Horas depois
Uma vez mais deixei o meu orgulho de lado e tentei contatar Karen, contudo, para variar esta não me atendeu. Ficava cada vez mais difícil lidar com todo este desespero, devia de ter realmente colocado uma bala na cabeça, seria a solução mais fácil e eficaz.
Já tinha ingerido algumas bebidas alcoólicas, mas continuava perfeitamente lúcido, pelo menos lúcido à minha maneira.
Para ser sincero não sei o que fazer, iluminem-me o caminho se acham assim tão simples tomar uma decisão legítima e permanente.
Será que sou capaz de mudar? Será que... Vale realmente a pena mudar? A verdade é que eu não era o mesmo com a Karen, como era com a Emma naquela altura, logo posso considerar isso uma mudança. O problema resume-se na seguinte indecisão: Será que devo de assumir ainda mais essa mudança, apesar de duvidar um pouco dessa minha capacidade, ou será que simplesmente agarre no pouco que mudei e enfie pelo cu de alguém? Ou seja... Na volta, mais vale mudar para pior.
Abanei a cabeça para tentar tirar esses pensamentos estúpidos da minha cabeça.
Uma grande estupidez é o que estou prestes a fazer, explicando-me melhor, encontro-me a cerca de vinte metros do tal Setenta e Sete que o amiguinho de Jasmine falara.
Tal como mencionei anteriormente, não sei bem o que estou a fazer, talvez tenha uma determinada necessidade de distrair a minha mente, de me divertir, ou até mesmo de apenas conversar.
Ajeitando a minha camisa branca, avancei com cautela até à entrada do bar. Uma música lenta de R&B suava nos meus ouvidos e um mix de luzes iluminou os meus olhos assim que entrei.
Rapidamente avistei Mark, o rapaz que me chamara de passado. Tentei procurar por Jasmine, todavia por alguma razão não a encontrava, isto diziam os meus olhos até avistar uma mulher de vestido preto justo e curto, saltos altos igualmente pretos, cabelos claros e lisos, batom incrivelmente vermelho, realçando o quão carnudos os mesmos eram. Aquela era Jasmine? Sim, definitivamente era e a maneira como dançava, meu deus não era normal.
Reparei eventualmente que ela encontrava-se de copo na mão e por essa razão optei por ir pedir qualquer coisa ao balcão despercebidamente.
- Whisky duplo – encostado ao balcão, pronunciei assim que o empregado de balcão me disse boa noite.
Este assentiu e sorriu educadamente, retirando-se de imediato para preparar o que lhe tinha pedido.
Grande parte da minha vida fora assim, eu ordenava e alguém, seja essa pessoa quem for simplesmente cumpria as respectivas ordens por mim impostas.
Os meus olhos desviaram-se do balcão, não para a menina, mas sim para a mulher de vestido preto. Ela continuava a dançar e Mark aproveitava-se, dançando com ela de tempos em tempos.
- Deseja gelo? – Perguntou-me o empregado. Eu tinha ouvido a sua pergunta, é evidente, contudo unicamente segundos depois consegui colocar o meu olhar no rapaz.
- Não obrigado.
Assim que paguei, agarrei no copo e colei os meus lábios no mesmo. Por mais estranho que pareça, fora precisamente nesse momento que Jasmine ao encostar-se a Mark reparara em mim e num ápice parara de dançar.
O nosso olhar manteve-se fixo durante longos segundos, parecia íman.
- Continua – apenas abri a minha boca formando a devida palavra, sem soltar um único som.
Alguma coisa estava errada, isto porque Jasmine não parecia nada satisfeita por me ver, quer dizer, talvez no início, mas agora toda a satisfação tinha ido por água abaixo.
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Apenas Minha
Literatura FemininaPLÁGIO É CRIME. NÃO COPIE. MAIORES DE 18. Jack é um homem atraente, possessivo e extremamente descontrolado. Atraído pela violência e loucamente obsecado pela sua mulher, este faz do seu casamento uma relação suportada pelo medo e poder. A sua desco...