024. Tem espaço para mais um?

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Rio saiu do quarto, fechando a porta com cuidado para não acordar Agatha, e foi até o quarto de Nick. Ao entrar, encontrou o menino saindo do banheiro, enrolado em uma toalha e com o cabelo ainda molhado. Ele sorriu ao ver Rio.

— Onde está minha outra mamãe? — ele perguntou com curiosidade.

— Ela está descansando, meu pequeno. Teve um dia longo e acabou pegando no sono — respondeu Rio, com um sorriso suave enquanto pegava uma camiseta e um pijama para ajudá-lo a se vestir.

Rio vestiu Nick com cuidado e, juntos, foram até a sala. Lá, ela preparou uma tigela generosa de pipoca, enquanto ele pulava de animação ao lado dela, ansioso para assistir ao desenho favorito. Com a pipoca pronta, eles se sentaram no sofá, e Nick se acomodou ao lado de Rio, sentindo-se seguro e feliz.

Enquanto o desenho rolava na tela, Nick olhou para Rio com uma expressão curiosa.

— A minha mamãe continua sendo boa, não é? — ele perguntou, com a inocência e sinceridade que só as crianças têm.

Rio passou a mão carinhosamente nos cabelos de Nick, respondendo com toda a ternura que sentia.

— Ela sempre foi boa, Nick. Sua mamãe é uma das melhores pessoas que conheço. Ela sentiu muito a sua falta... assim como eu também senti.

Nick sorriu com a resposta e, como se as perguntas dele fossem uma fonte inesgotável de curiosidade, começou a soltar comentários engraçados, imaginando cenários e situações divertidas. Ele perguntou se Agatha já tinha sido uma super-heroína, ou se algum dia ela tinha enfrentado monstros imaginários, como os do desenho. Rio ria das perguntas e entrava na brincadeira, incentivando a imaginação dele e respondendo de forma criativa.

Nick, ainda animado com as perguntas, olhou para Rio com olhos brilhantes.

— Mamãe Rio, você acha que eu também posso ser um herói? — ele perguntou, com um sorriso que demonstrava toda a esperança e coragem de uma criança.

Rio riu e o puxou para mais perto, acariciando seus cabelos.

— Claro que sim, Nick. Heróis não são só aqueles que vestem capas e lutam contra monstros. Às vezes, ser herói é ter coragem de enfrentar os próprios medos e cuidar de quem a gente ama. Você já é um herói, só por ser você mesmo.

Nick sorriu, pensativo, e pegou um punhado de pipoca.

— Você acha que eu consegui ser corajoso todo esse tempo? Porque eu fiquei com saudade… E… foi difícil — ele disse, com uma sinceridade tocante.

Rio olhou para ele com admiração.

— Eu tenho certeza, Nick. Só o fato de você estar aqui agora mostra o quanto você foi corajoso. E sua mãe também foi. Ela nunca desistiu de te encontrar, sabe? Todos os dias, ela lutou para ter você de volta.

Nick ficou em silêncio, refletindo sobre as palavras de Rio. Depois de um tempo, ele ergueu os olhos, com uma expressão de curiosidade misturada com ternura.

— Então, você acha que a mamãe Agatha estava me procurando o tempo todo?

Rio assentiu, com um sorriso suave.

— Sim, meu pequeno. Ela não teve um dia sequer em que não pensou em você, em que não desejou ter você de volta. E agora, vocês estão juntos de novo. Isso é o mais importante.

Nick suspirou, relaxando nos braços de Rio.

— Eu sabia… Sabia que ela viria me buscar. Sempre senti isso, como se ela estivesse bem aqui… — ele apontou para o coração, e Rio sentiu uma pontada de emoção.

— Você é tão especial, Nick — disse ela, abraçando-o com ternura. — Não importa o que aconteça, você sempre será muito amado.

Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, só aproveitando o calor do abraço, enquanto o desenho seguia na tela. Então, Nick ergueu o rosto com um sorriso travesso.

— Mamãe Rio, você acha que eu poderia ensinar a mamãe Agatha a fazer pipoca? — ele perguntou, rindo.

Rio riu alto, balançando a cabeça.

— Ah, seria ótimo! Quem sabe você até vira o chef da casa, não é? Acredito que sua mãe iria adorar aprender com você.

Agatha desceu as escadas em silêncio, com um sorriso suave. Agora vestida em uma roupa confortável, ela parou por um momento ao pé da escada, observando a cena à sua frente: Rio estava abraçada com Nick no sofá, ambos envolvidos em uma conversa leve e cheia de risadas. O coração de Agatha se apertou, preenchido por uma ternura indescritível. Aquela visão era tudo o que ela sempre desejou, mas por muito tempo não acreditou que pudesse realmente ter.

Ela caminhou até eles, com passos lentos e cuidadosos, sem querer quebrar aquele instante perfeito. Quando chegou perto, perguntou com um sorriso:

— Tem espaço para mais uma aí?

Nick, sempre atento e cheio de energia, abriu um sorriso largo e estendeu os braços em direção a Agatha, animado.

— Tem, mamãe! Eu até guardei pipoca pra você!

Agatha riu e se acomodou ao lado dele, enquanto Nick a abraçava apertado. Ela sentiu os olhares de Rio e Nick sobre ela, e ao encontrar os olhos de Rio, trocaram um sorriso silencioso e cheio de cumplicidade. Rio mandou um beijo no ar para Agatha, que sorriu de volta, sentindo-se mais em paz do que nunca.

Agatha colocou a mão suavemente sobre o braço de Rio, que descansava na cabeceira do sofá. Aquele toque, simples e carinhoso, parecia unir todas elas, criando um elo que transcendia palavras. Nick, no meio das duas, parecia absolutamente contente, acolhido pelos braços de suas mães. Ele olhou para Agatha com olhos brilhantes, um misto de alegria e preocupação infantil, e segurou sua mão com firmeza.

— Mamãe, não chora, tá? Eu tô aqui — ele disse, com uma doçura que fez os olhos de Agatha se encherem de lágrimas, mas dessa vez de felicidade.

Ela o abraçou apertado, beijando sua testa.

— Eu sei, meu amor. E não sabe o quanto isso me faz feliz.

Elas ficaram ali, as três, no aconchego do sofá, compartilhando aquele momento tão simples e ao mesmo tempo tão precioso. Rio envolveu Agatha com o braço, e elas trocaram mais um olhar que falava de todos os sentimentos que guardavam uma pela outra, de toda a luta que passaram para chegar ali. Com Nick entre elas, rindo, contando histórias e compartilhando suas aventuras, Agatha sabia que não precisava de mais nada.

𝐒𝐨𝐛 𝐨 𝐯é𝐮 𝐝𝐚 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐞-𝐀𝐠𝐚𝐭𝐡𝐚𝐫𝐢𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora