Capítulo 6 - Sob as Luzes da Cidade

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Enquanto Seraphine e Amara voltavam do mercado, carregando sacolas, pararam no corredor ao ver Lucien e Dorian saindo de um apartamento exatamente em frente ao delas.

— Vocês moram aqui? — Amara perguntou, surpresa.

Lucien deu aquele sorriso irritante de sempre.

— Mudamos ontem. Parece que somos vizinhos agora.

Dorian acenou animado, enquanto Seraphine apenas suspirava, já sentindo a dor de cabeça que isso traria.

— Perfeito... — murmurou ela, entrando no apartamento sem olhar para trás.



A noite caía sobre Las Vegas, e o clima fresco da cidade carregava uma energia boa

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A noite caía sobre Las Vegas, e o clima fresco da cidade carregava uma energia boa. Amara estava na sacada, admirando as luzes que piscavam ao longe. Seraphine saiu do quarto ajustando o zíper da jaqueta de couro e parou ao lado da amiga.

— Precisamos sair. — Seraphine falou de forma direta, como se não houvesse escolha.

Amara ergueu uma sobrancelha.

— Sair? Você não estava falando de guerra fria mais cedo?

Seraphine deu de ombros, um sorriso travesso surgindo em seus lábios.

— Guerra fria ou não, ficar aqui só vai me deixar mais irritada. Precisamos de um pouco de ar... e velocidade.

Amara riu, descendo da mureta.

— Opa, falou de velocidade, tô dentro.




O ronco das motos cortava o silêncio das ruas menos movimentadas, ecoando como uma trilha sonora para a liberdade que elas buscavam. Seraphine estava em sua moto, e Amara ao lado dela, na sua.

— Qual o destino? — gritou Amara, tentando se fazer ouvir sobre o som do motor.

— Sem destino. Só vou deixar a cidade pra trás por um tempo! — Seraphine respondeu, a adrenalina evidente em sua voz.

Seraphine desacelerou e entrou em uma estrada menos iluminada. As luzes da cidade deram lugar ao céu estrelado, algo raro em uma cidade tão cheia de vida artificial.

Pararam em um mirante abandonado, de onde podiam ver as luzes de Las Vegas ao longe, como uma constelação invertida. Seraphine desligou a moto, e o silêncio que se seguiu foi quase estranho depois do som ensurdecedor do motor.

— Aqui é bom. — Seraphine desceu da moto, olhando ao redor.

Amara a seguiu, sentando-se na beira de uma mureta de concreto.

— Eu precisava disso. — Amara suspirou. — É fácil esquecer que existe vida além das paredes daquele prédio.

Seraphine riu, mas antes que pudesse responder, um som distante de motor chamou sua atenção.

Quatro vidas, um destino fatalOnde histórias criam vida. Descubra agora