A situação quase se transformou em um grande caos, se não fossem os mototaxistas e as pessoas do mercado que intervieram para separar a confusão. Pouco depois, um policial de trânsito passou e levou todos nós para a delegacia para mediar a situação.
O policial, sem querer se envolver em um caso de briga, tentou convencer a outra parte a resolver o problema e pagar pelos danos para evitar um registro criminal. Meu pai teve que abaixar a cabeça repetidamente, pedir desculpas e pagar o máximo que pôde, o que acabou sendo mais de alguns milhares de bahts.
"Por que temos que pagar para ele? Com aquela boca mal-educada, ele mereceu levar um soco."
Continuei reclamando teimosamente, sentindo que eu não estava errada. Agora, de volta em casa, todos apenas balançavam a cabeça diante da minha obstinação, mesmo depois de eu explicar o incidente em detalhes.
"Eu tinha que proteger a Arpo. O que eu fiz de errado?"
"Não precisava usar violência."
"Mas ele tocou na Arpo primeiro! Ele estava errado!"
Argumentei com meu pai, me recusando a recuar. Arpo, vendo que eu ainda estava exaltada, puxou minha camisa e balançou a cabeça.
"Não levante a voz. Ninguém aqui está te culpando. Todo mundo entende."
Ela disse.
"Entende o quê? Não ouviu meu pai me culpando? Pai, eu fiz tudo o que você ensinou. Não atropelar seres vivos. Dirigir abaixo de 40 em áreas residenciais. Se vai culpar alguém, culpe a moto que bateu em nós, não sua filha, que estava tentando proteger essa garota."
"Eu entendi. Você fez o que achou certo."
"Não seja sarcástico, pai."
"Viu? Quando fico do seu lado, você diz que estou sendo sarcástico."
"Antes você estava me culpando, e agora está dizendo que eu fiz a coisa certa."
"Não foi totalmente certo. Ao dirigir, ser cautelosa é o mais importante, mas não devia ter socado um cara que você nem conhecia. Já é sorte isso não ter sido registrado no boletim de ocorrência."
Meu pai suspirou diante da minha teimosia. Olhei ao redor para todos, com os lábios apertados, sem aceitar ser culpada.
"Amar e proteger sua garota é compreensível, mas você pode resolver as coisas com conversa, Bow."
"Quem ama ela?"
"Você."
"Quem protege ela?"
"Você também."
"Vou gritar! Eu só estava fazendo o que era certo!"
Olhei para Arpo, que sorria enquanto eu discutia com meu pai. Me sentindo desconcertada, mudei de assunto rapidamente.
"Se é um problema tão grande, eu não dirijo mais. Se querem culpar alguém, culpem ela. Ficou falando o caminho todo, e eu não consegui me concentrar."
"Ah, você nunca está errada."
Minha mãe suspirou, me fazendo emburrar e cruzar os braços.
"Isso mesmo, eu não estou errada."
"Bow, a arrogante."
Minha mãe disse, me fazendo arregalar os olhos de surpresa.
"De onde saiu isso agora?"
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Arpo in Love
RomanceEu, 'Bow', uma pessoa com uma vida comum, nada de colorido e bem reservada. Recebi uma declaração de amor da minha vizinha chamada 'Arpo', que me importuna desde que era pequena como um ratinho. Agora, ela se transformou em uma gata persa, sempre mi...