☠ Capítulo 13: O que faço eu aqui? ☠

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Horas depois

Uma vez mais deixei o meu orgulho de lado e tentei contatar Karen, contudo, para variar esta não me atendeu. Ficava cada vez mais difícil lidar com todo este desespero, devia de ter realmente colocado uma bala na cabeça, seria a solução mais fácil e eficaz.

Já tinha ingerido algumas bebidas alcoólicas, mas continuava perfeitamente lúcido, pelo menos lúcido à minha maneira.

Para ser sincero não sei o que fazer, iluminem-me o caminho se acham assim tão simples tomar uma decisão legítima e permanente.

Será que sou capaz de mudar? Será que... Vale realmente a pena mudar? A verdade é que eu não era o mesmo com a Karen, como era com a Emma naquela altura, logo posso considerar isso uma mudança. O problema resume-se na seguinte indecisão: Será que devo de assumir ainda mais essa mudança, apesar de duvidar um pouco dessa minha capacidade, ou será que simplesmente agarre no pouco que mudei e enfie pelo cu de alguém? Ou seja... Na volta, mais vale mudar para pior.

Abanei a cabeça para tentar tirar esses pensamentos estúpidos da minha cabeça.

Uma grande estupidez é o que estou prestes a fazer, explicando-me melhor, encontro-me a cerca de vinte metros do tal Setenta e Sete que o amiguinho de Jasmine falara.

Tal como mencionei anteriormente, não sei bem o que estou a fazer, talvez tenha uma determinada necessidade de distrair a minha mente, de me divertir, ou até mesmo de apenas conversar.

Ajeitando a minha camisa branca, avancei com cautela até à entrada do bar. Uma música lenta de R&B suava nos meus ouvidos e um mix de luzes iluminou os meus olhos assim que entrei.

Rapidamente avistei Mark, o rapaz que me chamara de passado. Tentei procurar por Jasmine, todavia por alguma razão não a encontrava, isto diziam os meus olhos até avistar uma mulher de vestido preto justo e curto, saltos altos igualmente pretos, cabelos claros e lisos, batom incrivelmente vermelho, realçando o quão carnudos os mesmos eram. Aquela era Jasmine? Sim, definitivamente era e a maneira como dançava, meu deus não era normal.

Reparei eventualmente que ela encontrava-se de copo na mão e por essa razão optei por ir pedir qualquer coisa ao balcão despercebidamente.

- Whisky duplo – encostado ao balcão, pronunciei assim que o empregado de balcão me disse boa noite.

Este assentiu e sorriu educadamente, retirando-se de imediato para preparar o que lhe tinha pedido.

Grande parte da minha vida fora assim, eu ordenava e alguém, seja essa pessoa quem for simplesmente cumpria as respectivas ordens por mim impostas.

Os meus olhos desviaram-se do balcão, não para a menina, mas sim para a mulher de vestido preto. Ela continuava a dançar e Mark aproveitava-se, dançando com ela de tempos em tempos.

- Deseja gelo? – Perguntou-me o empregado. Eu tinha ouvido a sua pergunta, é evidente, contudo unicamente segundos depois consegui colocar o meu olhar no rapaz.

- Não obrigado.

Assim que paguei, agarrei no copo e colei os meus lábios no mesmo. Por mais estranho que pareça, fora precisamente nesse momento que Jasmine ao encostar-se a Mark reparara em mim e num ápice parara de dançar.

O nosso olhar manteve-se fixo durante longos segundos, parecia íman.

- Continua – apenas abri a minha boca formando a devida palavra, sem soltar um único som.

Alguma coisa estava errada, isto porque Jasmine não parecia nada satisfeita por me ver, quer dizer, talvez no início, mas agora toda a satisfação tinha ido por água abaixo.

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