Não, isso não é uma adaptação de madrasta
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A Família Harrington estava a um fio de acabar, e quando isso acontece, uma mulher entra na vida do pai de S/n, ela só não sabia que. Essa seria a sua mostra grátis do inferno.
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Enquanto me olhava no espelho da penteadeira, ajeitei meu uniforme, admirando o quanto ele me fazia sentir bem. O reflexo devolveu um sorriso confiante enquanto uma avalanche de memórias de Califórnia tomava conta de mim. "Dias intensos", pensei, tentando afastar a nostalgia enquanto descia as escadas.
Ao me aproximar da cozinha, o som de vozes desconhecidas me deixou alerta. Entrei e fui recebida por uma cena inesperada: Camila estava conversando com Normani, uma mulher loira que eu não conhecia, junto com uma criança que parecia animada.
A mulher lançou um olhar na minha direção, e o ar ficou carregado de uma tensão silenciosa. Não nos falávamos a três dias, e a presença de estranhos só tornava a atmosfera mais densa.
— Bom dia — murmurei, mais por educação do que por vontade. Caminhei até a geladeira, pegando uma maçã, enquanto as conversas continuavam ao meu redor.
A criança, com seus olhos grandes e curiosos, me olhou com fascínio.
— Você é uma princesa? Kaki! Ela é igual a Cinderella! — perguntou, sua voz infantil quebrando o gelo e arrancando risadas de todos na sala, exceto de mim. Estranhei aquele apelido, mas entendi que era direcionado a Camila.
Sorri de leve, mas não respondi, focando em dar uma mordida na maçã enquanto lançava um olhar discreto para Camila, ainda desconfiada da situação. Havia algo no ar que não me agradava, mas não era o momento para confrontos.
— Sn, essa é Sofia, minha irmã, e essa é Sinuh, minha mãe — Camila apresentou, mantendo um tom neutro, mas seus olhos revelavam uma surpresa velada com minha presença inesperada.
— Você tem família... — respondi brevemente, mantendo a cordialidade, mas sem realmente engajar na conversa. Havia um subtexto entre mim e Camila que nenhum dos outros parecia perceber.
— Estou indo para a casa da Dinah jogar tênis — anunciei, mais para sair da situação desconfortável do que qualquer outra coisa. Olhei para o canto da cozinha. Vendo ali, uma vela que carregava o número 8. E hoje não era meu aniversário. Oh... é aniversário dela.
Camila apenas assentiu, sem mais palavras. Peguei as chaves do carro e as raquetes, indo em direção a garagem.
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