As duas entraram no chuveiro, permitindo que a água quente escorresse suavemente por seus corpos. O vapor começou a preencher o banheiro, criando uma atmosfera densa e íntima, onde o único som era o ritmo suave da água caindo, que parecia silenciar o mundo lá fora.
Agatha se posicionou atrás de Rio e, com um toque cuidadoso, começou a aplicar o shampoo em seus cabelos molhados. Seus dedos deslizavam por cada mecha com uma leveza atenciosa, massageando o couro cabeludo de Rio em movimentos lentos e rítmicos. Era um gesto que ia além do simples cuidado — cada movimento expressava carinho e uma conexão silenciosa, quase como se, sem precisar de palavras, Agatha estivesse mostrando o quanto Rio significava para ela.
O toque era íntimo, mas respeitoso, transmitindo uma proximidade profunda e sincera. Naquele momento, a água quente e o toque gentil de Agatha pareciam lavar não apenas o corpo, mas qualquer resquício de cansaço ou preocupação.
Rio relaxou, deixando que os dedos de Agatha a envolvessem, sentindo o conforto e a paz que o toque dela lhe proporcionava. Seus olhos se fecharam, e ela suspirou levemente, permitindo-se ser cuidada. Quando Agatha terminou, Rio se virou, observando a mulher à sua frente. Em seguida, com a mesma delicadeza, passou a mão com shampoo pelo cabelo de Agatha, em movimentos circulares e suaves, deixando que seus dedos deslizassem por cada mecha. Era como se, naquele gesto simples, elas tivessem uma conexão tão profunda que dispensava palavras.
As duas se olharam, e o silêncio entre elas não era vazio, mas cheio de compreensão e respeito. Agatha então deu um passo para frente e envolveu Rio em um abraço apertado, suas mãos deslizando até o pescoço de Rio, enquanto ela correspondia ao gesto, colocando as mãos na cintura de Agatha, puxando-a para mais perto. A pressão da mão de Rio na cintura de Agatha era firme, possessiva, mas cheia de cuidado, e o calor da água parecia intensificar a proximidade entre as duas.
Rio inclinou-se ligeiramente, sussurrando algo próximo ao ouvido de Agatha, um murmúrio quente que escapava entre o vapor e que ela quase não conseguiu ouvir. Um sorriso sutil surgiu nos lábios de Agatha, que respondeu com um beijo suave, seus lábios encontrando os de Rio num toque que começava leve, mas logo ganhava intensidade. Era um beijo que começava com carinho e se transformava em uma expressão de desejo, suas línguas se encontrando num movimento lento e sincronizado, como se compartilhassem um segredo profundo.
Agatha inclinou seu corpo, aproximando-se ainda mais de Rio, e ergueu uma perna, posicionando-a entre as coxas de rio vidal. A pressão era uma promessa, uma forma de dizer sem palavras o quanto ambas se desejavam naquele momento. Seus corpos se moviam em sincronia, e Agatha sentiu o toque de Rio em sua cintura se intensificar, enquanto as mãos dela deslizavam pelo corpo de Agatha, explorando cada curva e criando uma sensação de calor que ia além da água quente.
Mas Rio percebeu as olheiras discretas no rosto de Agatha, os sinais sutis de cansaço. Ela sabia que a mulher à sua frente havia passado por tanto e que, mesmo estando ali, forte e presente, Agatha ainda precisava de um descanso que só o carinho poderia oferecer. Em vez de aprofundar o toque ou tornar o momento mais intenso, Rio diminuiu o ritmo do beijo, suavizando o contato dos lábios e transformando o desejo em uma expressão pura de cuidado.
Ela manteve os braços ao redor de Agatha, segurando-a de maneira firme, mas sem pressioná-la, apenas deixando que ela repousasse em seu peito. Agatha permitiu-se relaxar, sentindo o conforto e a segurança de estar nos braços de Rio. Elas continuaram ali, debaixo da água quente, abraçadas e em silêncio, apenas sentindo a presença uma da outra.
Rio afastou uma mecha do cabelo de Agatha que caíra em seu rosto e a olhou nos olhos, os dedos ainda deslizando pela sua cintura de forma carinhosa, num toque que não pedia nada, apenas oferecia suporte e compreensão. Naquele momento, não havia necessidade de palavras, apenas o entendimento mudo de que, juntas, elas eram mais fortes.
Agatha e Rio saíram do banheiro, ainda envolvidas na atmosfera de intimidade que haviam compartilhado. Agatha lançou um olhar provocador para Rio, com um sorriso brincando em seus lábios.
— Você está me devendo alguns orgasmos, sabia? — disse Agatha, com uma expressão que misturava leveza e um toque de desafio.
Rio sorriu, calmamente, enquanto se vestia com uma blusa larga e um short que lhe caía bem.
— Vou te dar o que prometi, mas só quando você estiver descansada — respondeu Rio, lançando um olhar caloroso para Agatha.
Agatha apenas riu, aceitando o jogo de paciência de Rio. Envolta em seu roupão, ela se sentou na cama, relaxando o corpo. Rio se aproximou, sentando-se ao seu lado com um olhar carinhoso. Agatha, com um suspiro de cansaço e alívio, acabou se deitando. Rio logo fez o mesmo, deitando ao seu lado. Aquele momento de proximidade era mais íntimo do que qualquer palavra poderia traduzir. Elas se perderam, observando os traços uma da outra, captando cada detalhe, como se gravassem aquela imagem na memória.
Rio aproximou-se de Agatha, deixando um selinho suave em seus lábios. Quando Agatha tentou aprofundar o beijo, Rio afastou-se um pouco, soprando levemente seus lábios em um gesto inesperado e brincalhão. Agatha olhou para ela, incrédula e divertida, com um olhar que dizia tudo. Rio apenas riu e acariciou o rosto de Agatha, deixando claro que a provocação era proposital.
— Você está brincando comigo... — murmurou Agatha, com uma expressão ligeiramente emburrada, que apenas aumentava o desejo no olhar de Rio.
Em resposta, Agatha puxou Rio para cima de si, determinada a virar o jogo. Rio sorriu com isso, deixando os cabelos úmidos caírem para frente. Com um gesto, ela os jogou para o lado, e Agatha, sem perder tempo, segurou-a pelo pescoço, aproximando-a para um beijo urgente, cheio de intensidade. Era um beijo possessivo, um lembrete do quanto as duas se completavam.
Depois de algum tempo, Rio afastou-se com delicadeza, ciente do cansaço de Agatha. Ela observou sua mulher relaxar e, aos poucos, cair no sono. Com um cuidado terno, Rio tirou o roupão de Agatha, que ainda estava úmido, para que não a incomodasse. Pegou um cobertor macio e o colocou sobre o corpo dela, protegendo-a do frio noturno. Em seguida, fechou a porta da varanda para evitar qualquer corrente de ar que pudesse perturbar o sono tranquilo de Agatha.
Rio ficou ali por um instante, observando-a em silêncio, sentindo-se grata por aquele momento de paz e cumplicidade. Com um sorriso suave, ela se afastou, deixando Agatha descansar profundamente, guardando na memória cada detalhe daquela noite especial.
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𝐒𝐨𝐛 𝐨 𝐯é𝐮 𝐝𝐚 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐞-𝐀𝐠𝐚𝐭𝐡𝐚𝐫𝐢𝐨
RomanceContinuação da série agathario. Proibido adaptação.