Arpo in Love

Capítulo 22 - Status

Tudo aconteceu de forma maravilhosa. Nossas roupas estavam espalhadas por todo lado. Embora eu tivesse dito que seria a única ativa, no final, Arpo não conseguiu resistir e se juntou a mim. Agora, ela estava se aninhando em mim como uma gatinha, enquanto eu estava deitada de costas, olhando para o teto e pensando sobre várias coisas. Enquanto ela beijava minhas bochechas com tanta paixão e obsessão, eu a olhava com um pouco de suspeita.

"Vai ser como naquele dia?"

"Como assim?"

Ela beijou minha testa novamente e se apoiou no cotovelo, me olhando com carinho.

"Depois que transamos, na manhã seguinte você me ignorou."

"Hehe."

Arpo riu docemente e beijou meu queixo antes de balançar a cabeça.

"Não mais."

"Como aquele dia é diferente de hoje?"

"Naquele dia, você não disse que me amava nem uma vez. Mas hoje, você não para de dizer isso. Não estou mais protestando."

"Isso foi um protesto?"

"Vamos chamar de uma cobrança pela palavra 'amor' de alguém que nunca diz nada."

Ela se deitou confortavelmente em cima de mim. Eu a acariciava suavemente nas costas, ainda incapaz de afastar minhas preocupações por causa do nosso passado. Parecia uma cicatriz fina que ela deixou para trás.

"Só porque eu não disse 'eu te amo', você teve que ir tão longe? Minhas ações não mostraram isso claramente o suficiente?"

"Honestamente, eu sabia que você gostava de mim, mas eu queria ouvir isso uma vez. Não importa o que eu fizesse, eu não conseguia te fazer dizer. Como eu disse, isso me machucou também. Você não tem ideia do quanto eu tinha medo de que você fosse embora sem olhar para trás. Por sorte, você se manteve comigo."

"E se eu não tivesse?"

"Eu teria voltado para implorar por você, como sempre."

"Então o resultado teria sido o mesmo."

"Ainda bem que não foi. Você finalmente disse que me ama. Não sei por quanto tempo você planejava ser tão teimosa."

Eu mostrei um pouco os dentes e olhei para o relógio na mesa de cabeceira. Já passava das 3 da manhã. Inicialmente, eu ia mandar ela para casa assim que a chuva parasse, mas algumas atividades fizeram o tempo passar rápido.

Percebendo isso, me levantei rapidamente, um pouco envergonhada pelas roupas espalhadas pela cama.

"Coloca sua roupa e vai embora."

"O quê? Está se vingando? Você fez sexo comigo e agora está me dispensando?"

"Não seja boba. Se meus pais acordarem e virem que você passou a noite aqui, vão surgir perguntas."

"Responda elas honestamente."

"Será que conseguimos realmente ser tão honestos com nossos pais? Eles não entenderiam."

"Então, você não vai contar para ninguém o que somos?"

O rosto de Arpo caiu um pouco, fazendo com que eu mordesse o lábio. Senti que estava a usando e não assumindo a responsabilidade, mesmo sabendo que isso não era verdade.

"É difícil de explicar."

"Sua família sabe que eu gosto de você há muito tempo."

"Eles veem isso como uma irmã mais nova admirando a irmã mais velha. Se soubessem que fizemos isso..."