19. 𝐓𝐡𝐞 𝐞𝐧𝐝

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COMO SEMPRE O A NOITE DO JANTAR estava em plena animação na mansão do meu pai, com a presença de lendas do rock de todas as gerações

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COMO SEMPRE O A NOITE DO JANTAR estava em plena animação na mansão do meu pai, com a presença de lendas do rock de todas as gerações. A casa estava decorada com luzes suaves, e a trilha sonora mesclava clássicos do rock, o suficiente para criar um ambiente animado, mas ainda permitir conversas.

Eu estou em um vestido longo de veludo preto com detalhes de renda, que se ajustava perfeitamente ao meu corpo. Nos pés, um salto alto preto que acabou dando um toque de atitude, e um colar de prata com um pingente antigo reluzia sob as luzes.

Caminhei pelo salão cumprimentando alguns conhecidos. Steven Tyler brincou sobre como eu tinha crescido rápido demais, e Keith Richards acenou com seu sorriso despreocupado. Ao longe, vi minha mãe, Sharon, segurando uma taça de vinho tinto e rindo de algo que alguém disse. Ela me viu e me lançou um sorriso, eu retribui rezando para parecer sincero.

Eu não queria estar aqui. Cada passo que eu dava naquela sala era como um lembrete constante de que eu ainda estava presa em uma rotina que não queria, uma rotina que só me fazia afundar ainda mais na minha própria mente. Eu não queria fazer quase nada depois da briga com Slash. Os dias se arrastavam, cada hora se esticando até o infinito, e as meias-noites se tornavam minhas tardes, como se o tempo tivesse perdido todo o seu sentido. E, no fundo, eu sabia que isso tudo só acontecia porque eu me envolvi demais. Porque me apaixonei por aquele rockstar gostoso, filho da puta.

Estava ali, mas não completamente. Minha mente estava em outro lugar, perdida em todos os pensamentos que surgiam a cada segundo. Eu tentava focar em algo, mas era como se uma parte de mim estivesse ausente, desconectada da realidade. Mesmo rodeada por pessoas, sentia uma solidão que não dava para ignorar.

Kelly me ajudou muito. Sempre esteve ao meu lado, me apoiando, me fazendo rir quando tudo o que eu queria era chorar. Agradecia a ela do fundo do meu coração, mas ainda havia uma tristeza lá no fundo, uma sensação de vazio que não conseguia explicar. Eu sentia como se, por mais que ela tentasse me fazer sentir melhor, havia algo dentro de mim que não podia ser curado por palavras ou gestos de carinho. Algo que só o tempo - ou talvez algo mais - poderia consertar.

Além disso, eu rezava para que Slash não tivesse a cara de pau de aparecer aqui. Não podia imaginar vê-lo de novo depois de tudo o que aconteceu, especialmente em um lugar como esse. A ideia de encontrá-lo me causava um nó na garganta, mas eu sabia que não podia fugir para sempre. Como sempre, a verdade se fazia presente, e não importa quanto eu tentasse afastá-la, ela estaria ali, esperando por mim, me lembrando de tudo o que eu havia tentado esconder.

Fiquei parada por um momento, encarando o vidro da janela, sem saber muito bem o que esperar de mim mesma. Eu sentia que precisava de um tempo, de um espaço para processar tudo isso, mas ao mesmo tempo, sabia que essa era a última coisa que eu queria: ficar sozinha com meus pensamentos. Porque quando estou sozinha, tudo o que consigo fazer é pensar nele. E o que eu menos queria agora era pensar em Slash.

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