Dorian era o tipo de pessoa que vivia para o perigo, o imprevisível, o intenso. Ele não fazia planos, apenas se deixava levar pelas emoções, pelo que o momento exigia. Seu corpo vibrava com adrenalina, e seus olhos tinham um brilho desafiante, como se estivesse sempre em busca da próxima grande aventura. Corridas, rachas, lutas — tudo isso o atraía. Não era sobre ganhar ou perder, mas sobre se sentir vivo, sobre experimentar aquela sensação única de estar à beira do abismo e ainda sim, atravessá-lo com um sorriso no rosto. Ele era um homem que nunca recuava diante do risco, que sempre dava um passo à frente, mesmo quando sabia que o próximo poderia ser o mais perigoso.Apesar de sua postura destemida, Dorian não era impulsivo sem razão. Ele acreditava em uma certa eficiência no caos, no prazer do momento, e principalmente na liberdade de não estar preso a nada. Se alguém o procurasse para adivinhar seu futuro, ele diria, com um sorriso de canto: "Meus planos? Eu faço os meus próprios caminhos." Ele sabia que a vida era feita de escolhas rápidas, e era isso que o mantinha em movimento. A imprevisibilidade era a sua assinatura, e ele sabia como causar uma impressão — seja por sua presença intensa ou pelas suas ações arriscadas.
Lucien, por outro lado, era a calmaria no caos. Onde Dorian via perigo e emoção, ele via cálculo e controle. Para Lucien, tudo tinha que ser planejado. Cada movimento, cada palavra, cada gesto, deveria ser preciso. Ele era imperturbável, e sua mente funcionava como uma máquina, sempre analisando todas as possibilidades antes de agir. Lucien não acreditava em viver à margem da segurança; ele acreditava que a verdadeira força estava no controle. Quando as coisas saíam de sua órbita, ele sentia o desconforto, e seu instinto era sempre tentar trazer tudo de volta à sua ordem. Ele gostava de estar no comando, não só do mundo ao seu redor, mas também das suas próprias emoções.
Mas, apesar dessa necessidade de controle, Lucien também tinha algo inusitado: ele era intenso, não pensava antes de agir, e isso o tornava imprevisível de uma maneira muito perigosa. Ele adorava uma adrenalina, um risco calculado, e nunca recusava uma boa dose de emoção. Mesmo sendo geralmente metódico e controlado, havia momentos em que ele se jogava de cabeça no caos, porque, no fundo, ele sabia que a emoção de viver no limite era algo que nenhum planejamento poderia oferecer. O problema? Ele não recuava. Não importava o que estivesse em jogo.
Lucien sabia que o mundo podia ser imprevisível, mas ele não gostava dessa incerteza. Para ele, cada passo que dava era pensado, cada risco era calculado, e a sensação de ter tudo sob controle era o que mais o fazia se sentir poderoso. Apesar disso, sabia que o perigo, de alguma forma, sempre o perseguiria — especialmente através de Dorian.
MAIS TARDE NAQUELE DIA
A noite estava fresca, e as luzes de Las Vegas se espalhavam sob a sacada. Lucien e Dorian estavam relaxados, cada um com uma bebida na mão. O som distante da cidade contrastava com o silêncio entre eles, mas não era desconfortável. Era como se o ambiente calmo amplificasse o que um queria dizer ao outro, mesmo que sem pressa.
— Às vezes me pergunto o que realmente estou buscando — disse Lucien, a voz baixa, mas carregada de seriedade.
Dorian olhou para ele com um sorriso sutil, mas não respondeu de imediato. Sabia que Lucien não falava assim sem querer algo mais.
— Você sempre se pergunta isso, né? — respondeu Dorian, após um gole na cerveja. — Eu acho que nunca vai encontrar. Não porque não mereça, mas porque talvez você esteja procurando no lugar errado.
Lucien, com o copo de whisky entre os dedos, olhou para a cidade lá embaixo, como se ela tivesse as respostas que ele procurava.
— E onde, segundo você, deveria procurar? — retrucou Lucien, a voz firme, mas com um toque de curiosidade.
Dorian deu mais um gole na bebida e se recostou na mureta da sacada, observando as estrelas por um momento antes de responder.
— Talvez não seja sobre procurar. Talvez seja sobre se deixar ser encontrado.
Lucien franziu o cenho, sua expressão ainda desconfiada, mas ele não podia deixar de prestar atenção no que Dorian dizia.
— Isso parece... fraco — disse Lucien, um tom desafiador escapando.
Dorian riu baixinho, um som que não era zombador, mas levemente divertido.
— Às vezes, a força está em se permitir, Lucien. Em não precisar controlar tudo.
Lucien se afastou da mureta e deu mais um gole no whisky. A conversa estava mexendo com ele de uma maneira que ele não costumava permitir.
— Eu não sei fazer isso.
Dorian olhou para ele, mais sério agora, mas ainda com aquele sorriso tranquilo.
— Ninguém sabe. Mas tentar já é um começo.
Lucien ficou em silêncio, as palavras de Dorian ressoando. Não era a resposta que ele esperava, mas, por alguma razão, estava começando a achar que talvez fosse a resposta que ele precisava ouvir.
OBRIGADA POR LER ATÉ AQUI, NÃO ESQUEÇA DE VOTAR PARA NOS AJUDAR.LEMBRETE: Está história acompanha dois casais: SERAPHINE E LUCIEN ( PERSONAGENS PRINCIPAIS) e
AMARA E DORIAN (PERSONAGENS SECUNDÁRIOS). Cada um com seus próprios conflitos e conexões.ENCONTRE MAIS DO LIVRO NAS NOSSAS REDES SOCIAIS:
@destinosfatais
CONTINUAÇÃO EM BREVE. 🤫
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quatro vidas, um destino fatal
RomanceGênero: Enemies to Lovers Sinopse: A história começa há 12 anos, quando Amara Noirvale e Seraphine Dulac se conheceram no jardim de infância. Desde então, elas são inseparáveis. No entanto, a vida de Seraphine muda drasticamente aos 10 anos, quando...