Quatro vidas, um destino fatal

Capítulo 15 - Jogos Perigosos e Corações na Mira

Enquanto Dorian puxava uma garrafa vazia de vinho para o centro da sala, Amara se jogou no sofá, animada, com um sorriso de quem já tinha algumas ideias perigosas na cabeça.

— Certo, crianças, agora a coisa fica séria, — ela disse, cruzando as pernas. — Aqui não tem espaço pra covardes.

Lucien sentou ao lado dela, relaxado, enquanto Seraphine e Dorian ficaram no sofá oposto. Seraphine parecia desconfiada, mas não o suficiente para desistir.

— Regras? — ela perguntou, com uma sobrancelha arqueada.

— Simples, — Amara explicou. — Gira a garrafa. Quem for escolhido faz a pergunta. "Verdade" ou "Desafio". E, por favor, nada de perguntas bobas. Aqui é pra pegar fogo.

Dorian sorriu de canto, apoiando os cotovelos nos joelhos.

— Mas nada de passar batido. Quem recusar tem que beber, e eu trouxe algo especial para isso. — Ele levantou uma garrafa de tequila com um gesto dramático.

— Vocês são impossíveis, — Seraphine comentou, mas não conseguiu segurar um pequeno sorriso.

— Isso não é novidade, vizinha, — Lucien respondeu, piscando pra ela.

Amara girou a garrafa primeiro. O objeto rodou, rodou... e parou apontando para Dorian.

— Ah, claro, eu sou o sortudo, — ele comentou, levantando as mãos. — Pode mandar.

Amara sorriu como se já soubesse exatamente o que queria perguntar.

— Verdade ou desafio?

— Desafio, — ele respondeu sem hesitar.

— Ótimo. Então... eu desafio você a ligar para sua ex e perguntar se ela ainda pensa em você.

O sorriso de Dorian vacilou por um segundo, mas ele riu.

— Você é cruel, sabia? — ele disse, pegando o celular do bolso. — Mas um desafio é um desafio.

Os outros ficaram atentos enquanto ele procurava o número. Ele colocou a chamada no viva-voz. Depois de alguns toques, uma voz feminina atendeu.

— Oi? Dorian? O que foi?

Ele limpou a garganta, visivelmente desconfortável.

— E aí, Stella. Só... uma pergunta rápida. Você ainda pensa em mim?

O silêncio do outro lado foi tão tenso que Seraphine colocou a mão na boca para segurar o riso.

— O quê?! Tá bêbado?

— Talvez, — ele respondeu, olhando para Amara, que quase chorava de tanto rir.

— Vai pro inferno, Dorian. — E desligou.

Ele jogou o celular no sofá e levantou as mãos.

— Pronto. Satisfeita?

— Muito, — Amara respondeu, limpando as lágrimas do riso.

A garrafa girou novamente, rodopiando devagar até parar diretamente em Seraphine. Lucien abriu um sorriso malicioso, inclinando-se para frente.

— Finalmente, vizinha. Verdade ou desafio?

Ela respirou fundo, encarando-o como quem estava se preparando para um campo de batalha.

— Desafio, — respondeu com firmeza.

— Corajosa, — ele murmurou, o sorriso ficando ainda mais perigoso. — Certo, então. Eu desafio você a sentar no meu colo... e ficar lá por três minutos.