Capítulo 17 - A Verdade

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Eu estava caminhando pelo corredor da empresa quando ouvi a voz de Lilibeth vindo da sala de reuniões. Ela estava ao telefone, e sua voz estava cheia de desespero.

- ... eu não sei o que fazer - disse. - Eu sinto que estou presa.

Eu me aproximei da porta, curioso.

- ... eu o encontrei por acaso em uma livraria - continuou. - E desde então, não consigo parar de pensar nele.

Meu coração começou a bater mais rápido.

- ... eu sei que é loucura, mas eu sinto uma conexão com ele que não sinto com Hans.

Eu senti como se tivesse sido atingido por uma bala no meio do meu coração.

- ... eu preciso reencontrá-lo - disse. - Eu preciso saber se ele sente o mesmo.

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo.

Lilibeth estava apaixonada por outro homem.

Ela estava mentindo para mim desde o início.

Eu me senti traído.

Eu me senti usado.

Eu me senti como se não valesse nada.

Eu não sabia o que fazer.

Mas eu sabia que precisava saber mais.

Eu continuei ouvindo, escondido atrás da porta.

- ... eu sei que é arriscado - disse. - Mas eu não posso continuar vivendo assim.

Eu senti uma raiva crescente.

Quem era esse homem?

Por que Lilibeth estava apaixonada por ele?

E por que ela estava mentindo para mim?

Eu precisava descobrir.

Eu precisava saber a verdade.

Eu continuei ouvindo, meu coração batendo mais rápido a cada palavra.

- ... eu vou voltar à livraria - disse Lilibeth. - Eu preciso reencontrá-lo.

Eu senti uma onda de raiva e tristeza.

Como ela podia fazer isso comigo?

Como ela podia mentir para mim assim?

Eu não sabia o que fazer.

Mas eu sabia que precisava confrontá-la.

Eu abri a porta e entrei na sala.

Lilibeth estava sentada, com o telefone ainda na mão.

Ela olhou para mim, surpresa.

- Hans! - disse.

- Quem é ele? - perguntei, minha voz firme.

Lilibeth hesitou.

- Quem é quem? - disse.

- O homem da livraria - disse. - O homem por quem você está apaixonada.

Lilibeth levantou-se, seu rosto pálido.

- Hans, eu... - começou a dizer.

- Não minta para mim - disse. - Eu ouvi tudo.

Lilibeth suspirou.

- Eu sinto muito, Hans - disse. - Eu não queria magoar você.

- Você não queria magoar? - repeti. - Você me usou, Lilibeth. Você me usou para esconder seus verdadeiros sentimentos.

Eu, Você e LilibethOnde histórias criam vida. Descubra agora