Eu não entendia o que estava acontecendo com Lilibeth. Ela havia mudado de repente, e eu não sabia por quê. Nós estávamos trabalhando no jogo há meses, e tudo parecia estar dando certo. Mas agora, ela estava distante, ausente.
- Lilibeth, o que está errado? - perguntei novamente.
- Nada, Hans - respondeu, evitando o meu olhar.
Eu senti uma frustração crescente.
- Não posso continuar assim - disse. - Preciso saber o que está acontecendo.
Lilibeth suspirou.
- É só que... eu não sei se estou pronta para isso - disse.
- Para quê? - perguntei.
- Para ser sua namorada - respondeu.
Eu senti como se tivesse sido atingido por um raio.
- O quê? - disse. - Você disse que queria ser minha namorada.
- Eu sei - disse. - Mas agora não tenho certeza.
Eu não entendia.
- O que mudou? - perguntei.
Lilibeth hesitou.
- Não sei - respondeu.
Eu senti uma raiva crescente.
- Você não pode simplesmente mudar de ideia assim - disse.
Lilibeth olhou para mim, com lágrimas nos olhos.
- Eu sinto muito, Hans - disse.
Eu me levantei e saí da sala, precisando de espaço para pensar.
O que estava acontecendo?
Por que Lilibeth estava fazendo isso?
Eu não sabia o que fazer.
Mas eu sabia que precisava descobrir o que estava errado.
****Eu caminhei pela sala, tentando processar meus pensamentos.
- Você disse que me amava - disse, voltando-me para Lilibeth. - Disse que queria ser minha namorada. E agora, simplesmente muda de ideia?
Lilibeth olhou para baixo, evitando o meu olhar.
- Eu sinto muito, Hans - repetiu.
- Você sente muito? - disse, minha voz aumentando. - Você não tem ideia do que eu sinto. Do que eu passei quando você disse que me amava.
Lilibeth levantou os olhos, lágrimas neles.
- Eu não queria magoar você - disse.
- Não queria magoar? - disse, minha voz irônica. - Você não pensa no outro, Lilibeth. Só pensa em si mesma.
Lilibeth franziu a testa.
- Isso não é verdade - disse.
- É verdade - disse. - Você diz "Eu te amo" sem pensar. Como se fosse uma frase qualquer.
Lilibeth balançou a cabeça.
- Não é assim - disse.
- É assim - disse. - Você não tem ideia do que significa amar alguém. De se comprometer com alguém.
Lilibeth levantou-se, os olhos brilhando.
- Eu sei que te amo - disse.
- Não - disse. - Você não sabe. Se soubesse, não faria isso comigo.
Lilibeth parou, como se tivesse sido atingida.
- Você não entende - disse.
- Não entendo? - disse. - Não entendo o que? Que você é insensível? Que você não vê o lado do outro?
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Eu, Você e Lilibeth
RomanceNesta comédia romântica auto escrita, Hans Fetmond, um jovem e talentoso Game Designer, consegue sua primeira vaga de emprego na DW Digital World. Ele só não contava com o fato de se apaixonar tão descontroladamente por Lilibeth, sua colega de traba...