Quem tá na chuva é pra se molhar

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Quem tá na chuva é pra se molhar

Rio de Janeiro, 2015.

POV MARÍLIA

Meu corpo estava estirado na cama, totalmente entregue e à mercê dela. Esse era o nosso combinado: por enquanto, Maraísa faria o que quisesse comigo e eu permaneceria estática, apenas desfrutando daquele momento.

Antes disso, gastamos um bom tempo entre beijos e toques ousados, e só de experimentar os seus beijos quentes e abusados, tive sérios problemas. Agora, pronta para ser sua refém sexual, havia muito medo dentro de mim, pois algo me dizia que o que ia acontecer naquela noite seria arrebatador demais. Além disso, eu também estava presa numa onda de nervosismo, pressa e inquietação.

Já Maraísa, parecia não ter nenhum desses sentimentos, muito menos pressa. Ela fazia tudo com uma calma irritantemente deliciosa. Suas mãos passeavam por toda a minha pele, assim como a sua língua, ambas provocando sensações incríveis e uma vontade que gritava por mais, que gritava para que ela fosse direto ao ponto.

Em certo momento, sua boca e sua língua começaram a trabalhar nos meus seios, mais especificamente nos meus bicos enrijecidos. Sua língua era fodidamente deliciosa, seu ritmo lento e calmo era fodidamente delicioso e enlouquecedor.

Ficamos nisso por um bom tempo, um tempo muito bem gasto. Cada mínima coisinha que ela fazia me atiçava. Cheguei no meu limite e, com muito custo, tentei me segurar. Eu não queria gozar sem que ela me tocasse lá embaixo, eu não ia admitir isso, seria vergonhoso e entregue demais. Mas não consegui, não consegui porque seus toques eram certeiros e excitantes.

Toda aquela lentidão nos seus movimentos criou uma expectativa enorme em mim e foi me fazendo subir aos poucos, até que não aguentei mais e desfaleci, derramando tudo o que havia se formado aqui dentro. Meu corpo todo se contorceu, enquanto minha respiração se perdeu no meio dos meus gemidos. Merda!

Seu sorriso convencido, ao perceber que eu havia atingido o ápice só com a sua brincadeirinha com os meus seios, me irritou, me irritou e me fez bem, tudo ao mesmo tempo.

Felizmente, Maraísa não parou por aí. Logo, sua mão direita desceu até a minha intimidade, que já se encontrava em um estado deplorável, e se perdeu por lá. Com um único dedo, ela começou um movimento lento e curto, delicado e suave, indo pra esquerda e pra direita, pra baixo e pra cima. Nada era feito com pressa ou brutalidade, a fim de acumular expectativa para o meu ápice. Novamente, fui até o limite do prazer e do tesão e desabei naquela cama. Duas vezes. Duas malditas vezes me derramei no seu dedo solitário e extremamente habilidoso.

Por fim, quando Maraísa resolveu dar tudo de si, eu já havia dado tudo de mim e me desfalecido por inteira pra ela e por causa dela. Por isso, pensei que não podia acontecer novamente, não tão intenso como nas vezes anteriores, mas eu estava completamente enganada.

Quando seus dedos me penetraram e sua boca prendeu meu clitóris extremamente sensível, não me censurei mais. Ela me chupava e me lançava olhares sacanas e cheios de malícia. Meu corpo esquentou como o fogo do inferno e, finalmente, parei de guardar todos os meus sons.

Maraísa sabia muito bem o que estava fazendo, ela sabia como me estimular e como me deixar louca. Merda! Ela é fodidamente sexy! Como eu odeio essa mulher! Como eu adoro essa mulher!

Sua boca, combinada com os seus dedos dentro de mim, indo e voltando de modo avassalador, me fizeram gozar de uma maneira extremamente forte, extremamente intensa, sem conseguir conter os espasmos involuntários e violentos do meu corpo.

Eu queria desesperadamente fechar as minhas pernas, me levantar e ir embora, tudo para afastar esse diabo de mulher de perto de mim. No fundo, sempre pensei que conseguiria me segurar quando ficasse à sua mercê, mas eu estava enganada, fodidamente enganada.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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