The promised omega - 𝐡𝐨𝐮𝐬𝐞 𝐎𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧𝐬

CAPÍTULO

— O mar Dotharaki — Disse Sor Jorah ao puxar as rédeas do cavalo e parar ao seu lado no topo da colina. Aemond acenou com a cabeça, seus olhos capturando cada detalhe da planície imensa e verde. Um belo mar.

— É muito bonito — sua voz estava baixa, quase tão silenciosa que Jorah pensou ser um sopro de vento. Os olhos de cavaleiro desertado estavam fixos no garoto de cabelos loiros, o rosto do príncipe mostrava como havia sido sua primeira experiência de cama, seu coração doeu pelo Príncipe.

— Fica mais fácil com o tempo, meu Príncipe — o cavaleiro disse, um sorriso gentil se erguendo em seus lábios. Aemond se sentiu arrepiar com o sugestão que haveria mais o aguardando no futuro. Sua primeira cerimônia de cama não havia sido tão ruim, mas o medo impregnado em seu ser fez tudo passar como um borrão doloroso. Apesar dele ainda se lembrar dos sussurros gentis e mãos pacíficas tentando acalma-lo

— É Khaleesi agora — sua voz soou mais dura do que gostaria, mas ele não se deixou abalar enquanto apertava as rédeas do cavalo de pelagem branca. Um presente de Khal para firmar seu casamento.

— De fato, Khaleesi.

•••

Aemond havia desistido de contar o tempo em que estavam naquele pequeno acampamento, seu humor estava ligeiramente inclinado para o cinza, ele não suportava mais a ideia e nem tinha estômago para comer aquela carne seca e os legumes duros que era servido. Sem dizer as longas noites em que Khal achava satisfatório e sensato, se entrelaça em sua cama.

Não era nada como nos livros em que lia na imensa sala de leitura de Magíster Orion, Khal vinha na escuridão de sua tenda e o acordava para montá-lo como um cavalo insaciável, possuía-o sempre por trás. A moda Dotharaki, como Jory, gostava de dizer sempre que via Aemond caminhando lentamente nas manhas. Por um lado, Aemond se sentia grato por isso, assim o seu marido não conseguia ver seu rosto contorcido ou seus gemidos de dor que eram abafados pela almofada. Quando tudo acabava, Khal fechava os olhos e começava a ressonar satisfeito, e Aemond se deitava ao seu lado com o corpo dolorido e o rosto coberto de lágrimas.

Uma noite, Aemond sentiu que não aguentaria passar por aquilo por tanto tempo. Ele preferia morrer do que continuar tendo Khal dentro de si...mas, novamente, os deuses pareciam não gostar daquela ideia tanto quando ele. Na mesma noite ele deve um sonho de dragão, algo perverso e repleto de gelo e calor.

E no dia seguinte, parecia que a ideia de sua morte não era tão interessante como antes. Sua aparência e humor até haviam melhorado, algo naquele sonho havia acendido algo dentro de Aemond, suas servas pareciam perceber isso, pois cantarolavam de maneira feliz ao seu redor. Alicent parecia a mais animada pela sua mudança de humor, a garota era uma verdadeira empática, quando via que seu Senhor Omega estava entristecido, se juntava na tristeza junto com ele e fazia companhia em sua melancolia, mas naqueles raros momentos de bom humor. Ela se sentava aos seus pés e contava histórias de seu antigo lar enquanto admirava os ovos de dragões na lareira improvisada.

— Eles parecem maiores, Khaleesi. — a garota disse, seus olhos fixos nas criptas de fogo ao redor dos ovos, enquanto tinha seu cabelo ruivo trançado pelos dedos gentis do Omega.

— Meu pai uma vez me disse que o fogo alimentava o ovo, fazia crescer e se tornar forte o suficiente para o dragão sair do ninho. — Aemond disse, seus lábios erguidos em um sorriso gentil. — Mas as vezes, o fogo não é o suficiente, o filhote precisa sentir que seu cavaleiro é forte o suficiente para o alimenta aqui fora.

— E se o cavaleiro não for forte ? — a garota perguntou, virando a cabeça para olhar melhor Aemond. Que a olhava com gentileza e adoração.

— Então o dragão não sai do ninho e o ovo endurece.

— Parece cruel — Alicent disse, voltando para a  melhor posição para que Aemond continuasse sua trança. — Um não Targaryen consegue alimentar o fogo ?

— Talvez — Aemond deu de ombros — O que vale é sua alma valente.

•••

Aquela não estava sendo uma boa manhã, Aemond sentiu o embrulho em seu estômago aumentar enquanto engoli o vinho com desgosto. Seu estômago estava sensível, ele havia colocado todo o pequeno almoço para fora, e não ajudou muito o fato de Khal achar sensato o levar mesmo ele estando doente.

Alicent parecia está adquirindo a mesma doença, ou talvez, ela apenas esteja se espelhando nele. Porque a garota parecia tão doente e desanimada que Aemond achou seriamente que ela morreria assim que o sol tocasse no chão. O que só o fez se sentir mais mal ainda.

—  Você gostaria de carne de cabra, minha Khaleesi? — Irri, uma das servas designadas por Jory a segui-lo perguntou, seus olhos castanhos fixos no rosto doente do Omega. — Ela é mais macia comparada a carne que a Khaleesi vem ingerindo nesse tempo, talvez seja melhor para a Senhora.

— Acho que nada consegue se manter em meu estômago — ele disse com antipátia ao pensar na comida — Mas eu agradeço, Irri, acredito que eu só preciso descansar um pouco.

A serva acenou, enquanto continuava a observar Aemond com olhos atentos — Seu sangue não desceu essa lua, minha Khaleesi.

— E nem na lua anterior — Jhiqui forneceu, suas bochechas douradas se erguendo com o sorriso animado de seus lábios. Alicent o olhou com olhos esbugalhados ao entender o que as outras servas estavam insinuando antes de também se animar e balançar a cabeça.

— O que ? — Aemond questionou confuso, seus olhos indo em direção às servas, ele apertou o cálice em suas mãos enquanto sentia o suor frio em suas costas.

— Eu não ficaria surpresa, Khal visita muito sua cama, um filhote provavelmente apareceria a qualquer momento. — Irri disse, satisfeita enquanto observava a pequena elevação no estômago de Aemond. — Precisamos procurar a parteira, ela saberá nos dizer com certeza. Alicent, vá buscar a velha. Vá depressa antes que os homens voltem de sua caçada.

Alicent acenou e saiu depressa, fazendo Aemond se encolher com a falta de suas pequenas mãos confortantes em seu ombro.

Suas mãos foram em direção a seu estômago, um bebê. Aemond se sentia tão desamparado e... infeliz