Capítulo 22

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Bruce pegou seu telefone e enviou uma mensagem anônima para Atílio, um breve texto com as palavras calculadas: "Cristina está comigo. Se quiser vê-la novamente, tire Aurora da prisão. Sem truques."

Do outro lado da cidade, Atílio estava saindo da delegacia quando o celular vibrou. Ele olhou para a mensagem e o sangue gelou ao ler o nome de Cristina. Seu coração disparou, e uma fúria incontrolável misturada ao pavor tomou conta dele. Sem perder tempo, ele pegou o telefone e ligou para seus contatos na delegacia, pedindo rastreamento imediato do número.

Cristina, amarrada na cadeira, sentia o peso de cada segundo. Ela sabia que Atílio não hesitaria em fazer qualquer coisa para resgatá-la, mas também sabia que o jogo de Bruce era perigoso e que precisavam de um plano. Após alguns minutos em silêncio, Bruce quebrou o clima tenso com um comentário provocador.

— Sabe, Cristina, é uma pena que você tenha se envolvido com alguém tão obcecado por justiça. Isso está causando todo esse problema, entende? — Cristina olhou para ele com um olhar firme, sem desviar.

— Atílio nunca vai se dobrar a você. Ele vai lutar até o fim, e você sabe disso. — Bruce deu uma risada sarcástica.

— Veremos, Cristina. Veremos quem está disposto a ir mais longe.

Ela fechou os olhos, concentrando-se em manter a esperança e a calma. Sabia que Atílio faria de tudo para encontrá-la, mas também que esse confronto seria inevitável e perigoso. E, enquanto as horas passavam, Cristina aguardava, silenciosamente determinada a resistir, certa de que Atílio estava lá fora, lutando para trazê-la de volta para casa.

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Li aquelas mensagens umas mil vezes antes de acreditar realmente no que estava escrito ali. Voltei para minha sala dentro da delegacia e liguei meu notebook, abri o sistema de segurança da minha casa, quando vi Cristina ao lado de Bruce minha alma deixou meu corpo, cada músculo de meu corpo tencionou fazendo meu cérebro reagir, soquei a mesa chamando atenção para mim.

— Sr. tudo certo? — um dos meus agentes falou parado na porta. Respirei fundo e neguei.

— Avise o Comandante Varela, avisa que temos um código roxo, a unidade é a minha, o alvo é Bruce McAllister. — falei sem rodeio e o vi sair.

Liguei para meu pai, avisei o que passou e mandei os vídeos. Naquele meio tempo busquei mais vídeos de segurança da casa, e vi que ele esteve ali por mais de uma vez, meu sangue ferveu, se eu o pegasse ele viraria fumaça. Não sei quanto tempo se passou, meu pai e Varela já estavam ali e o comando virou um QG, eu tive que me afastar, não podia fazer nada fiquei me minha sala tentando achar uma solução, só de pensar que ele tocaria em Cristina meu corpo doi de raiva.


Varela me olhava e respirava fundo, sabia que tudo era por conta que deixamos Bruce escapar, mas o que ele realmente não sabia era que Aurora já orquestrava um outro plano e isso encerramos antes, ela tentaria fugir do tribunal na próxima semana, sabíamos que haveria uma distração, mas eu não sabia que Cristina seria o alvo. Meu pai estava se aproximando.

— Rastreamos dois locais, mas ainda sem sucesso, vamos achar a Cris. — ele falava como se eu fosse um leigo.

— Pai, eu sei, ele estudou nossa casa por semanas, sabia as rotinas da Cris, eu deixei passar batido isso. — falei sentindo meu coração doer tanto.

— Precisamos pensar de modo frio e calculista. Sei que quer sair e buscar sua mulher mas agora não temos como fazer isso, foi exposto e ela está com ele, agora vamos agir. sua mãe e suas irmãs estão em segurança. Consuelo e Severiano também.

Um resgate do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora