Capítulo 13 - A Gurrra Colorida

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Assim que saíram do elevador, a porta do apartamento se abriu, revelando Amara com uma caneca de café e um olhar desconfiado.

— Demoraram. O que rolou? Ficaram presos no elevador e começaram uma novela mexicana?

Seraphine passou direto por Amara, ignorando o comentário.

— O elevador tá quebrado, mas nada tão insuportável quanto ele. — Ela apontou para Lucien, que a seguiu com um sorriso presunçoso.

— Cuidado, vizinha. Daqui a pouco, vai admitir que gostou da minha companhia.

— Gosto tanto quanto gosto de pisar em Lego, — Seraphine rebateu, desaparecendo pela cozinha.

Amara olhou para Lucien, arqueando uma sobrancelha.

— Você conseguiu irritar ela mais do que o normal? Isso é um recorde.

Lucien riu e passou por ela, indo direto para a sala.

— Ela só precisa admitir que sou o melhor vizinho que ela já teve.

Amara revirou os olhos e seguiu para a cozinha, onde encontrou Seraphine segurando uma caneca de café e olhando para o horizonte com a expressão de alguém que estava considerando mudar de planeta.

— Então, qual é o plano? — Amara perguntou, encostando-se à bancada.

— Plano? — Seraphine perguntou, sem olhar para ela.

— Você sabe, acabar com essa tensão sexual disfarçada de ódio entre você e o Lucien.

Seraphine quase cuspiu o café.

— O quê?! Não tem tensão nenhuma! Só tem irritação.

Amara ergueu as mãos em rendição, mas o sorriso no rosto dela deixava claro que não acreditava nem por um segundo.

— Se você diz...

No mesmo instante, Dorian entrou na cozinha, parecendo mais animado do que o normal.

— Bom dia para as guerreiras e os teimosos.

— Teimosos? — Amara perguntou, inclinando a cabeça.

— Vocês sabem, Lucien e Seraphine. É o passatempo favorito deles.

Seraphine suspirou, passando a mão pelo rosto.

— Vocês dois precisam de hobbies.

Dorian deu de ombros e olhou para Amara.

— Tá na hora de colocar nosso plano em prática.

Amara sorriu, animada.

— Qual plano? — Seraphine perguntou, desconfiada.

— Nada demais, só um pequeno experimento social, — Amara respondeu, casualmente.

Antes que Seraphine pudesse protestar, Dorian saiu em direção à sala, chamando Lucien.

— Ei, Santorinni! Preciso de uma ajuda aqui!

Lucien apareceu na cozinha, franzindo a testa.

— Ajuda com o quê?

Dorian olhou para Amara, que piscou para ele antes de dizer:

— Vamos organizar um jogo. Você e a Sera contra eu e o Dorian.

Lucien arqueou uma sobrancelha.

— Um jogo?

— Isso mesmo, — Dorian disse, cruzando os braços. — Vocês dois estão sempre brigando. Vamos ver se conseguem trabalhar juntos.

Seraphine soltou um riso seco.

— Trabalhar juntos? Isso é uma piada, né?

— É sério, — Amara disse, sorrindo. — E a gente escolhe o jogo.

Lucien olhou para Seraphine, que parecia prestes a protestar, mas ele sorriu de lado.

— Eu topo. Medo de perder, vizinha?

Seraphine estreitou os olhos.

— Perder? De você? Jamais.

Amara e Dorian trocaram um olhar cúmplice antes de Amara dizer:

— Ótimo! Vamos começar com... guerra de post-its!

— O quê? — Seraphine e Lucien perguntaram ao mesmo tempo.

— Vocês têm que colar o máximo de post-its um no outro em dois minutos, — Dorian explicou, segurando uma pilha de bloquinhos coloridos. — E sem brigar!

Lucien olhou para Seraphine com um sorriso provocador.

— Preparada pra perder, vizinha?

— Eu vou acabar com você, — ela respondeu, pegando um bloquinho de post-its.

Amara bateu palmas, animada.

— Isso vai ser divertido.

E assim, enquanto Amara e Dorian preparavam o cronômetro, a batalha mais caótica (e hilária) da história daquele apartamento estava prestes a começar.

Quatro vidas, um destino fatalOnde histórias criam vida. Descubra agora