025. talvez seja ciumes...

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Na noite da festa da vila, Agatha chegou acompanhada de Rio e Nick. A vila estava iluminada com luzes coloridas e bandeiras penduradas, o som da música e risadas enchendo o ar. Havia barracas de comida, jogos e uma roda de dança ao centro, onde as famílias e amigos se reuniam em uma atmosfera alegre e descontraída. Agatha vestia um longo vestido leve, simples mas elegante, e Nick, ao seu lado, não conseguia esconder o entusiasmo.

Logo, Agatha avistou Wanda Maximoff com Visão, acompanhados de seus filhos Billy e Tommy. Ela acenou com um sorriso caloroso, e Wanda rapidamente percebeu e fez sinal para que se juntassem a eles. Os Maximoff estavam ao redor de uma mesa com bebidas e petiscos, e as crianças estavam ocupadas com suas próprias brincadeiras.

Rio se aproximou, cumprimentando Wanda e Visão, e depois de algumas trocas de olhares e risadas, todos começaram a conversar. Nick, curioso, observava Billy e Tommy, e com um olhar para Agatha, perguntou animado:

— Mamãe, eu posso brincar com eles?

Agatha acariciou seus cabelos, com um sorriso gentil.

— Claro, meu amor. Só tome cuidado e fique perto, ok?

Ele assentiu animadamente e saiu correndo para se juntar a Billy e Tommy, que o receberam de braços abertos, prontos para incluí-lo nas brincadeiras. Aos poucos, outros jovens também foram se aproximando, entre eles o namorado de Billy e a namorada de Tommy, tornando a roda de crianças e adolescentes cada vez maior e mais alegre.

Enquanto os jovens se divertiam, os adultos continuaram a conversa em um tom mais tranquilo. Wanda, sorrindo, comentou:

— Não importa a idade deles, sempre vão correr assim como se o mundo fosse só brincadeiras. É bom ver essa alegria nos olhos deles.

Agatha assentiu, olhando para Nick com ternura.

— É verdade. Parece que é nesses momentos que percebemos o quanto eles crescem e como cada dia ao lado deles é precioso.

Visão sorriu, observando os filhos de longe, o olhar calmo e atento.

— Esses pequenos momentos, simples e significativos... São o que realmente nos ensina a valorizar tudo o que temos.

Rio então acrescentou, colocando a mão no ombro de Agatha com carinho:

— E nos faz lembrar o quanto o apoio e o amor entre a gente é o que dá força a eles. Eles nos observam e aprendem com cada passo que damos.

Wanda trocou um olhar de entendimento com Agatha. A conexão que compartilhavam era algo que ia além de palavras, um reconhecimento mútuo de lutas e resiliência, de um carinho inabalável que só as mães poderiam entender.

No meio da conversa agradável, uma mulher se aproximou do grupo com um sorriso confiante. Cumprimentou a todos, mas seu olhar e atenção eram voltados quase exclusivamente para Agatha. Rio percebeu o movimento e, de imediato, segurou a mão de Agatha com firmeza, deixando claro que estava ali ao seu lado, enquanto seus olhos se fixavam na mulher com uma expressão intensa.

A mulher, sem se importar com a presença de Rio, se inclinou para beijar a bochecha de Agatha, um gesto que parecia casual, mas tinha um toque de familiaridade intencional. Sem hesitar, ela lançou um elogio direto a Agatha:

— Você está linda hoje... Mas, bom, você sempre esteve, especialmente desde aquela última vez em que nos encontramos. — O tom da mulher era provocador, um sorriso insinuante dançando em seus lábios.

Wanda e Visão trocaram olhares desconfortáveis, percebendo o clima que se formava, e, com uma desculpa educada, se afastaram para dar privacidade ao trio. Rio manteve sua postura firme, a mão segurando a de Agatha como um lembrete silencioso da conexão entre elas.

Agatha, notando a tensão de Rio ao seu lado, apenas sorriu levemente. Em um gesto cuidadoso, soltou a mão de Rio, mas rapidamente deslizou seu braço ao redor da cintura de sua namorada, deixando claro onde estava seu coração. Ela lançou um olhar suave para Rio, que, embora ainda desconfiada, percebeu a intenção sincera por trás do gesto de Agatha.

Com uma calma controlada, Agatha respondeu à mulher, mantendo seu braço firmemente ao redor de Rio:

— Obrigada pelo elogio, mas hoje estou com quem quero estar Patrícia.

A mulher deu uma risada sutil, mas percebeu a força silenciosa da presença de Rio e o laço inquebrável entre as duas. Ela hesitou por um momento, o brilho no olhar ligeiramente apagado, e, sem outra palavra, se afastou.

Enquanto a mulher se afastava, Rio ainda mantinha um olhar irritado, observando de longe a forma como ela ainda olhava para Agatha, com aquele sorriso insinuante que Rio não podia ignorar. A cada vez que a mulher lançava olhares provocantes, algo dentro de Rio revirava, e ela mal conseguia esconder o ciúme que sentia.

Agatha percebeu o humor manhoso de Rio e sorriu suavemente, dando um leve aperto em sua cintura. Rio, por outro lado, não disfarçava; o ciúme estava claro em seus olhos e no modo como ela se mantinha próxima, como se quisesse proteger Agatha daquela mulher.

A mulher, percebendo a reação de Rio, voltou a se aproximar, mantendo um sorriso ousado, claramente se divertindo com o ciúme que causava. Ela encarou Agatha de cima a baixo e disse com um tom provocador:

— Sempre achei que algumas coisas nunca mudam, Agatha. Você continua tão encantadora... como naquela noite.

Rio apertou o maxilar e olhou para a mulher de cara feia, o ciúme transformando sua expressão em uma mistura de irritação e vulnerabilidade. Ela segurou a mão de Agatha com ainda mais firmeza, como se dissesse, "Ela é minha".

Sentindo a situação, Agatha se inclinou levemente em direção a Rio, trazendo-a para mais perto. Em um gesto intencional, deslizou os dedos pelos cabelos de Rio, demonstrando o carinho que sentia por ela ali, na frente de todos. Ela olhou para Rio com doçura e sussurrou:

— Não se preocupe, minha querida. Você é tudo o que eu preciso.

Rio sorriu levemente, mas o ciúme ainda estava presente. Seus olhos ainda se voltavam para a mulher com desconfiança, como se desafiasse cada olhar provocante que ela lançava a Agatha.

A mulher deu uma última olhada, percebendo que não conseguiria mais provocar Rio sem ser ignorada. Com um leve revirar de olhos, se afastou, deixando Agatha e Rio a sós.

Rio, ainda manhosa, encostou a cabeça no ombro de Agatha e murmurou, com um toque de charme e possessividade:

— Ela não tem noção, tem?

Agatha sorriu, acariciando o rosto de Rio com carinho, sentindo-se completamente satisfeita por estar ao lado da mulher que realmente fazia seu coração bater mais forte. Ela beijou a testa de Rio e respondeu:

— Não tem, mas também não faz diferença, porque é com você que eu quero estar.

𝐒𝐨𝐛 𝐨 𝐯é𝐮 𝐝𝐚 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐞-𝐀𝐠𝐚𝐭𝐡𝐚𝐫𝐢𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora