Na manhã seguinte ao banho de piscina pelados, a casa estava silenciosa, exceto pelos leves gemidos de dor que vinham dos quartos onde os homens estavam. Atílio, Saulo e Guilherme acordaram com uma ressaca tremenda. A cabeça de cada um deles parecia estar sendo martelada por dentro, e o simples pensamento de se levantar da cama já parecia um desafio monumental.
Atílio abriu os olhos lentamente, piscando contra a luz suave que entrava pela janela. Seu estômago revirava, e ele sentia a boca seca como o deserto. Ao lado dele, Cristina estava acordada e sorrindo, já arrumada e com um brilho no olhar que só acentuava o contraste entre eles.
— Bom dia, dorminhoco. — ela disse, brincalhona, inclinando-se para dar-lhe um beijo na testa. Atílio soltou um gemido, fechando os olhos novamente.
— Não tão alto, por favor... Minha cabeça está prestes a explodir. — Cristina riu suavemente, acariciando o rosto dele.
— Isso é o que acontece quando você decide beber como se ainda tivesse vinte anos e nadar pelado com seus amigos. Mas tenho que admitir, foi divertido.
— Você olhou para eles? — perguntou ciumento.
— Não, não olhei, somente tenho olhos para você, mas segundo suas irmãs, tenho um marido bem dotado. — ela sorriu e percebeu que Atílio dava um leve sorriso.
Nos outros quartos, a situação não era muito diferente. Saulo estava deitado de bruços, tentando enterrar a cabeça no travesseiro para fugir da luz do sol, enquanto Maria, já pronta e impecável, estava ao lado dele, terminando de se maquiar. Guilherme, por sua vez, estava sentado na beira da cama, segurando a cabeça com as mãos, enquanto Sabrina, revigorada e animada, abria as cortinas, deixando entrar o brilho do dia.
As mulheres, lindas e plenas, estavam em ótimo humor. A noite anterior tinha sido uma combinação perfeita de diversão e loucura, e agora elas estavam prontas para aproveitar o último dia em Cartagena.
— Vamos fazer compras, meninas. — sugeriu Maria, cheia de energia. — Ainda temos algumas horas antes de irmos embora, e eu vi umas lojas incríveis ontem.
— Precisamos de algumas lembranças para levar para casa. E talvez um presente especial para nossos maridos arrependidos aqui. — Sabrina concordou imediatamente.
— Vocês têm certeza que conseguem se cuidar sozinhos? —Cristina riu, se levantando para pegar sua bolsa. Ela olhou para Atílio com um sorriso malicioso.
— Vamos sobreviver. — murmurou ele, ainda com os olhos fechados. — Só... tragam algo para dor de cabeça quando voltarem? — ela se inclinou para beijá-lo rapidamente.
— Pode deixar. Tente descansar, amor.
As três mulheres saíram da casa, deixando para trás seus maridos exaustos e arrependidos. O dia estava lindo, com o sol brilhando no céu azul, e a brisa marítima tornava o passeio ainda mais agradável. Elas aproveitaram as horas restantes na cidade para explorar as lojas, rir sobre a noite anterior, e desfrutar dos últimos momentos em Cartagena. Enquanto isso, os homens tentavam se recompor, cada um lidando com sua ressaca da melhor forma possível. Era um dia de recuperação, tanto física quanto emocional, enquanto refletiam sobre o quão libertador... e insano, tinha sido se soltar daquela maneira. A diversão tinha seu preço, mas era um preço que todos estavam dispostos a pagar pelas memórias que criaram juntos.
Mais tarde, depois de um dia de compras e despedidas, o grupo se preparou para voltar para casa. Mas para Cristina e Atílio, a viagem ainda não tinha acabado. Eles ainda passariam alguns dias em Hermosillo, na fazenda dos pais dela.
Quando chegaram à fazenda, Consuelo e Severiano já os esperavam com sorrisos calorosos e abraços apertados. A fazenda, com seu vasto horizonte e o cheiro familiar de terra e plantas, era o lugar perfeito para descansar depois da agitação de Cartagena. Cristina se sentiu em paz ao pisar naquele solo, sabendo que ali, com sua família, ela poderia relaxar e desfrutar dos últimos dias das férias antes de voltar à rotina.
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Um resgate do amor
Fiksi PenggemarUm amor, um evento traumático será que um amor poderá superar isso tudo?