Andar de Cima - Woosan ABO

40- Ninguém aguenta mais

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Wooyoung acordou com um barulho de batidas na porta e um peso sobre si. Quando seu cérebro terminou o download da consciência, ele pôde perceber o que estava acontecendo: Sannie estava esparramado na cama, com a metade do corpo sobre o seu, enquanto ele próprio estava na beirinha da colchão, quase caindo.

O Jung riu consigo mesmo da situação, antes de fazer um contorcionismo para sair dali sem acordar o outro. Aquela não era bem sua fantasia de "a primeira manhã após uma noite de declarações de amor", mas não deixou de ser divertida.

- Sannie-ssi - a voz de seu omma foi ouvida, juntamente com mais batidinhas suaves na madeira.

O idol foi até lá, abriu a porta e deu de cara com uma grande bandeja de café da manhã.

- Ué, Wooyoung? - Do-woon franziu o cenho ao enxergar a imagem do próprio filho em pé e vestido.

- Bom dia, omma - sorriu mínimo.

- Você não tava no cio?

- Eu também não sei o que aconteceu, mas eu fiquei bem pouco tempo depois de chegarmos no quarto.

- Oxe - a testa do homem se enrrugou ainda mais. - Conta isso melhor.

O detetive murmurou alguma coisa e se virou na cama, voltando a dormir logo em seguida.

- Vamos aqui pra fora, não quero acordar ele - Wooyoung informou, antes de passar e fechar a porta atrás de si, com cuidado.

- Você não tá nem com cheiro de cio e você tava descontrolado ontem... - ele mais pensava alto do que outra coisa. - Eu tava com medo até de vocês se marcarem...

- Eu também não entendo. Senti tudo do cio, mas depois que veio as memórias na minha cabeça, o cio passou...

- Espera, memórias?

- É... - não conseguiu conter o sorriso largo e as bochechas rosadas. - O lobo me mostrou as memórias da nossa vida passada.

Os olhos do Jung mais velho dobraram de tamanho e ele quase derrubou a bandeja com comida, se Wooyoung não tivesse a segurado a tempo, adeus café da manhã.

- Vocês são destinados de outras vidas! - exclamou, quase gritando.

- Omma, fala baixo!

- Isso é algo muito raro, Wooyoung! Que bom, meu filho, que bom! Ah, minha nossa, estou tão feliz! - e o doido começou a chorar.

- Ommaa~ - Wooyoung choramingou, envergonhado, colocando a bandeja no chão, ao lado da porta.

- Meu bebezinho é destinado à um alfa bonitão - e mais choro, dessa vez agarrando o filho pelos ombros.

- Omma... por favor, só ajuda a entender o que aconteceu...

- Certo, certo. É mesmo - afastou-se, enxugando as lágrimas e respirando fundo para se recompor.

- Você já estudou algum caso parecido com esse? - Do-woon era doutor em Ciências Biológicas e dava aulas na Universidade de Seul.

- Já vi alguns casos e todos foram em casais destinados.

- É? E por que isso acontece?

- Trata-se de lobos que já haviam se reconhecido, mas os lados humanos não perceberam. Então, os ômegas meio que inventam um cio falso, vamos dizer assim, para poder chamar a atenção da parte humana do alfa e assim, conseguir lhe mostrar as memórias da vida passada, para que os humanos percebessem que são destinados. Mas no seu caso não faz muito sentido o lobo ter apelado para isso, já que vocês namoram... - e voltou a ficar pensativo.