Capítulo 15 - Irritante

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Mesmo com as lágrimas escorrendo pelo rosto, Arpo tentava manter a alegria ao falar e sorrir, misturando várias emoções. Quanto mais eu olhava para ela, mais eu me sentia culpada.

Mas isso não era pena, porque ouvir "cansei de te amar." foi como um golpe forte nas costas. Fiquei atônita, minha mente ficou em branco por um momento e meus ouvidos ficaram surdos.

Pensei que tivesse ouvido errado, mas, no fundo, sabia que ela tinha dito isso.

Após uma noite tão apaixonada, ela agiu como se não significasse nada. Endireitei a coluna, meu pescoço estava rígido, e a olhei com um olhar duro, quase querendo esticar a mão e estrangulá-la por dizer algo assim. Parecia que ela queria destruir meu ego. Claro, eu nunca imploraria para ela reconsiderar.

Quem você pensa que eu sou?

Eu sou Bow, a arrogante.

"Então, você já tomou uma decisão?"

"Não sei se é a melhor decisão, mas desistir parece ser a melhor saída. Não vai te incomodar, e não vai me deixar mais triste."

Dizer adeus a mim a faria menos triste, né?

Ouvir isso me fez morder a bochecha e olhar para o mar, quase rindo amargamente.

"Se você acha que é bom, o que posso dizer?"

"..."

"Não amar significa não amar."

Quis dizer que, se ela não me amava, então não me amava. Não havia mais nada o que eu pudesse fazer. No entanto, a frase podia ser interpretada de duas maneiras. Por exemplo, quando eu digo: "Não é não." Após falar, me levantei, tirei a areia do meu corpo e cruzei os braços, sem olhar para ela.

"Você vai ficar sentada aqui por muito mais tempo? Nossos pais disseram que já estamos fora há um bom tempo. Não os faça se preocupar."

"Eu quero ficar aqui um pouco mais. Você pode ir."

"Fique à vontade."



Que viagem cheia de emoções flutuantes. Mesmo na volta, Arpo pediu para ir com o carro da família dela. Meus pais continuaram perguntando sobre a briga que tivemos na noite passada, e eu só neguei. Enquanto dirigia, minha mente voltava para a noite passada.

Tudo foi tão bonito quanto deveria ser. Nada estava errado, nada estava certo. Nós trocamos nossas primeiras experiências e até rimos de nossa vergonha.

Mas pela manhã, tudo mudou. Era como ser usada e descartada. Apertei o volante com força e pressionei o acelerador com raiva, pensando nas palavras de Arpo naquela manhã.

'cansei de te amar..'

Se você não me ama, então não me ama. Eu não me importo. Não sou do tipo que vai se arrepender depois.

"Quem você pensa que é?!"

"Eu sou seu pai! Dirigindo assim, para onde você está indo com pressa?"

Antes que eu pudesse falar comigo mesma, ouvi meu pai reclamando da minha direção por um tempo. Ele achou que eu estava falando com ele e rapidamente respondeu com raiva. Fiz um barulho baixo antes de responder suavemente.

"Não estava falando com você."

"Então, quem você estava falando? Eu sou o único falando aqui. Dirigindo desse jeito, vai acabar batendo em alguém. Diminua o acelerador."

Arpo in LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora