Capítulo 16 - O Conflito

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Eu não entendia o que estava acontecendo com Lilibeth. Ela havia mudado de repente, e eu não sabia por quê. Nós estávamos trabalhando no jogo há meses, e tudo parecia estar dando certo. Mas agora, ela estava distante, ausente.

- Lilibeth, o que está errado? - perguntei novamente.

- Nada, Hans - respondeu, evitando o meu olhar.

Eu senti uma frustração crescente.

- Não posso continuar assim - disse. - Preciso saber o que está acontecendo.

Lilibeth suspirou.

- É só que... eu não sei se estou pronta para isso - disse.

- Para quê? - perguntei.

- Para ser sua namorada - respondeu.

Eu senti como se tivesse sido atingido por um raio.

- O quê? - disse. - Você disse que queria ser minha namorada.

- Eu sei - disse. - Mas agora não tenho certeza.

Eu não entendia.

- O que mudou? - perguntei.

Lilibeth hesitou.

- Não sei - respondeu.

Eu senti uma raiva crescente.

- Você não pode simplesmente mudar de ideia assim - disse.

Lilibeth olhou para mim, com lágrimas nos olhos.

- Eu sinto muito, Hans - disse.

Eu me levantei e saí da sala, precisando de espaço para pensar.

O que estava acontecendo?

Por que Lilibeth estava fazendo isso?

Eu não sabia o que fazer.

Mas eu sabia que precisava descobrir o que estava errado.
****

Eu caminhei pela sala, tentando processar meus pensamentos.

- Você disse que me amava - disse, voltando-me para Lilibeth. - Disse que queria ser minha namorada. E agora, simplesmente muda de ideia?

Lilibeth olhou para baixo, evitando o meu olhar.

- Eu sinto muito, Hans - repetiu.

- Você sente muito? - disse, minha voz aumentando. - Você não tem ideia do que eu sinto. Do que eu passei quando você disse que me amava.

Lilibeth levantou os olhos, lágrimas neles.

- Eu não queria magoar você - disse.

- Não queria magoar? - disse, minha voz irônica. - Você não pensa no outro, Lilibeth. Só pensa em si mesma.

Lilibeth franziu a testa.

- Isso não é verdade - disse.

- É verdade - disse. - Você diz "Eu te amo" sem pensar. Como se fosse uma frase qualquer.

Lilibeth balançou a cabeça.

- Não é assim - disse.

- É assim - disse. - Você não tem ideia do que significa amar alguém. De se comprometer com alguém.

Lilibeth levantou-se, os olhos brilhando.

- Eu sei que te amo - disse.

- Não - disse. - Você não sabe. Se soubesse, não faria isso comigo.

Lilibeth parou, como se tivesse sido atingida.

- Você não entende - disse.

- Não entendo? - disse. - Não entendo o que? Que você é insensível? Que você não vê o lado do outro?

Eu, Você e LilibethOnde histórias criam vida. Descubra agora