Capítulo 12 - Entre Brigas e Acasos

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Enquanto Amara e Dorian riam baixinho na cozinha, o celular de Amara vibrou com a resposta do zelador:

Enquanto Amara e Dorian riam baixinho na cozinha, o celular de Amara vibrou com a resposta do zelador:

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Ela virou para Dorian, os olhos brilhando.

— É isso, vai ser agora. A gente tranca os dois no elevador.

Dorian arqueou uma sobrancelha, hesitando.

— E se eles se matarem lá dentro?

— Melhor ainda, eles vão se cansar de brigar e acabar resolvendo. Ou pelo menos vão ficar ocupados o suficiente pra pararem de nos atormentar.

Do outro lado da sala, Lucien e Seraphine já estavam discutindo sobre algo completamente insignificante — aparentemente, o controle remoto da TV.

— Eu tava usando antes de você apagar no sofá, — Lucien disse, com a voz carregada de irritação.

— E eu peguei porque você nem tava assistindo, só roncando. A TV não é sua, — Seraphine respondeu, cruzando os braços.

— Não ronco.

— Ronca.

— Você é insuportável, sabia?

— E você é um narcisista arrogante.

Amara entrou na sala antes que o clima explodisse de vez, segurando a risada.

— Ei, vocês dois. Preciso de ajuda com umas caixas no depósito do prédio. Tem coisa pesada, e eu e o Dorian não conseguimos carregar sozinhos.

Lucien olhou desconfiado, mas Seraphine apenas levantou, ainda com o olhar irritado.

— Claro, vou ajudar. Alguém precisa fazer as coisas por aqui.

— Como sempre, achando que é a heroína da história, — Lucien murmurou enquanto se levantava, ganhando um olhar mortal de Seraphine.

— Perfeito! — Amara disse, ignorando o atrito. — Vocês dois vão no elevador. Eu e Dorian descemos pelas escadas pra pegar as caixas.

Lucien estreitou os olhos.

— Por que vocês não vão no elevador?

— Porque o depósito fica mais perto das escadas, e a gente já tá pronto pra carregar. Anda logo!

Seraphine suspirou e saiu pela porta com Lucien logo atrás. Quando os dois entraram no elevador, Amara rapidamente mandou uma mensagem para o zelador:

 Quando os dois entraram no elevador, Amara rapidamente mandou uma mensagem para o zelador:

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O elevador começou a descer, mas parou abruptamente entre os andares.

— Que diabos...? — Lucien murmurou, pressionando os botões do painel.

— Tá brincando comigo, né? — Seraphine disse, olhando para o teto do elevador como se quisesse socá-lo.

Enquanto isso, no andar de cima, Amara e Dorian já estavam rindo descontroladamente.

— Isso vai ser bom, — Amara disse, limpando lágrimas de tanto rir.

Dentro do elevador, Lucien e Seraphine começaram a perceber a situação.

— Ótimo. Trancados num cubículo com você. É meu sonho, — Seraphine disparou, cruzando os braços.

— Você acha que isso aqui tá divertido pra mim? — Lucien respondeu, irritado.

— Melhor se acostumar. A gente pode ficar aqui por horas, — Seraphine provocou, um sorriso irritante se formando em seu rosto.

— Se eu não surtar antes por sua causa, — Lucien rebateu, encostando-se à parede com uma expressão de cansaço.

Enquanto isso, Amara e Dorian, ouvindo pelo interfone que tinham ativado silenciosamente, comemoravam o sucesso de seu plano.

— Quer apostar quanto tempo até eles se matarem ou começarem a se entender? — Dorian perguntou.

— Eu dou uns quinze minutos, no máximo. — Amara respondeu, com um sorriso malicioso.

E assim, a guerra fria no elevador começava.

Dentro do elevador, o silêncio durou exatos cinco segundos antes de Lucien abrir a boca.

— É sempre assim? Você acorda de mau humor ou só não gosta de mim mesmo?

Seraphine revirou os olhos, apoiando-se no corrimão.

— Você é insuportável. Não tem mistério aí.

Ele soltou um riso, daquele tipo que só piora o humor de quem já está irritado.

— Curioso, porque até ontem você tava praticamente implorando pela minha atenção.

Ela arqueou uma sobrancelha.

— Implorando? Lucien, eu preferiria pedir ajuda pro diabo do que pra você.

— Isso explica seu temperamento, — ele rebateu, sorrindo como quem sabia que tinha vencido aquela rodada.

O elevador deu um tranco, e ambos balançaram. Seraphine segurou o corrimão, e Lucien, com reflexos rápidos, segurou o teto.

— O que você tá fazendo? — Ela perguntou, olhando para ele como se fosse um idiota.

— Segurando o elevador, obviamente.

Seraphine soltou um riso incrédulo.

— Claro, porque com esses seus músculos de "só enfeite", você vai impedir um elevador de despencar.

Ele bufou, mas a brincadeira parecia surtir efeito.

— E você? Planeja resolver a situação com sarcasmo? Porque, se funcionar, vai ser a primeira vez na sua vida.

— Eu já resolvi coisas piores do que ficar presa com você, Lucien.

— Tipo o quê? — Ele perguntou, genuinamente curioso.

— Tipo aquela vez que fiquei presa no banheiro com uma aranha gigante. Isso sim foi um trauma.

Quatro vidas, um destino fatalOnde histórias criam vida. Descubra agora