✱ Capítulo 20: Apenas um pressentimento ✱

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POV Jack

No dia seguinte

Para ser sincero estava frustrado por não ter encontrado Jasmine ontem, contudo conhecendo-me como me conheço sei que não demorarei muito até ir ter com ela.

Assim que cheguei à minha empresa, Grace corria em minha direção, fazendo barulho com os saltos.

- Doutor, os inspetores estão no seu escritório à sua espera – informou-me.

- Tenha calma Grace – pedi suspirando. Ela estava de facto muito nervosa – Ainda vou beber um café.

- Eu levo-lhe o café Doutor, eles parecem estar com pressa.

Uma vez mais suspirei e caminhei até ao meu escritório, entrando calmamente.

- Bom dia inspetores – Apertei as suas mãos carismaticamente, expondo um sorriso firme.

- Bom dia Doutor Miller.

- Ia pedir que se sentassem, mas vejo que já se acomodaram – Julgo que estes tenham entendido a minha indireta.

Sentei-me na minha cadeira e coloquei o meu telemóvel em cima da mesa.

- O que vos trás por cá? – Perguntei olhando tanto para um como para outro.

- Estamos a investigar o homicídio de Emma Peterson – responderam-me cautelosamente – Sabemos que você já foi casado com ela, correto?

- Homicídio? – Questionei, tentando parecer surpreso.

- Sim, precisamente.

- A verdade é que não foi o único corpo que encontrámos, aliás, partes do corpo – falou o outro, de uma forma acusadora, como se achasse que eu já sabia disso – no entanto, Emma Peterson foi a única pessoa que conseguimos identificar devido à sua carteira.

- O que é que aconteceu? Não estou a perceber...

- Grande parte dos corpos foram derretidos com ácido sulfúrico.

Arqueei a sobrancelha, de modo a dar a entender que tudo aquilo me soava estranho.

- Quando é que foi a última vez que viu a sua ex-mulher?

- Para ser sincero, não sei – respondi sem hesitar – há muito tempo. Quando é que isso aconteceu?

- Ainda não temos a certeza absoluta, o nosso médico legista ainda está a analisar os factos – respondeu-me – mas há um conjunto de meses.

Grace entretanto entrara no escritório carregando três copos de café, entregando um a cada um evidentemente e retirando-se logo de seguida.

- Ainda não consigo entender exatamente, o que é que vos trás aqui – insisti – Se me dizem que não têm uma data precisa da morte de Emma, se me dizem que os corpos foram derretidos... No que é que vos posso ajudar? Em rigorosamente nada. Depois dela casei-me com outra mulher, infelizmente não resultou, estou separado de momento, como tal deixei de ter contacto com Emma.

- Não lhe estamos a acusar de nada Doutor Miller – informou-me um dos inspetores – Viemos maioritariamente avisar-lhe do sucedido.

- Eu sei perfeitamente disso, até porque não têm de facto nada para me acusar – respondi – Eu gostava realmente de vos puder ajudar, mas cortei relações com Emma. Não sei com quem ela se dava ou se tinha problemas.

- Certo – falou o inspetor mais alto, esticando a sua mão para desta vez nos despedirmos – Obrigado pelo seu tempo.

- Ora essa.

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