CAPÍTULO

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Aemond a muito tempo havia desistido de fugir, suas últimas tentativas custaram muito e ele não estava disposto a sofrer mais torturas para o prazer de seu Senhor, Lorde Jory, um dos homens responsáveis por tirá-lo de sua família. O príncipe perdido lembrava como havia sido tirado de sua cama na calada da noite, tendo metade de seu rosto cortado de forma asquerosa.

"Um acidente lamentável"

Um dos homens havia dito, olhando para o rosto ensanguentado de Aemond. Ele não temia pela vida do príncipe, ele temia pela dele por saber que se o jovem dragão morresse, ele não viveria por muito tempo. Era um mero comerciante de escravos, um cavaleiro desertado e Lorde Jory era a reencarnação do mal e não excitaria em matar pelo jovem.

Felizmente, o ferimento não foi profundo e por pouco o príncipe não perdeu um dos olhos. Mas como pagamento por aquele descuido, Lorde Jory arrancou os dois olhos do homem, assim o cegando para sempre. Não por amor ou zelo pelo menino, mas por desejo e ambição. Ele não aceitou outro ter marcado o garoto que não fosse ele.

•••

Lorde Jory — o sem casa nenhuma em seu nome — adentrou no aposento de Aemond com um vestido púrpura nas mãos, seus longos cabelos negros se movimentando de acordo com seu passo determinado. O omega odiava a forma que Jory, o bastardo de olhos violetas, entrava nos lugares como se pertecenssem a ele.

— Meu amado Ae, animado para o dia de hoje ? — ele disse com uma falsa simpatia, sua testa franzida e sua boca curvada em um sorriso de tubarão. Ele ergueu o vestido para Aemond ver — Use isso, é um presente. — ele disse.

— Um presente ? — Jory nunca o presenteava, a não ser que fosse para exigir coisas em troca. E na maioria das vezes, sua exigência sempre resultava em Aemond implorando para não o fazer.

— Sim, Magíster Orion o encomendou para você — Jory parecia parcialmente estar de bom humor, o que não se sabia se era algo bom ou não. — a cor realçara o violeta dos seus olhos. E você também terá ouro e jóias de todo tipo. Orion prometeu, essa noite você deverá se parecer como um príncipe.

Eu sou um príncipe omega, filho único omega do Rei dos Sete Reinos. Aemond queria dizer, desafiar Jory sem medo.

Aemond suspirou — Ele nunca nos deu nada, por que agora ?

Jory pareceu considerar antes de erguer um sorriso e estufar o peito — Ele é um homem sábio, ele sente que minha glória está próxima. E logo sentarei no trono que me foi usurpado por Viserys.

Bastardo, o trono não o aceitara!

— Certamente que sim — ele se obrigou a dizer, seu estômago embrulhado e sua boca erguida em um sorriso forçado
— É você estará ao meu lado como minha puta. Não se preocupe querida, eu o pegaria como esposa se o selvagem não tivesse enchido você com seus filhotes.

•••

Aemond não sabia dizer se seu casamento estava indo bem ou ruim. A cerimônia havia se iniciado na madrugada e prosseguiu até o crepúsculo, um dia que parecia não ter fim de bebida, comida e luta. Aemond não sabia se era assim que casamentos deveriam ser, algo bárbaro em sua opinião. Já haviam acontecido três mortes e ninguém parecia realmente se importar com isso. Pelo contrário, quando a primeira luta começou, seu marido Khal, parecia ter entrado em êxtase. Gritando e gargalhando alto para aquela coisa horrenda na sua frente. Ele e seus homens gritaram alto quando uma cabeça rolou, e Aemond se segurou para não colocar o pouco de vinho que havia bebido para fora.

The promised omega - 𝐡𝐨𝐮𝐬𝐞 𝐎𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora