Capítulo 7 - Entre a Aposta e a Encrenca

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Ainda no topo da colina onde haviam parado para descansar, Amara se apoiava na moto, observando o horizonte com o semblante fechado. Seraphine, sentada sobre uma rocha próxima, mexia distraidamente nas luvas, enquanto o silêncio desconfortável pairava entre elas.

Lucien e Dorian, que tinham ficado alguns passos para trás, caminhavam em direção às duas, trazendo consigo uma energia completamente diferente — como se o que havia acontecido mais cedo fosse apenas um detalhe insignificante para eles.

— Olha só, as duas aventureiras refletindo sobre a vida. — Lucien começou, com aquele sorriso que irritava Seraphine instantaneamente.

— Pelo menos estamos refletindo. — Seraphine rebateu, sem olhar para ele. — O que é mais do que eu posso dizer de vocês.

Dorian soltou uma risada baixa, parando ao lado de Amara e inclinando a cabeça.

— Se eu não soubesse o que aconteceu ontem, diria que vocês estão num encontro romântico. Esse clima intenso, silêncios... falta só uma música triste ao fundo.

Amara o encarou, incrédula.

— Sério, Dorian? Isso é o que você tira de tudo?

— Só tentando aliviar a tensão. — Ele ergueu as mãos em rendição. — Mas se preferirem continuar nesse clima "fim do mundo", fiquem à vontade.

Lucien se aproximou de Seraphine, abaixando-se até ficar na altura dela.

— Relaxa,Vizinha. Um sorriso não vai te matar.

— Mas talvez me irrite a ponto de te matar. — Seraphine respondeu, finalmente levantando o olhar para ele.

Amara observou a interação e soltou um suspiro.

— Se vocês vieram só para nos provocar, é melhor voltarem pelo mesmo caminho.

— Que grosseria! — Lucien fingiu-se de ofendido, colocando a mão no peito. — Mas, na verdade, viemos com um convite.

Aqui está a versão revisada, com os erros corrigidos:

— Escutem, está acontecendo uma festa em uma das casas à beira do lago, aqui perto — Dorian falou. Ele olhou de relance para Amara. — Talvez queiram ir também.

Amara arqueou a sobrancelha.

— Festa? Com vocês? Acho que vou passar.

— Ah, qual é, Amara. — Lucien se intrometeu. — Não somos tão insuportáveis assim, somos?

— Sim, são. — Seraphine respondeu antes que Amara pudesse.

— Mas não estão curiosas? — Dorian perguntou.

Amara hesitou, cruzando os braços.

— Que tipo de festa é essa?

— Do tipo exclusivo. Poucas pessoas sabem onde é, e quem está lá sabe coisas que... talvez vocês queiram descobrir. — Lucien sorriu, mas havia algo mais em seu tom, algo que fez Seraphine estreitar os olhos.

— Parece encrenca. — Seraphine virou-se para Amara. — Não temos nada a ver com isso.

— Talvez tenhamos. — Amara suspirou, relutante. — Depois de tudo o que aconteceu ontem, talvez valha a pena dar uma olhada.

— Finalmente, uma decisão sensata. — Lucien piscou para Seraphine, que revirou os olhos.

Com relutância, as duas seguiram os rapazes pela trilha, que eventualmente levou a uma estrada asfaltada que terminava em uma enorme mansão à beira do lago. A música já podia ser ouvida à distância, e as luzes coloridas iluminavam o local de forma quase surreal.

Quatro vidas, um destino fatalOnde histórias criam vida. Descubra agora