Quatro vidas, um destino fatal

Capítulo 3- Intrigas e Velocidade

O primeiro era alto, de cabelo escuro bagunçado, usando uma jaqueta de couro surrada. Seus olhos cinzentos analisavam o ambiente com uma intensidade que parecia enxergar além do óbvio. Ele tinha uma postura rígida, quase intimidadora, como alguém que sempre estava no controle.

O segundo era mais descontraído, mas não menos impressionante. Seu cabelo loiro, olhos verdes, e ele vestia uma camiseta preta e jeans. Havia algo provocante no sorriso fácil e no olhar casual, que parecia observar tudo com uma confiança natural.

Amara notou primeiro, cutucando Seraphine discretamente.

— Quem são esses caras?

Seraphine seguiu o olhar da amiga e franziu a testa, intrigada.

— Boa pergunta. Eles definitivamente não são novatos.

Enquanto os dois se aproximavam de um dos carros mais destacados, Amara, como sempre, foi rápida em buscar informações. Ela virou-se para Zoe, a garota que elas haviam conhecido mais cedo.

— Ei, Zoe, quem são eles?

Zoe sorriu, visivelmente interessada no rumo da conversa.

— Ah, eles são os melhores amigos Dorian Dominique e Lucien Santorinni. Acabaram de chegar na cidade, mas já estão fazendo fama. O Lucien Santorinni, o mais velho, é o futuro CEO da Lier's Absurdo, quase imbatível. E o Dorian Dominique... — Zoe fez uma pausa, como se escolhesse as palavras. — Ele tem um jeito mais tranquilo, mas não se engane, ele é lutador de boxe.

Amara ergueu as sobrancelhas, ainda mais interessada.

— Novatos e já os melhores? Impressionante.

— Seraphine cutucou Amara ao notar que os melhores amigos se aproximavam delas.

Os meninos, que haviam acabado de chegar, caminhavam até um grupo de amigos perto delas. Entre risos e cumprimentos, notaram a presença das meninas no canto. Um deles lançou um olhar curioso para o grupo e fez um comentário baixo, mas alto o suficiente para que os amigos ouvissem:

— E aí, quem são elas? Nunca vi antes.

— Devem ser amigas do pessoal da faculdade. — Respondeu um dos amigos, dando um empurrão leve nele. — Vai lá perguntar, quem sabe uma delas te dá atenção.

Ele riu, balançando a cabeça.

— Tá, mas se der errado, vou falar que foi ideia sua.

Com uma confiança calculada, Lucien Santorinni se aproximou do grupo, seguido de perto pelos outros amigos. A conversa entre as meninas cessou quando eles chegaram, e a tensão inicial tomou conta.

— Desculpa interromper — ele começou, lançando um sorriso casual. — Mas não lembro de já ter visto vocês por aqui. São novas na cidade?

Amara respondeu:

— Sim, chegamos hoje de manhã.

— Ah, então é a nossa sorte que vocês decidiram vir hoje. — Ele respondeu, o sorriso se tornando mais aberto. — Eu sou Lucien, e esses são meus amigos.

Ela, que até agora apenas observava a interação, finalmente ergueu o olhar para ele e, com um tom mais direto do que amigável, respondeu:

— Legal. Mas a gente não perguntou.

Os amigos deles tentaram conter o riso, enquanto os amigos dela trocaram olhares cúmplices. Lucien arqueou uma sobrancelha, intrigado e, ao mesmo tempo, desafiado pela resposta dela.

— Certo... E você é?

Ela hesitou, mas respondeu com um tom seco.

— Seraphine.