade longa poderia ter.
— Capricho ? — não havia raiva em suas palavras, apenas um gosto amargo — Eu fui levado, deixado a minha própria sorte com alguém que estava perdido na loucura, fui vendido como um animal para o abate e estuprado dia e noite por alguém insaciável — Rhaenyra engoliu mais uma vez em seco, a sinceridade e a forma inabalável que Aemond dizia aquelas palavras causou angústia em seu interior — Capricho, eu rio de suas palavras. Palavras vazias e sem sabedoria, me reergui das minhas próprias cinzas e renasci como o verdadeiro dragão que sou. Trazendo para esse mundo uma nova era, com filhos pródigos e poderosos. Assim como os deuses almejam.
Daemon inclinou a cabeça e Rhaenyra esbugalhou os olhos em surpresa, ela já tinha ouvido aquelas palavras antes. Em seus sonhos alucinantes de dragões, a bruxa de aparência forte, ela cantava aquelas palavras como um mantra toda vez que levava Rhaenyra para a sala do trono de ferro com os três dragões dançando ao redor.
Vá até ele...
A bruxa a levou até ali, guiou ela em direção a Aemond através de sonhos e profecias enigmáticas. Aemond era aquele que completaria a ligação inquebrável entre ela e Daemon. Rhaenyra suspirou pesadamente quando Aemond virou o corpo completamente para eles, suas mãos pequenas abaixaram de leve a alça única do vestido branco, fazendo os olhos da Alpha dilataram e Daemon rosnar em aviso, seja de prazer ou raiva.
— Por que ? — ela sussurrou — por que não voltou depressa quando conseguiu escapar ?
O sorriso que Aemond ergueu foi sedutor e repleto de dentes, e aquilo acendeu um fogo no interior dos dois Alpha, que deram um paso a frente.
— Os deuses não me permitiriam voltar para os braços de meus pais — ele disse, retirando completamente o vestido e ficando nu. A luz da luz iluminava seu corpo como um santuário, e Rhaenyra só se conseguiu imaginar dentro daquele prazer quente e acolhedor. O aroma de Daemon estava tão forte e sedento como o dele — Sem antes levar algo junto comigo.
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The promised omega - 𝐡𝐨𝐮𝐬𝐞 𝐎𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧𝐬
Romance|A| 𝙝𝙤𝙪𝙨𝙚 𝙊𝙛 𝙩𝙝𝙚 𝙙𝙧𝙖𝙜𝙤𝙣𝙨 𝙛𝙖𝙣𝙛𝙞𝙘𝙩𝙞𝙤𝙣 ⤻ 𝐀𝐄𝐌𝐎𝐍𝐃 𝐓𝐀𝐑𝐆𝐀𝐑𝐘𝐄𝐍 era o primeiro ômega nascido em uma família repleta de alphas e betas, o filho favorito de sua mãe e de seu pai. O mais belo de todo o mundo, assim como...