Eu havia enviado uma mensagem a Lilibeth combinando de nos encontrarmos a sós. Eu precisava falar com ela sobre meus sentimentos, sobre o que eu sentia antes e sobre o que eu passei a sentir depois.
Quando cheguei ao local combinado, eu a vi sentada em um banco, olhando para o jardim. Ela suspirou de ansiedade ao me ver, como se estivesse esperando por mim há horas.
- Hans - disse ela, sua voz baixa e tensa.
Eu me sentei ao lado dela.
- Lilibeth - disse eu, olhando para ela.
Ela me olhou atenta, seus olhos cheios de expectativa.
- O que você quer falar? - perguntou.
Eu respirei fundo.
- Quero falar sobre meus sentimentos - disse. - Sobre o que eu sentia antes e sobre o que eu sinto agora.
Lilibeth me olhou curiosa, mas também um pouco apreensiva.
- Continue - disse.
Eu respirei fundo novamente.
- Antes, eu sentia que você era tudo para mim - disse. - Eu estava completamente apaixonado por você. Mas agora... agora eu vejo que isso não era amor, era obsessão.
Lilibeth me olhou surpresa, mas não disse nada.
- Eu estava tão preso em você que não via nada mais - continuei. - Mas agora eu vejo que você não é mais a mesma pessoa que eu conhecia.
Lilibeth baixou a cabeça.
- Eu sei que magoei você, Hans - disse. - E sinto muito por isso.
Eu coloquei a mão no seu ombro.
- Não é isso que eu quero ouvir - disse. - Quero que você saiba que eu estou livre agora. Livre do seu fantasma.
Lilibeth me olhou, surpresa.
- Você está dizendo que não me ama mais? - perguntou.
Eu assenti.
- Sim, não mais - disse. - Eu estou pronto para seguir em frente.
Lilibeth me olhou por um longo momento.
- Obrigada por ser honesto comigo, Hans - disse.
Eu sorri.
- Precisava ser - disse. - Agora posso finalmente seguir em frente.
E com isso, eu me levantei e me afastei, sentindo uma sensação de liberdade que nunca havia sentido antes.
****Lilibeth me olhou por um longo momento, como se estivesse tentando entender o que eu havia dito.
- Você está realmente livre? - perguntou.
Eu assenti.
- Sim, estou - disse. - Eu finalmente entendi que não posso continuar preso a isso.
Lilibeth suspirou.
- Eu sinto muito por tudo o que aconteceu - disse. - Eu nunca quis magoar você.
Eu olhei para ela, sentindo uma mistura de emoções.
- Eu sei que não - disse. - Mas o que importa agora é que eu estou seguindo em frente.
- Eu entendo - disse. - Você merece ser feliz.
Eu sorri.
- Obrigado, Lilibeth - disse. - Você também merece.
Nós ficamos em silêncio por um momento.
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Eu, Você e Lilibeth
RomanceNesta comédia romântica auto escrita, Hans Fetmond, um jovem e talentoso Game Designer, consegue sua primeira vaga de emprego na DW Digital World. Ele só não contava com o fato de se apaixonar tão descontroladamente por Lilibeth, sua colega de traba...